segunda-feira, 25 de julho de 2011

A onde pára o código Deontológico dos bombeiros portugueses?

Em Agosto de 2008, o presidente da Liga dos bombeiros Portugueses Sr. Duarte Caldeira anunciava publicamente a criação do Código Deontológico que iria ser aplicado a todos os bombeiros portugueses.

O código deontológico iria ser um dos mais importantes documentos a ser elaborado nas últimas décadas no sector dos bombeiros portugueses, um documento que enquadraria os direitos e os deveres do bombeiro em termos de deontologia funcional, onde se criaria linhas orientadora da actividade que todos os elementos tinham de cumprir e seguir como uma linha mestra.

Três anos se passaram e nada se sabe do Código Deontológico dos bombeiros portugueses, um documento que certamente deve estar bem arrumado e esquecido numa gaveta de uma secretaria de algum departamento da LBP, um documento demasiado importante que alguém teve medo de o publicar.

Fénix

terça-feira, 19 de julho de 2011

Verbas dos bombeiros foram para o INEM

Numa entrevista no Jornal Bombeiros de Portugal, o Sr. Joaquim Marinho, afirmou o Ex SNB em 2001 tinha um orçamento em moeda antiga de dois milhões e quatrocentos mil contos, verbas provenientes do Instituto de Seguros de Portugal, onde em 2003, por decisão política grande parte dessa verba passou para o INEM.

Fazendo uma análise temporal, foi em 2004 com campeonato europeu de futebol “Euro 2004”, que iniciou-se ascensão do INEM, com a contratação de trezentos tripulantes e meia centenas de enfermeiros, com a única finalidade de trabalharem somente no período do Euro2004, que no fim acabaram por ficar e foram colocados nos quadros de pessoal do INEM.

Foi também nessa altura que o INEM aumentou significamente os seus meios a nível nacional, criou PEM, muitos deles junto a quartéis de bombeiros, uma clara duplicação de meios desnecessária, aumentou a rede de VMERs, comprou helicópteros etc.

Foi por esta data que as relações institucionais entre o INEM e os Bombeiros s degradaram-se, onde o INEM impôs normas contra a vontade de todos os seus parceiros, criando conflitos institucionais em todas as vertentes, tentando denegrir a imagem dos bombeiros, seu parceiro directo no socorro pré-hospitalar.

Foi por esta data, o EX SNB deixou de entregar ambulâncias de socorro aos corpos de bombeiros que não tinham ambulância INEM, também foi por esta data que iniciou-se a decadência na formação dos Bombeiros na área do Pré-Hospitalar, com uma redução abruta dos cursos de TAT e TAS.

Desde de 2003 anda-se a sacrificar o socorro na área do pré hospitalar praticado pelos bombeiros portugueses em prol do INEM, com desvio de verbas que deviam por direito repartidas pelos bombeiros portugueses.

Fénix

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Quando temos que socorrer um dos nossos.

Nos últimos 30 anos morreram cerca de 80 bombeiros em serviço, e alguns milhares sofreram ferimentos graves.

Socorrer um colega ou um familiar é uma pressão psicológica extrema para as equipas de socorro, já estive em ocorrência com bombeiros feridos gravemente até mortais, e já vi os melhores dos melhores bombeiros a bloquearem mentalmente, de dez ou quinze homens num local de acidente, somente um ou dois conseguiram ultrapassar o choque emocional de socorrer um colega.

A estrutura responsável pelos bombeiros em Portugal e pela coordenação do socorro devia ter planos de intervenção de excepção para essas situações. Assim que seja detectado um acidente envolvendo bombeiros na sua área de actuação própria, além do accionamento dos meios de socorro local, devia ser obrigatório o accionamento simultâneo de meios de socorro de outro corpo de bombeiros limítrofe, uma precaução de ter equipas que assumam o socorro em caso de necessidade.

Outra situação é os senhores elementos de comando e chefias que coordenam o socorro dentro dos corpos de bombeiros, terem especial atenção de não permitirem que socorristas saiam para socorrer os seus próprios familiares, uma atitude que muitas das vezes que não tida em conta, que pode trazer consequências graves quer para o socorro quer a nível psicológico para o socorrista.

Imagine o que é um filho sair numa ambulância para socorrer uma situação de PCR no seu pai, ou ainda pior, imagine uma tripulação de uma ambulância a executar SBV numa criança, e um dos socorrista ser o próprio pai da criança, uma situação real, detectada quando um médico da VMER quis suspender o SAV, onde saiu uma palavra do bombeiro “ não suspenda, é o meu filho”.

A estrutura dos bombeiros em Portugal não pode actuar de forma passiva e irresponsável para esse problema que teima ser visto como tabu no seio dos bombeiros, deviam actuar e seguir o exemplo de outros organismos públicos, principalmente o da saúde, que tem normas que tentam proteger os seus profissionais desses atentados psicológicos, impondo normas e directrizes para atenuar os efeitos negativos.

Não podemos esquecer que os bombeiros antes de serem bombeiros são humanos, mesmo que sejam usados como simples maquinas.

Fénix

domingo, 3 de julho de 2011

Força Aérea Portuguesa irá assumir papel determinante no combate a incêndios florestais.

O ministro da Defesa, José Pedro Aguiar-Branco, quer juntar a Força Aérea ao combate aos incêndios. Governo está empenhado no desenvolvimento do avião de transporte militar KC-390 que vai substituir os C-130.

O ministro da Defesa, José Pedro Aguiar-Branco, solicitou ao Chefe de Estado-Maior para que desenvolva um estudo no sentido da Força Aérea portuguesa "poder assumir um papel determinante no combate aéreo aos incêndios florestais", num ano marcado pela redução de meios devido à crise.

"Sei que a Força Aérea Portuguesa tem capital humano e técnico para o fazer, a experiência, a capacidade e a competência para o fazer, acrescentou José Pedro Aguiar-Branco, que participou, sábado, na comemoração do 59.º aniversário da Força Aérea, na Base Aérea 1, em Sintra.

Durante a cerimónia, Aguiar-Branco disser ter assinado, no inicio da semana, "um despacho que afirma o empenhamento e a vontade do governo português no desenvolvimento em Évora do novo KC-390".

"O projecto em si é bastante importante. Resolvemos dar continuidade ao mesmo, pois permite potenciar um 'cluster' todo à volta da aeronáutica e, portanto, contribuir para a melhoria das competências tecnológicas de formação e de qualificação", disse Aguiar Branco aos jornalistas.

Sem adiantar datas para o seu inicio, Aguiar Branco adiantou que o projecto "é muito importante para a Força Aérea portuguesa", uma vez que permite criar uma "oportunidade de desenvolvimento das qualificações a nível de um cluster" em Évora, onde a empresa dinamizadora do projecto, a Embraer, está a construir duas fábricas.

Em Setembro, o anterior Governo português e a fabricante anunciaram a participação de Portugal no programa de desenvolvimento do jacto de transporte militar KC-390

Fonte Jornal de Noticias

Fénix

sábado, 2 de julho de 2011

Área ardida já é três vezes superior do que o ano passado.

Este ano desde Janeiro a Maio já arderam 6755 hectares, uma área três vezes superior à área ardida do ano passado.


São números impressionantes e preocupantes, omitidos pelas estruturas responsáveis, uma clara evidência que as politicas impostas nos últimos anos são ineficazes, com agravante a época mais propícia a ocorrência de incêndios florestais inicia um de Julho, e tudo indica que a situação vai-se manter como desde o inicio do ano.

Ninguém da ANPC, ANF ou do MAI, vem a público assumir a responsabilidade pela ineficácia do sistema, como se tudo estivesse bem, e o mais grave de tudo que o actual governo, através do Ministros da Administração Interna já veio a público dizer que na ANPC não se mexe, e em tempo de guerra não se limpam armas.

Palavras irresponsáveis, porque numa batalha onde se está a perder, ou muda-se de estratégia ou se sujeita-se a ser derrotado.

Fénix