quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

Dia D para os bombeiros Portugueses.


Hoje é o ultimo dia do ultimato com 11 propostas que a LBP ao governo. As propostas foram aceites unanimemente no concelho extraordinário da LBP.

· A Diretiva Operacional Nacional: que até à data ainda não é conhecida a sua versão de rascunho para o ano 2018 o que deixa todo o setor em dúvidas sobre o que irá ser requerido dos Bombeiros Portugueses e quais as alterações profundas que tanto se anunciam.

· A Diretiva Financeira: Que no ano passado foi apresentada já depois do início da fase Bravo sem que na altura a Liga de Bombeiros Portugueses tenha contribuído para a sua construção.

· O valor compensatório atribuído aos bombeiros que integram os ECIN que atualmente é de 46 euros (valor de 2017), a proposta da LBP é que seja de 50€/24 horas. Com esta atualização o valor passaria para 2,08€ por hora de prontidão.

· Agilização dos processos de reparação e substituição de veículos dos CB garantindo a sua disponibilidade em tempo útil;

· Revisão da Tabela de Valores para a reposição de veículos acidentados ou perdidos em serviço;

· Que a Logística, alimentação e combustíveis, sejam assumidas de imediato, em todos os Teatros de Operações pela ANPC, situação que até ao ano passado era assegurado pelos Corpos de Bombeiros das aéreas atingidas pelas ocorrências. Com os atrasos de pagamento das despesas extraordinárias em 2017 muitas corporações viram-se em situações financeiras complicadas para pagar aos seus fornecedores.

· Directiva Nacional de Proteção e Socorro (DNPS): que seja declarado em vigor entre 1 de janeiro a 31 de dezembro e que garanta um dispositivo de resposta não só para as fases Bravo, Charlie e Delta mas também para quando supostamente não há o perigo de ocorrências de grande dimensão. 2017 mostrou que os grandes incêndios aconteceram fora da fase onde o dispositivo está mais musculado.

· A revisão do SIOPS

· A criação de uma Direção Nacional dos Bombeiros autónoma e independente, com orçamento próprio, capaz de dotar a estrutura de um comando autónomo dos bombeiros.

· A criação de 250 Equipas de Intervenção Permanente em todos os Corpos de Bombeiros, com priorização nos de maior índice de risco. Alteração dos regulamentos de funcionamento e da massa salarial

· Criação de comissões distritais de reequipamentos.

As propostas foram aceites unanimemente no concelho extraordinário da LBP, independentemente de algumas federações distritais de bombeiros ao longo dos últimos dias já terem a firmados a total indisponibilidade ou aceitarem tudo que vira a ser imposto no DECIF 2018.

Essa falta de coesão na estrutura dos bombeiros, quer nas federações quer na própria LBP, mostram como é tão frágil esse sector, colocando em risco qualquer negociação ou ultimato que se faça.

  Autor Fénix
 http://voo-da-fenix.blogspot.pt

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