Depois de se ter andado 20 anos a discutir o sexo dos anjos em relação a Desfibrilhação Automática Externa em Portugal, contradizendo cadeia de sobrevivência que é composta por quatro elos essenciais, Alerta, Suporte Básico de Vida, Desfibrilhação Automática Externa e Suporte Avançado de Vida, somente agora o lei Portuguesa contempla o uso do DAE a não médicos incluindo os Bombeiros portugueses, onde na maioria dos países da Europa já um simples cidadão pode actuar na cadeia de sobrevivência até ao DAE.
Mas existe um senão, o projecto DAE tem custos económicos muito elevados, os aparelhos DAE custam entre os 2500 euros e os 5000 euros e depois temos o problema dos consumíveis, os eléctrodos para o DAE são descartáveis e custam entre os 75 euros e os 300 euros cada par, se o SNS e o INEM pagam cerca de 40 cêntimos por cada quilómetro efectuado por uma ambulância e mais nada, onde actualmente mal chaga para pagar o combustível, dificilmente os corpos de Bombeiros terão capacidade financeira para ter ambulâncias, tripulações e equipamento incluindo o DAE.
Um Bom presente, mas um pouco amargo…
2 comentários:
muito bem visto
Caro Fénix.
Em resposta ao seu comentário a um post meu em A VOZ DO POVO, disse-lhe:
Compreendo as suas preocupações. Colaborei na criação do Serviço Municipal de Protecção Civil de Loures, onde contactei de perto com as várias corporações de bombeiros do Concelho. Mais tarde, por razões alheias aos problemas do corpo de bombeiros, contactei com uma Associação de Bombeiros Voluntários de Lisboa. Nesses contactos apercebi-me do deficiente relacionamento entre as direcções das Associações e os Corpos de bombeiros. É aí que reside o problema do mau equipamento dos soldados da paz.
Qual o motivo de haver tanta luta para ser presidente de uma associação? Que benefícios ocultos obtêm? Que conhecimento tem o comandante do corpo de bombeiros das contas da Associação? Que prioridade é dada aos bombeiros nos destinos do dinheiro da associação?
O Governo e as autarquias, que fornecem dinheiro aos bombeiros, deviam exercer maior controlo sobre o emprego dessas verbas.
A solução deve começar a ser procurada internamente.
Um abraço
A. João Soares
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