Os bombeiros
voluntários do País vão marchar na próxima segunda-feira em protesto no
Terreiro do Paço para contestar a retirada dos benefícios que abrangiam estes
operacionais e mostrar indignação pelo tratamento a que têm sido sujeitos nos
últimos anos.
"O Governo Português exige aos bombeiros voluntários
que tenham níveis mínimos de disponibilidade e por essa exigência nada dá em
troca. Qualquer dia teremos que pagar para ser bombeiros", desabafa o
presidente da Associação Portuguesa de Bombeiros Voluntários, que promove o
protesto agendado para a próxima segunda-feira. Rui Silva lembra que "um
cidadão só é bombeiro voluntario pela enorme vontade de o ser, já que o saldo
do exercício deste acto cívico é unicamente favorável ao Governo, que tudo exige
e nada retribui aos que voluntariamente desempenham uma actividade que é da sua
inteira responsabilidade assegurar". Os bombeiros lembram que aos
voluntários "foram impostas pelo Estado 300 horas de serviço mínimo sem
nada em troca. Nem assistência médica", lamenta Rui Silva.
Em causa está o Estatuto Social do Bombeiro e o pagamento de taxas
moderadoras no Serviço Nacional de Saúde, "a única regalia transversal a
todos os bombeiros voluntários portugueses". A APBV considera que "o
Governo faz tábua rasa do único benefício que era dado aos bombeiros em
reconhecimento pelas missões de protecção e socorro". Missões "que
são da responsabilidade do Estado que em caso de falta dos voluntários terá uma
muitíssimo maior despesa".
O dirigente recorda que "a isenção das taxas moderadora não é
uma regalia, é um direito" e explica que "se os voluntários saírem
para um incêndio e se magoarem têm seguro ,mas se fizermos uma emergência pré
hospitalar e contrair-mos uma lesão teremos que recorrer às urgências e suportar
os custos".
Fonte DN
Fénix
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