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sábado, 4 de abril de 2009

A Cultura do Fogo

Em Portugal sempre existiu uma cultura do fogo, uma cultura que vem dos primórdios da civilização humana, onde esse elemento é usado para vários fins; para a queima das sobras agrícolas, limpeza de terrenos para a actividade agrícola, pastorícia etc. O uso do fogo era normalmente usado na Primavera, onde se juntavam alguma dezena de pessoas, munidas de ferramentas manuais e alfaias agrícolas para tomar conta do fogo, e raramente esse fogo saía do local pré definido.

A existência desse tipo de acção era benéfica para o meio ambiente, reduzia a carga de combustíveis existentes no solo, principalmente os combustíveis finos, protegia as árvores de grande porte e renovava a vegetação, que servia de alimento para a pastorícia e para a fauna selvagem.

Com a proibição do uso do fogo a nível nacional, que passou a ser crime, a vegetação cresceu desordenadamente, atingindo um crescimento fora do normal, o abandono da actividade agrícolas é uma sequência, mas quem necessita ainda dos terrenos para viver não tem capacidade financeira para os mandar limpar, nem paciência para pedir uma licença para o uso do fogo nas suas câmaras locais.

Contrariando a lei, o uso do fogo pelos proprietários contínua, mas agora deita-se o fogo de preferência na calada da noite ou ao amanhecer e sozinhos, para não serem detectados nem denunciados. Muitas das vezes são construindo aceiros a volta do local, mas ninguém fica a vigiar o fogo com medo de ser apanhado, o que já originou a morte de 4 pessoas somente em 2009, e tem originado um número anormal de incêndios, porque muitas vezes arde o que devia arder e o que não devia arder.



Fénix
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