domingo, 9 de agosto de 2009

Governo recua na criação da carreira TAS e TAE e deixa orifissionais na ilegalidade.

Governo recua na criação de carreira e deixa profissionais na ilegalidade. TAE acusam Governo de ter cedido a pressões e ameaçam com greve de zelo.
O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) está a prestar socorro de forma ilegal. Os cerca de 700 Técnicos de Ambulância de Emergência (TAE) não têm carreira nem a situação profissional regularizada na função pública. A denúncia é do Sindicato dos Técnicos de Ambulância de Emergência (STAE). No inicio do ano, o Governo não incluiu os TAE do INEM no regime geral da função pública. O objectivo era agilizar a integração dos técnicos num regime de carreira especial prometido pelo Ministério da Saúde até ao final desta legislatura. Mas, ao que o i apurou, o Governo recuou na intenção e não vai criar a carreira, por uma questão de timing político.

A falta ao prometido está a criar uma onda de revolta entre os TAE do INEM que ameaçam recorrer à greve de zelo e mesmo ao abandono da profissão se não tiverem respostas do Governo. O STAE admite que, se tal acontecer, a situação pode lançar o caos no socorro do INEM, uma vez que o instituto não pode fazer contratações e já labora, neste momento, com a falta de mais de 200 TAE.

“Foi-nos prometida a carreira. Governo e sindicato estavam de acordo e trabalharam juntos e agora, de repente, soubemos que não vamos ter nada. É incompreensível”, disse ao i Ricardo Rocha, presidente do STAE. Os 700 técnicos representam 80 por cento do socorro pré-hospitalar realizado nas principais cidades do país. Ricardo Rocha admite que a “greve pode prejudicar o serviço”, mas que os técnicos irão “recorrer a todas as formas de luta disponíveis”. “Muitos colegas estão psicologicamente agastados com a situação. Investiram tudo na carreira que iriam ter no INEM e agora estão desiludidos. Há duas semanas que o STAE tenta contactar o Ministério da Saúde. “Ligamos para lá e ninguém aceita falar connosco nem devolvem as chamadas”, acusa.

Há duas semanas, Manuel Pizarro, informou o presidente do INEM, Abílio Gomes, que afinal não seria possível criar a carreira dos técnicos que antes prometera. Abílio Gomes, que sempre apoiou os técnicos, ficou incrédulo. Fontes do INEM contactadas pelo i, acusam o “loobie dos enfermeiros”de ter “sabotado a carreira dos técnicos”. Com a criação da carreira, os novos técnicos, após uma formação de 1475 horas, passavam a poder administrar medicação, fazer acessos venosos nos doentes e reanimação cardíaca avançada, como acontece em vários países europeus. Mas os enfermeiros nunca admitiram que os TAE, ainda que supervisionados por clínicos, praticassem actos médicos em emergência pré-hospitalar.

O INEM tem recorrido amiúde à contratação de profissionais que vai buscar a empresas de trabalho temporário. “Fazem out sourcing porque não podem contratar ninguém. É um esquema. Não existe quadro nem carreira”, diz ao i um técnico.

Fonte: in i, 8 de Agosto de 2009
http://voo-da-fenix.blogspot.com/

6 comentários:

Fernando disse...

De facto tou muito agastado ... Chamem o CAPIC!!!!

Anónimo disse...

De facto os taes vão ficar muito agastados... Temos de exigir responsabilidades tambem ao sindicato dos taes... Não cumprem...

Reinaldo Baptista disse...

Poderias ser mais específico quando dizem que o sindicato não cumpre?

Anónimo disse...

Não cumprem o que tanto prometeram aos colegas, nomeadamente a carreira, a melhoria de condições de trabalho, as bases...
Andamos nós a trabalhar a fazer os turnos em que os sindicalistas faltam para andarem a passear e a discutir nada que não leva a lado nenhum...

Reinaldo Baptista disse...

Os representantes sindicais são nomeados pelos sindicalistas e não pelos sindicatos, se o seu trabalho não esta a ser correctamente feito esta na altura de serem substituídos por outros, basta todos crerem.

Em relação as carreiras, as coisas são mais complexas, existem sempre varias entidades envolvidas e o consenso é difícil, principalmente quanto temos os senhores enfermeiros a tramarem os tripulantes, uma coisa que acontece a décadas e que esta na altura dos tripulantes tomarem uma forma de luta concreta.

Anónimo disse...

Pergunte aos meus colegas e eles irão responder-lhe como eu... prometeram-nos que iriam-mos ter carreira, que iria-mos ter melhores bases... eles iriam fazer e acontecer... mas andamos nós a trabalhar para os stae andarem a passear...