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sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Emergência pré-hospitalar sem meios

No telejornal da noite na SIC, foi divulgado um procedimento o áudio integral e real de uma chamada de socorro como activação de meios de socorro, que resultou na morte de um cidadão e mostrou as deficiências do Sistema Integrado de Emergência Médica SIEM, que falhou por completo na assistência.

Na reportagem foi ouvida o áudio real da chamada de socorro efectuada pelos familiares, como o áudio da activação dos meios de socorro envolvendo várias entidades, esses dados foram fornecidos á SIC pelo INEM, uma clara violação da lei, porque esses dados são confidenciais, onde nem existiu a preocupação omitir moradas e identificação dos intervenientes, a Comissão Nacional de Protecção de Dados CNPD deve esclarecer publicamente essa situação e punir legalmente os infractores da violação desses dados.

Em relação ao sucedido, foi provado que existiu uma clara negligência de todos intervenientes:

- Familiares da vítima desconheciam completamente como efectuar uma chamada de socorro, situação comum em Portugal.

- O CODU-INEM, demoraram demasiado tempo para perceber da gravidade da situação, como depois orientaram a situação para outras áreas complexas como a “morte” do cidadão, porque desde do inicio da chamada tinham os dados mais importantes (Idade da vítima, morada, inconsciente, não respira), somente bastava de accionar meios de socorro, o que se veio a mostra uma tarefa difícil, com contornos e procedimentos admissíveis por parte do INEM e Bombeiros.

-Em relação aos Bombeiros, ficou provado que em ambos os corpos de Bombeiros, Favaios e Alijó, não tinham pessoal para efectuar o serviço de socorro, em ambos os quartéis de Bombeiros somente existia um único Bombeiro, não ficou clarificado se essa situação é habitual ou existia a ocupação dos outros elementos em missões de socorro. Se for provado que existe somente um único Bombeiro na escala de serviço, é uma situação de estrema gravidade, onde as entidades competentes deviam resolver a situação, quer o INEM quer o SNBPC e o SMPC das câmaras municipais, em dotar o corpo de bombeiros de capacidade financeira para ter Bombeiros profissionais a tempo inteiro para a primeira intervenção e fiscalizar como fiscalização do sistema.

No debate o presidente da LBP Duarte Caldeira informou que não existe um sistema de socorro pré-hospitalar que sirva de forma idêntica todo o território nacional, porque os Bombeiros não foram dotados de ambulância nem capacidade financeira para ter tripulações para o socorro, nem existiu qualquer reunião com o INEM e com o representante do SNS para concertar formas intervenção resultante com o encerramento dos serviços de urgência. Tendo o presidente do INEM, responsável pelo socorro pré-hospitalar a nível nacional, contrapôs com a criação da sua rede própria de ambulância, ignorando os outros parceiros do sistema, um sistema que o INEM quer implantar paralelo aos Bombeiros, um sistema pouco eficaz, quer em quantidade de recursos quer na sua proximidade a população, em vez de aproveitar as estruturas dos Bombeiros que existe que cobre 100% do território, que necessita urgentemente ser apoiada com recurso financeiros para a existência de profissionais a tempo inteiro.