sábado, 18 de maio de 2019

O voluntário não vai ser extinto o actual sistema é que esta obsoleto.


Hoje em dia muita gente anda preocupada com a extinção dos bombeiros voluntários, onde cada vez existem menos efectivos, tudo motivado por um sistema obsoleto que somente persiste por interesses financeiros e pessoais.

O actual sistema assenta em associações humanitárias de bombeiros, entidades privadas sem fins lucrativos, detidas por associados, que prestam diversos serviços, inclusive de socorros, para o estado, municípios como para diversas entidades publicas e privadas, recebem subsídios municipais e estatais como cobram dos serviços prestados as diversas entidades, onde o estado atribui  incentivos aos bombeiros, baseada a uma equação associada ao serviço minimo operacional imposto anualmente aos bombeiros voluntários,  dando em média um gasto equivalente a um ordenado mínimo nacional por cada bombeiros voluntário existente.

Na grande maioria dos países do mundo existem bombeiros voluntários, com leis e regras, que coabitam num sistema misto, entre profissionais e voluntários, onde a única diferença é quem os detêm é a forma como são pagos pelo o seu tempo despendido, se uns são pagos financeiramente, outros são pagos ou recebem incentivos pelo o seu tempo despendido, como trabalho sazonal ou par-time, criando um sistema conjuntural que cresce consoante as necessidades.

O problema em Portugal é que os corpos de bombeiros portugueses deviam ser nacionalizados, coloca-los sobre o domínio municipal, e serem os municípios suportarem a sua existência, caberia a eles a decisão ter um corpo de bombeiros 100% profissional ou ter corpos de bombeiros mistos, como já acontece em muitos municípios portugueses, muitos optaram de criar corpos de bombeiros mistos sobre o domínio municipal, criando incentivos para captação de bombeiros em regime voluntário, é a única forma de ter e assegurar os voluntários, porque de outra forma só pagando a profissionais, mesmo assim tem que existir um equilíbrio nos incentivos dados, para não tornar o serviço voluntário financeiramente excessivo que levará à sua extinção e ser substituído obrigatoriamente por  profissionais, o que tem acontecido em muitas Associações Humanitárias de Bombeiros Voluntários, que são constituídas por 100% por bombeiros profissionais, verdadeiras empresas de prestações de serviço, mas continuam com a designação de  Voluntários por interesses financeiros.
 

Autor Fénix
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sábado, 6 de abril de 2019

Cartão de identificação bombeiro suspenso.




Compete a Direcção Nacional de Bombeiros DNB assegurar a emissão do cartão de identificação do bombeiro a partir do Recenseamento Nacional dos Bombeiros Portugueses, RNBP, cartão aprovado em Diário da República, 2.ª série — N.º 154 — 11 de Agosto de 2008 Despacho n.º 20916/200.

Os respectivos cartões são impressos na Casa da Moeda a mando da DNB, mas a mais de três anos a Casa da Moeda deixou de imprimir qualquer cartão de identificação dos bombeiros sem se saber de onde veio a decisão de suspender a impressão. 

Assim existem milhares de bombeiros sem qualquer cartão de identificação de bombeiro, onde a Liga dos Bombeiros e as suas Federações Regionais não mostram qualquer iniciativa ultrapassar o problema e mantém um total silencio sobre o problema, porque o cartão de identificação do bombeiro é uma das poucas coisas que o estado dá aos bombeiros que ainda os identifica com bombeiros.


Autor Fénix
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quinta-feira, 4 de abril de 2019

Qualificação dos bombeiros.


Em Portugal a grande maioria do bombeiro das Associações Humanitárias de Bombeiros não tem
qualquer certificado ou qualificação como bombeiro, documentos reconhecido legalmente  pelas entidades competentes, principalmente pela ANQEP, Agencia para Qualificação e o Ensino Profissional, quer pela ENB que passa ou delega em outras entidades a emissão do Certificado Aptidão Profissional CAP, qualificando esse cidadão capacidade legal de executar uma actividade em território nacional ou europeu , quer a nível profissional ou voluntária.

Continua-se a postar num modelo de formação de bombeiros para todo tipo de gostos e feitios, como é a formação inicial de bombeiro voluntário, uma formação obsoleta, deficiente e insuficiente, que não prepara efectivamente esses cidadãos para serem bombeiros, nem fazer face a grande maioria das missões da sua competência. A actual formação somente serve os interesses das associações, humanitárias, onde a única preocupação é formar em quantidade sem olhar a qualidade e de forma gratuita, dando a esses bombeiros uma falsa sensação de segurança, com o intuito de servir os interesses implementados na estrutura por essas associações, que tem como objectivo principal, alimentar de mão-de-obra desqualificada e barata, para servir outros serviços fora do âmbito do socorro, mas no fim essa mão-de-obra desqualificada serve um pouco para tudo, mesmo que isso coloque em risco esses operacionais mal preparados e de quem depende ode um socorro de prestados por eles..


Este país em vez de criar uma legislação formativa única para os bombeiros, sem qualquer diferenciação, criou vários modelos formativos para a mesma actividade com a mesma missão:


Formação de ingresso na carreira de bombeiros voluntário.
Introdução ao serviço de Bombeiros.
Equipamentos
Tripulante de ambulância de transporte ou técnicas de socorrismo
Técnicas de Salvamento e Desencarceramento
Extinção de incêndios urbanos e Industriais
Extinção de Incêndios Florestais
Total de Horas de Formação 250 horas



ANQEP Agencia para Qualificação e Ensino Profissional.
Qualificação 862105-Bombeiro/a
Formação tecnológica UFCD predefinida
3731-nº1-Organização e sistema de controlo  
3732-nº2-Segurança e higiene no trabalho
3733-nº3-Fenobologia da combustão e agentes extintores
3744-nº4-Organização de edifícios, instalações e redes técnicas
3735-nº5-Hidraulica, equipamentos e veículos
3746-nº6-Ordem unida e protocolo
3737-nº7-Manobras de mangueiras, bombas, escadas nós, e ligações
3738.nº8-Operações de extinção de incêndios urbanos e industriais
3739-nº9-Manobras de apoio a extinção de incêndios urbanos e industriais
3740.nº10-Manobras de busca e salvamento
3741-nº11-Operações de extinção de incêndios florestais
3742-nº12-Operações de extinção de incêndios em meios de transporte
3743.nº13-Técnicas de socorrismo
3744-nº14-Técnicas desencadeamento
3745-nº15-Ténicas de escoramento e de desobstrução
3746-nº16-Técnica de salvamento em grande ângulo
3747-nº17.Contolo de acidentes com matérias perigosas.
Total 850 horas

CAP ENB Escola Nacional de Bombeiro
Estagio de 120 horas em contexto de trabalho
Domínio sócio-cultural:
Desenvolvimento pessoal, profissional e social;
Legislação laboral e da actividade profissional;
Informática na óptica do utilizador;
Ambiente, segurança, higiene e prevenção;
Ordem unida;
Educação física e desporto;
Domínio científico-tenológico:
Química do fogo;
Agentes extintores;
Electricidade geral;
Hidráulica;
Construção civil — estrutura, compartimentação e acessibilidade de edifícios e de estruturas;
Redes de água;
Protecção e segurança individual;
Sistemas de comunicação;
Combate a incêndios urbanos e industriais;
Ventilação táctica;
Veículos e equipamentos de combate a incêndios e de salvamento;
Desencarceramento;
Salvamento e desobstrução;
Socorrismo básico;
Sistemas e equipamentos de prevenção e segurança;
Despoluição de águas;
Acidentes com matérias perigosas
1800 horas



A ENB já devia ter reestruturado toda a formação inicial de bombeiro, dotando os bombeiros de uma formação única, modular que os prepara efectivamente para a sua missão e qualifica-los como bombeiro, para isso tem se quebrar com algumas mentalidades impostas que contradizem que é correcto e demasiado óbvio.
 


Autor Fénix
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quarta-feira, 13 de março de 2019

Oligarquia da Liga dos Bombeiros Portugueses.




A LBP não soube acompanhar a evolução da política nem a mudança da sociedade portuguesa. A LBP criada em 1930, criou os seus estatutos com orientações do antigo regime, fechou a eleição dos seus corpos sociais num bloco duro, numa oligarquia concentrado num pequeno grupo de pessoas, presidentes dos corpos de Bombeiros e elementos de comando a nível nacional, que elegem os corpos sociais da LBP, deixando de fora todos os bombeiros portugueses.

Na mesma situação estão as Federações Distritais de Bombeiros, um apêndice da LBP a nível distrital, mais uma vez a eleição das suas direcções é mais uma oligarquia, onde a direcções das FDB somente são eleitas por presidentes e elementos de comando dos corpos de bombeiros a nível distrital.

Esse sistema Oligárquico que a LBP criou, abriu uma guerra aberta entre bombeiros e LBP, os bombeiros dizem que a LBP não os representa e criaram outras estruturas representativas para serem ouvidos, a LBP em vez de mudar e criar mecanismos onde os bombeiros pudessem fazer parte da eleição dos corpos sociais e serem ouvidos, alterou os seus estatutos como uma afronta aos bombeiros, dando a si própria a legitimidade de falar nome de todos os bombeiros, sem mesmo os ouvir ou consultar, sem permitir os bombeiros participarem na sua eleição.

Alguns oligarcas desse pequeno número de pessoas que elegem os corpos sociais da LBP, preparam-se para destituir o actual presidente da LBP, mas a destituição o actual presidente da LBP em nada vai melhorar o actual sistema, que esta ultrapassado, corrupto e viciado, ou a LBP se adapta aos novos tempos e exigências, ou pode e deve, simplesmente acabar, dar lugar as novas estruturas representativas democráticas, preparadas para lidar com as novas exigências da actual sociedade e exigência dos bombeiros portugueses.   


Autor Fénix
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sábado, 9 de fevereiro de 2019

ANPC pretende pagar directamente aos bombeiros do DECIR.



Nos últimos anos tem existido algumas irregularidades no pagamento aos bombeiros que fazem DECIR por parte de alguns corpos de Bombeiros, e este ano a ANPC prepara-se para pagar directamente e por transferência bancaria aos bombeiros que fazem DECIR.

É mais uma alteração entre outras que pode acontecer este ano, onde a ANPC tem feito diversas experiências de modelos de reforço aos incêndios florestais nos últimos anos, com pré-posicionamento de meios de longa duração, com equipas mistas de diversos corpos de bombeiros, equipas de reforço nocturna etc.

Cada vez mais o DECIR está se a tornar um trabalho sazonal remunerado constituído por profissionais de diversas entidades, a pelos vistos a ANPC pretende aos longos dos anos assumir a responsabilidade contratual desses profissionais, em vez de existirem intermediários nessa contratação.
 
Autor Fénix
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terça-feira, 11 de dezembro de 2018

Os 300 pretorianos de Costa


A nova reestruturação que o governo quer fazer na ANPC, acabar com os actuais comandos distritais de operações e socorro e com toda a estrutura de apoio a esses comandos, e criar cinco comandos regionais e 23 sub-regionais é o culminar de uma política iniciada no fim de 2017, com o inicio da formação de 300 oficiais da GNR com formação de elementos de comando de bombeiros, administrado na ENB, que iram ocupar a grande maioria dos cargos de comando e de chefia dos comandos distritais e dos sub-regionais da nova estrutura da ANPC, deixando de fora quem comandava e chefiava anterior estrutura.

A estrutura dos bombeiros ao se perceber disso, que iria ficar totalmente subjugada à estrutura militar e as suas doutrinas, sem ninguém ligado aos bombeiros na nova estrutura da ANPC, exigiram ao governo um comando e um financiamento próprio, decretando um blackout informativo aos CDOS, deixando totalmente às escuras a ANPC.

Neste momento está instaurada uma guerra de poder institucional, uma guerra que foi planeada aos longos dos anos pelos governos socialistas e iria culminar com a criação da actual estrutura da ANPC, mas pelos vistos os bombeiros portugueses ainda tem uma palavra a dizer

Autor Fénix
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