O Grupo de Intervenção Protecção e Socorro da GNR, que reúne
620 militares que intervêm na primeira meia-hora em incêndios florestais e em
situações de catástrofe, irá ser extinto até final de Fevereiro e as suas
funções delegadas nos bombeiros.
O cenário pode representar para os militares - que estão alocados a sete
companhias, um comando em Lisboa e a uma base permanente na Serra de Aires - o
regresso a destacamentos ao longo do país e aos locais onde foram requisitados.
A denúncia partiu, sexta-feira, do porta-voz da Associação Sócio-Profissional
Independente da Guarda (ASPIG), José Alho, com base em orientações que o
secretário de Estado da Administração Interna, Filipe Lobo D"Ávila, terá feito
chegar ao Comando Geral da GNR, para que se proceda à extinção ocorra nas
próximas semanas.
"Esta medida vai representar para o erário público o desbaratar de milhões de
euros, que foram investidos em materiais, equipamentos e formação de recursos
humanos", disse, ao JN, o dirigente, acrescentando que será "o combate aos
incêndios florestais a sofrer o maior dano, tendo em conta os resultados
obtidos".
"Estes militares contam com mais de 97% de eficácia nas suas acções.
Pergunto: pode o país prescindir desta força especializada?", questionou José
Alho.
Ao JN, fonte do Ministério da Administração Interna (MAI) rejeitou "comentar
qualquer medida isolada" de "um pacote mais alargado que esta a ser preparado",
não confirmando a extinção do GIPS, que foram criados em 2006 pelo então
ministro socialista António Costa - na altura com um corpo de 710 militares.
Fénix
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