domingo, 25 de outubro de 2015

Dar a César o que é de César.


Durante décadas a Junta Autônoma Estradas, criada 1927 onde em 2007 é designada EP-Estrada Portugal SA , responsável pala gestão infra-estruturas de transporte de Portugal ,onde cabe a manutenção das estradas nacionais EP, poupou milhões de euros com os corpos de bombeiros a nível nacional, que fazem gratuitamente muitos serviços sem qualquer controle  na área do  domínio EP-Estradas de Portugal SA.

Nos últimos anos EP-Estradas de Portugal SA, tem vindo assumir progressivamente o controle das estradas designadas EP, fazendo alguns acordos com os corpos de bombeiros para entrevirem na área do seu domínio, onde através dos centros de controlo de trânsito da EP e dos coordenadores locais que gerem qualquer trabalho executado nas EP, quer limpeza de pavimentos, incluindo os acidentes, deslizamentos  de terras, queda de árvores etc., onde os bombeiros para entrevirem e serem ressarcidos financeiramente pelo seu trabalho, tem de alertar Estrada Portugal SA, onde muitas das vezes os bombeiros somente atuam em ultimo recurso, porque EP-Estradas de Portugal SA, tem ao seu dispor equipas próprias e empresas privadas que trabalham através de concessões, que atuam na maior parte das ocorrências, deixando os bombeiros para a sua missão primordial que é o socorro.

No mesmo sentido irá ter as estradas municipais EM, da responsabilidade dos municípios, onde ultimamente tem existido contratos municipais com empresas privadas, que fazem todo o trabalho nas EM, principalmente limpeza de pavimento, reconhecendo que muitas das vezes que o trabalho executados pelos corpos de bombeiros é executado violando as normas ambientais.


Lentamente a nível nacional as entidades responsáveis por muito dos serviços executados pelos corpos de bombeiros estão assumir as suas responsabilidades legais, dando a César que é de César, deixando os corpos de bombeiros disponíveis para a sua atividade primordial que é o socorro.

Autor Fénix
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quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Fazer é demasiado fácil, manter-se é que se tornou difícil.


Nas últimas décadas tem existido um aumento significativo da construção de novos quartéis de bombeiros ou remodelações, não existe mês que não seja inaugurado um novo quartel ou remodelações.

Muitos desses novos quartéis são autênticos palácios, uma ostentação de luxos e vaidades pessoais,  que servem unicamente para impressionar os que vem de fora e mostrar obra feita a todo o custo, mas depois a realidade é outra, fazer é demasiado fácil, manter-se é que se tornou difícil.

Depois das inaugurações, com pompa e circunstancias a condizer com o evento, nos dias seguintes começa a transparecer a dura realidade, quanto maior mais manutenção necessita, começa logo pela limpeza e higiene diária dos espaços, pagamento dos empréstimos bancários e manutenção do que já existe, uma dura realidade que é o inicio de muitos problemas.

De nada vale ter um bom quartel se não existem capacidade de o mantê-lo dignamente, hoje em dia assistimos associações de bombeiros que inauguraram novos quartéis, onde depois  de algum tempo tem viaturas penhoradas, profissionais sem vencimentos, sem fardamento, veículos parados por falta de combustível e de manutenção, quartéis degradados porque não existe dinheiro para manutenção, existem quartéis de bombeiros onde já falta um pouco de tudo, onde os bombeiros já levam o papel higiênico de casa, os bombeiros vêm-se obrigados a ser a ser assistentes de limpeza, pedreiros, pintores e outras coisas mais tristes, isso leva a desmotivação e o abandono progressivo dos elementos do quadro ativo.

Um dia desse, em visita a um desses quartéis inaugurados a menos de uma dezena de anos, acompanhado pelo chefe de serviço, era notório que algo não estava bem, corredores vazios, instalações degradadas, carros INOPs outros cheios de pó, um silêncio preocupante, não se via viva alma, tinham perdido 75% dos efectivos nos últimos anos, tinham graves problemas financeiros, o quartel se tornou um peso demasiado pesado para todos, até para os bombeiros.

Autor Fénix
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