No mês de Outubro fui pai, o meu filho nasceu num hospital público, concretamente no hospital de Santa Maria em Lisboa, um Hospital central do país com a polivalência de obstetrícia.
O parto correu bem, a equipa de médicos, enfermeiros e auxiliares foram excepcionais no desempenho do seu trabalho, quer no recebimento da parturiente quer em todo o processo de apoio ao nascimento.
Uma coisa que reparei inicialmente foi nas instalações das salas de parto, uma situação que me deixou chocado pelo seu estado de conservação.
Ambas as salas estavam num estado deplorável de conservação, o teto devia ser branco, mas estava enegrecido, um sinal que mostrava que não devia ser pintado a várias décadas, as paredes apresentavam buracos de antigos pregos ou parafusos que foram arrancados, outros ainda lá se encontravam totalmente enferrujados, o chão era constituído de placas quadradas individuais plastificada, onde existia zonas onde já era somente cimento, o equipamento era antigo, digno de um museu, e as bancadas que os suportavam eram velhas e estavam corroídas por pontos ferrugem, o ar condicionado era do século passado, nem devia funcionar, porque a janela estava a Berta, a marquesa de partos era bastante antiga mas funcional, mas existia a necessidade de ser substituída como a maior parte do mobiliário existente nas 4 salas de partos.
Foram nessas condições que o meu filho nasceu e onde muitos filhos de Portugal nascerão.
Existe a necessidade urgente de se proceder a obras de restauro e remodelação das salas de partos, porque no estado em que elas se encontram não são dignas para se efectuar um parto, nem estão dentro dos padrões aceitáveis de um país pertencente a Europa, muito menos de um país que consegue construir estádios de futebol e uma exposição Mundial, mas permite a existência de situações anteriormente referidas num hospital público.