quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Bombeiros de Sintra e Amadora suspendem transporte de doentes não urgentes.

As dez corporações de bombeiros de Sintra e Amadora suspendem, a partir de 4 de Janeiro, o serviço de transporte de doentes não urgentes.

As direcções dos corpos de bombeiros deliberaram "por unanimidade" suspender este serviço até que a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) "altere procedimentos" de pagamentos, disse à agência Lusa o presidente da direcção da associação de bombeiros de Agualva-Cacém, Luís Silva.

As corporações alegam que o novo Sistema de Gestão Transportes de Doentes da ARSLVT, que instituiu novas regras no pagamento, retirou aos bombeiros a sua "mais importante receita", provocando quebras de facturação na ordem dos 70% .

Segundo o presidente da direcção da associação de bombeiros de Agualva-Cacém, "desde Setembro, que a Administração Regional de Saúde alterou regras de pagamento do serviço de transporte de doentes não urgentes, não contemplando o retorno do doente transportado às unidades hospitalares e alterando o preço por quilómetro".

"Nesta altura, a taxa de saída das ambulâncias com um utente é de 7,5 euros. Os restantes utentes pagam 1,5 euros. Como a ARS não paga o retorno, acabamos por estar a transportar pessoas a 75 cêntimos. Isto não dá nem para o combustível", sublinhou, argumentando, de seguida: "Cada tripulação de dois homens custa, no mínimo, dez euros à hora".

O responsável adiantou, também, que o serviço de transporte de doentes não urgentes contempla o transporte de doentes para tratamentos, consultas, fisioterapia e hemodiálise, estando suspensos apenas os serviços contratados pela ARSLVT.

Hoje, a Liga Do Bombeiros participa numa reunião do grupo de trabalho criado pelo Ministério da Saúde para debater esta questão.

Fonte Renascença.

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