Os seguros que abrangem os bombeiros portugueses não são
específicos para a sua actividade, são normalmente seguros de “trolha”, seguros normalmente mais baixos do mercado, que deixa os lesados sempre em situações difíceis.
Anos após ano tem existido relatos de bombeiros que após acidentes ocorridos ao serviço dos bombeiros foram lesados pelas companhias
de seguros e abandonados pela estrutura, ficando esses bombeiros e as suas
famílias com as custas de medicamentos e tratamentos depois dos acidentes.
Actualmente a grande maioria dos bombeiros desconhece os
teores das apólices de seguro, imaginam que estão protegidos, até que algo de
anormal aconteça, e quando acontece deparam-se com problemas graves e
desprotegidos, restando muitas das vezes a solidariedade da família e dos
amigos.
Cabe aos municípios fazer os seguros dos bombeiros,
actualmente existem cerca de onze modalidades de seguros, todos diferentes e
com falhas, onde muitos deles não cobrem queimaduras, lesões que muitas das
vezes complexas, onde a LBP defende-se que as apólices seguros contemplam 20 ordenados base do lesado para tratamentos, verba que muitas das vezes não chega para pagar metade dos tratamentos exigidos.
A situação dos seguros é o espelho da actual situação
orgânica que tutela os bombeiros portugueses, que nunca souberam tratar bem
aqueles que zelam pela operacionalidade da estrutura, normalmente vistos como
descartáveis em todos os sentidos.
Enquanto não se resolver esse problema, somente resta aos
bombeiros confiarem nos seus anjos da guarda.
Fénix
Sem comentários:
Enviar um comentário