Durante muitos anos os corpos de
bombeiros portugueses contribuíram para o abandono escolar em Portugal, permitindo
a presença de jovens, que faltavam á escola para andarem a fazer serviços nos
bombeiros, situação que motivou que muitos desses jovens não fizeram a
escolaridade mínima obrigatória.
Atualmente para frequentar o
Curso de Tripulante de Ambulância de Transporte (TAT), é exigido a escolaridade
mínima obrigatória, de acordo com a lei nº85/2009 de 27 de agosto:
De acordo com a escolaridade é
determinada em função da data de nacimento:
-Até 31 dezembro 1966, 4 anos de
escolaridade
-Entre 1 janeiro 1967 e 31
dezembro 1980, 6 ano de escolaridade
-Entre 1 janeiro 1981 e 31 agosto
1997, 9 ano de escolaridade
-A partir de 1 Setembro 1997, 12
ano escolaridade
Neste momento existem centenas de
estagiários a frequentar escola de recrutas, que viram as suas inscrições nos cursos TAT anuladas por falta de escolaridade mínima obrigatória, para muitos já
é exigido o 9 ano ou o 12 ano. Esses elementos vão ter que fazer o curso de Técnicas
Socorrismo (TS) para acabarem a formação inicial de bombeiro, mas nunca poderão
fazer serviço de ambulância, porque o TS não é reconhecido legalmente como TAT
no regulamento de transporte de doentes.
Aqueles que já fizeram a formação
de TAT, e que não tem a escolaridade mínima obrigatória, poderão fazer as
recertificações dentro dos tempos legais, mas se não fizerem as recertificações
dentro desse tempo legal ou chumbem na recertificação, perdem permanentemente a
certificação TAT.
A grande maioria dos corpos de
bombeiros ainda não se aperceberam desse problema legal, e os primeiros
problemas já começaram a ser sentidos, pior de tudo é que muitos bombeiros tem
os curso TAT caducados e o período de vigência dado pelo INEM está a chegar ao fim,
e os corpos de bombeiros já tiveram tempo suficiente para resolverem esse
problema.
Autor Fénix
http://voo-da-fenix.blogspot.pt/
3 comentários:
Existirem elementos sem a escolaridade obrigatória é que é uma vergonha...
Temos de deixar de ser coitadinhos inferiores...
É a realidade, são as exigências.
A obtenção do 9º ano de escolaridade esteve ao alcance dos que se importaram com as validações das suas competências técnico profissionais e académicas.
Em Portugal só não teve o 12º ano foi quem não quis.
O projeto rvcc abriu portas, oportunidades e criou espaços para que as valências académicas fossem adquiridas mesmo com um nível medíocre de saber-saber...
Quem se esforçou não olha para este quadro com nenhum problema, quem nunca fez nada por isso refere desdém... temos pena!
Obrigada pelos comentários, mas pelos visto muita gente foi apanhada de surpresa, outros dizem o dito pelo não dito e outros continuam a viver num mundo á parte da realidade, como quem manda aqui os TS podem fazer qualquer tipo de serviço, espero que a fiscalização atue.
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