quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Novas normas na formação do pré-hospitalar

Estão a decorrer reuniões entre a LBP e o INEM, e ENB com o objectivo de reformular o processo de formação na área do TAT e o TAS.


Estão já acordados um conjunto de princípios, que pensamos ser de grande importância como a formação modular, o horário pós-laboral, o período de 12 meses para a fazer e a certificação passar para períodos de 5 anos.

A formação deve ser organizada de forma descentralizada.

A estrutura acordada tem a organização abaixo descrita.

TAT

Proposta para 50 horas a carga horária do produto TAT, dividindo-se em 2 módulos de 25 horas cada, a saber:
- Módulo SBV e DAE

Objectivos:

- Englobar a formação DAE estendendo-a a todos os destinatários;
- Fundamentação da opção anterior com base no que determina o “state of the art” internacional desta área;
- Flexibilidade horária na realização do cronograma (respeitando a unicidade do SBV-D e SBV pediátrico);
- Disposição em módulos de 25 horas que permita, posteriormente, a sua inclusão no Catálogo Nacional de Qualificações (upgrade ao nível de habilitações pessoais dos destinatários desta formação).

TAT – Nível II

Proposta de aumento para 25 horas correspondendo à lógica das unidades de crédito permitindo, com esta alteração, juntar as datas necessárias de revalidação da valência (TAT antigo e DAE).

TAS

Proposta para 200 horas a carga horária do produto TAS, dividindo-se em 5 módulos com as seguintes designações e cargas horárias:
- Abordagem e RCP – 25 horas
- Normas, parto e pediatria – 25 horas
- Emergência Médica – 50 horas
- Trauma – 75 horas
- Integração ao SIEM – 25 horas

A- Módulo Trauma
alguns considerandos relativamente à estrutura apresentada:

- O 1º e o último módulo são fixos no que concerne à apresentação do cronograma. Resulta do exposto que os módulos 2, 3 e 4 podem ser realizados sem exigência sequencial;
- O formando que cumpra com sucesso a valência TAT ser-lhe-á proporcionada equivalência automática ao 1º módulo da valência TAS;

- Flexibilidade horária na realização do cronograma (respeitando a unicidade do SBV-D e SBV pediátrico);
- O percurso do candidato terá que ser feito num período que não exceda 12 meses após o inicio da sua formação;
- O último módulo de 25 horas é integralmente realizado no INEM sendo composto por 3 módulos tutorados em ambulância aos quais acrescem 4 horas de observação no CODU.

TAS – Nível II

Proposta de redução para 25 horas correspondendo à lógica das unidades de crédito. Face ao alargamento do período em que a valência está activa, foi defendido a necessidade de formação contínua, em especial nos elementos onde a operacionalidade seja mais esporádica.


Todo o processo esta a ser dirigido secretamente sem conhecimento dos formadores da ENB, formadores que deviam estar inseridos no desenvolvimento desse projecto, porque tem sido eles que tem dado algum desenvolvimentos na formação pré-hospitalar em Portugal, onde lamentavelmente nem sequer foram ouvidos.
Fénix

Eleição para presidente da LBP é tudo menos democrática.

Este ano 28,29 e 30 de Outubro realiza-se no Peso da Régua o 41º congresso da Liga dos Bombeiros Portugueses, onde vai ser eleito o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses para o triénio 2012 a 2014, uma eleição onde somente os senhores comandantes e presidentes das associações de bombeiros têm direito a voto.

Um dos princípios de um estado democrático e o principio segundo a qual toda a soberania reside no povo, que escolhe os seus titulares através de sufrágio directo e universal.

Os bombeiros portugueses, que são o elo mais importante da sua estrutura não são chamados a escolher quem os vai representar nem quem vai decidir sobre os seus destinos no próximo triénio, uma situação lamentável que tem levando vez mais o afastamento dos bombeiros da LBP, porque a eleição do presidente da LBP é tudo menos democrática.

Fénix

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Eliminar os mais fracos para se poupar dinheiro.

Este artigo somente pelo título é polémico, mas neste momento em Portugal as medidas de austeridade impostas pelo governo e pela troika está a impossibilitar que muitos idosos e doentes crónicos sejam obrigados a abandonar os tratamentos por falta de dinheiro para comparar medicamentos ou de transporte para irem fazer tratamentos.


Quando vem público que doentes oncológicos deixaram de ir ao tratamento porque não foi passado as guias de transporte e como não tem dinheiro para o transporte não fazem tratamento, é o mesmo que dizer que a sua situação clínica desses doentes vai piorar e vão morrer brevemente por falta de tratamento ou de medicação.

Com a morte desses cidadãos o estado poupa em tratamentos e internamentos e deixa de pagar pensões, logo arrecada para os seus cofres muitos milhões de euros.

Uma politica que nos passados históricos mundiais foi impostas por muitos ditadores em muitos países, que eliminaram os mais fracos e os menos produtivos em prol dos mais produtivos.

Com tudo isso os corpos bombeiros portugueses são confrontados diariamente com inúmeros casos sociais, de pessoas que pedem auxílio para serem transportados gratuitamente para irem fazer tratamentos, uma situação complexa, porque a grande maioria dos corpos bombeiros também estão numa situação de rotura financeira grave, e muitos irão fechar as portas brevemente, criando o caos na sociedade civil, contribuindo com isso indirectamente para uma politica de eliminação dos mais fracos em prol dos mais produtivos

Fénix

domingo, 2 de outubro de 2011

Vinte concelhos de Portugal Continental com risco máximo de incêndio (Lusa)

Vinte concelhos de sete distritos de Portugal continental apresentam hoje um risco máximo de incêndio, segundo o Instituto de Meteorologia. No sábado, a Autoridade Nacional de Protecção de Civil registou 243 incêndios, que foram combatidos por 3.723 bombeiros com o auxílio de 1.012 veículos.


Fénix

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Fase do desenrasque

Muitos dizem que os incêndios florestais não têm época, mas a realidade é que em Portugal os incêndios florestais têm época marcada e legislada.

Às 00H00 do dia 1 de Outubro a ANPC reduz consideravelmente os meios de combate aos incêndios florestais, dando inicio a fase DELTA.

Anos anteriores a ANPC, suspendeu o arranque do dispositivo de combate a incêndios porque não existiam condições favoráveis para ocorrência de incêndios florestais, mas este ano não soube prolongar o dispositivo por existirem condições favoráveis para existência de incêndios florestais, uma medida de difícil compreensão.

Na fase DELTA a grande maioria dos corpos de bombeiros a nível nacional deixam de ter equipas de primeira intervenção e de apoio logístico afectas aos DECIF 2011, um facto consumado, com a agravante que este ano o mês de Setembro tem sido quente e previne-se que se estenda ao mês de Outubro com temperaturas a rondar os 30 graus, coisa que contradiz com os anos anteriores, onde São Pedro tem dado nos últimos anos uma mão divina a Portugal na área dos incêndios florestais.

Assim no dia 1 de Outubro para a grande maioria dos corpos de bombeiros portugueses entra a fase do desenrasque, com falta de mão-de-obra voluntária e poucos efectivos profissionais que não chegam para assegurar os serviços mínimos diários, agora vêem-se com o problema em arranjar equipas para saírem para os incêndios florestais.

Fénix

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Uma nuvem negra sobre os corpos de Bombeiros.

A lei sempre proveu o encerramento dos corpos de bombeiros, um facto escrito no Regime jurídico das associações humanitárias de bombeiro, Diário da República, 1.ª série — N.º 155 — 13 de Agosto de 2007

Da extinção
Artigo 26.º
Extinção

1 — As associações extinguem -se:
a) Por deliberação da assembleia-geral;
b) Pela verificação de qualquer outra causa prevista no acto de constituição ou nos estatutos;
c) Pelo falecimento ou desaparecimento de todos os associados;
d) Por decisão judicial que declare a sua insolvência.

2 — As associações extinguem -se ainda por decisão judicial:
a) Quando o seu fim se tenha esgotado ou se tenha tornado impossível;
b) Quando o seu fim real não coincida com o fim expresso no acto de constituição ou nos estatutos;
c) Quando o seu fim seja sistematicamente prosseguido por meios ilícitos ou imorais.

Artigo 27.º
Declaração de extinção

1 — No caso previsto na alínea b) do n.º 1 do artigo anterior, a extinção só se produz se, nos 30 dias subsequentes à data em que devia operar -se, a assembleia-geral não decidir a prorrogação da associação ou a modificação dos estatutos.
2 — Nos casos previstos no n.º 2 do artigo anterior, a declaração de extinção pode ser pedida em juízo pelo Ministério Público ou por qualquer interessado.
3 — A extinção por virtude da declaração de insolvência dá -se em consequência da própria declaração.

Artigo 28.º
Efeitos da extinção

1 — Extinta a associação, é eleita uma comissão liquidatária pela assembleia-geral ou pela entidade que decretou a extinção.
2 — Os poderes da comissão liquidatária ficam limitados à prática dos actos meramente conservatórios e necessários, quer à liquidação do património social, quer à ultimação dos negócios pendentes, sendo que, pelos actos restantes e pelos danos que deles advenham, à associação respondem solidariamente os titulares dos órgãos sociais que os praticarem.
3 — Pelas obrigações que os titulares dos órgãos sociais contraírem, a associação só responde perante terceiros se estes estavam de boa fé e à extinção não tiver sido dada a devida publicidade.

Artigo 29.º
Destino dos bens das associações extintas

1 — Os bens das associações humanitárias de bombeiros extintas revertem para associações com finalidades idênticas, nos termos das disposições estatutárias ou, na sua falta, mediante deliberação da assembleia-geral.
2 — Não havendo disposição estatutária aplicável, nem deliberação da assembleia-geral, os bens são atribuídos a outras associações humanitárias de bombeiros com sede no concelho de localização dos bens ou, não existindo, à respectiva câmara municipal ou, se a associação extinta tivesse a sua sede nas Regiões Autónomas, aos respectivos serviços regionais de protecção civil, que decidirão do seu fim.
3 — A atribuição a outras associações humanitárias de bombeiros dos bens da associação extinta que estejam afectos ao cumprimento de acordos de cooperação carece de concordância das entidades intervenientes no acordo.
4 — Aos bens deixados ou doados com qualquer encargo ou afectados a determinados fins é dado destino, de acordo com os números anteriores, respeitando, quando possível, a intenção do encargo ou afectação.
5 — O disposto no número anterior não se aplica aos bens integralmente adquiridos com subsídios de pessoas colectivas públicas, os quais revertem para estas, salvo se tiver sido previsto outro destino em acordo de cooperação.

Artigo 30.º
Sucessão das associações extintas

As associações para as quais reverte o património das associações extintas sucedem-lhes nos direitos e obrigações, mas só respondem pelo pagamento das dívidas até ao valor dos bens que lhes tenham sido atribuídos.

fenix;Um problema resolvido politicamente de uma forma demasiado simplista, omitindo a verdadeira realidade às populações locais, deixando vastas zonas do território nacional sem qualquer socorro em tempo útil de socorrer nada do que quer que seja.





Fénix

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Bombeiro precisa de transplante.

O bombeiro Fernando Silva Morgado, de 34 anos, pertencente ao corpo de Bombeiro Terras do Bouro necessita urgentemente de um transplante de medula óssea.


O corpo de Bombeiros Terras do Bouro promove dia 25 de Setembro uma campanha de recolha de sangue para arranjar um dador compatível.

Fénix

Bombeiro cria escala de apoio à tomada de decisão em incêndios estruturais.

Rui Alves, Bombeiro Voluntário de Barcelinhos há doze anos e engenheiro civil, saliente das dificuldades que os bombeiros têm do combate aos incêndios estruturais em relação a resistência de estruturas em caso incêndio ou aquecimento rápido, criou uma escala de cores e letras, para ser utilizada em incêndios em túneis rodoviários.


A investigação foi feita na Universidade do Minho, para qual foi premiado com uma bolsa de estudo pela Liga dos Bombeiros Portugueses.

Fénix

domingo, 11 de setembro de 2011

11 de Setembro 2001.

O dia 11 de Setembro o dia que marcou ou mundo, mostrou ao mundo a face cruel que os humanos podem ter, como mostrou ao mundo a capacidade que o ser humano pode fazer para salvar seu semelhante.


Enquanto um grupo de indivíduos de uma forma cruel fez um atentado sem precedentes tentando matar o maior número de humanos, outros tentaram salvar o maior número de humanos, onde muitos tenham a convicção que era um salvamento sem retorno.

Fénix

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Socorro comprometido em Portugal.

Hoje em dia o socorro não compadece somente com a boa vontade, e cada vez é mais difícil que os problemas da falta de bombeiros sejam resolvidos com os toques de sirene ou envio de mensagens escritas por telemóvel.

Uma viatura arde por completo em cinco minutos, um incêndio numa habitação sofre danos significativos com o fogo que arda mais que dez minutos, uma vítima em PCR sem SBV depois dos 10 minutos dificilmente se recupera ou se recupera é um vegetal, e depois disso, nada vale termos 20 ou 30 bombeiros, viaturas XPTO cheias de equipamento no local da ocorrência, porque na essência o socorro falhou, depois os meios humanos é mecânicos servem somente para colmatar os danos colaterais da falha da primeira intervenção e para o show off para os médias

A criação de equipas de primeira intervenção que decorreram nos últimos anos através de diversos protocolos entre os bombeiros, ANPC e os municípios, foi a melhor solução para colmatar a grave falta de efectivos, principalmente durante o período diurno, onde essas equipas de primeira intervenção asseguram um socorro em tempo útil às suas populações, resolvendo de imediato e limitando os danos na grande maioria das ocorrências.

Actualmente muitos senhores presidentes de Câmaras Municipais, como a Câmara de Belmonte, têm rescindido os contratos que deram a origem a criação das equipa de primeira intervenção, uma situação de irresponsabilidade politica que compromete seriamente o socorro às populações locais.

A manutenção financeira dessas equipas para as Câmaras Municipais são insignificante, e os municípios podem sempre aplicar a todos os munícipes uma taxa municipal para protecção civil como a lei prevê, logo a situação da rescisão dos contratos que mantém essas equipas não tem fundamento financeiro, somente político e má fé.

Os governantes vão ter que assumir de uma vez por todas as suas responsabilidades nessa matéria e os responsáveis dos bombeiros tem uma vez por todas mostrarem as suas fragilidades e denunciar as suas deficiências e as consequências que isso pode ter para as populações locais.

Fénix

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Responsabilidade dos encargos com o transporte de ambulância de doentes urgentes, muitos urgentes e emergentes.

O novo acordo relativo ao novo regulamento que estabelece as regras para o transporte de doentes em ambulância celebrado em meados de Maio de 2011 entre a LBP e MS, estabelece a responsabilidade dos cargos com o transporte de carácter urgente, muito urgente ou emergente é efectuada nos seguintes moldes:


Artigo 5.º linha 2 – O Presente Regulamento aplica-se ainda às situações em que o Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) não reconheça a necessidade de transporte urgente e o doente ou familiar o fizer, por iniciativa própria, vindo posteriormente, a ser reconhecida a necessidade de transporte através de justificação clínica emitida pelo serviço de urgência da Unidade de saúde para onde o doente foi transportado.

Linha 3 - Para o efeito do disposto no número anterior, nos serviços de urgência com sistema de triagem de Manchester serão considerados com direito ao transporte as situações:

a) Emergentes (cor vermelha)

b) Muitos urgentes (Cor laranja)

c) Urgentes (cor amarela), a confirmar pelo médico assistente;

d) Nos serviços de urgência que não possuam ou não utilizem o sistema de triagem de Manchester, a justificação quanto ao transporte, terá que ser emitida pelo médico assistente quanto do acto da consulta.

Nesse mesmo acordo define no artigo 15.º Responsabilidade dos cargos com o transporte.

Linha 3 – Os encargos com o transporte referido no número 2 do artigo 5.º serão suportadas pela entidade que recepcionou o doente que posteriormente os debitara ao Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), em consequência da confirmação do seu carácter urgente, muito urgente ou emergente.

O presente acordo põem o INEM a pagar todos os serviços de transporte em ambulância a uma urgência de uma unidade de saúde pública, triados ou não pelas centrais CODU, ficando o utente isento de pagamento do transporte de ambulância da ambulância desde que seja atribuída pelas unidades de saúde, desde da cor amarela pelo sistema de triagem de Manchester, quando o médico assistente dessa unidade de saúde comprove o seu estado de necessidade ou quando as centrais CODU INEM accionam a ambulância e atribuem numero de ficha à entidade que transporta.


O cidadão terá que pagar o transporte quando o INEM não acciona ambulância, quando a unidade hospitalar lhe atribui a cor verde ou azul ou quando o medico dessa unidade de saúde não comprove a necesidade.

Fénix

sábado, 27 de agosto de 2011

Seminário "Associações de Protecção Civil, que paradigma em Portugal"


Fénix

"Incêndios Florestais" Novo livro Domingos Xavier Viegas

Sugere uma publicação recente: "Incêndios Florestais"" com coordenação técnica de Domingos Xavier Viegas, em co-autoria com Luís Mário Ribeiro e Carlos Rossa numa edição de Verlag Dashöfer.

A obra destina-se a apoiar estudantes e investigadores, técnicos florestais, municipais e agentes de protecção civil, que se dedicam ao estudo, investigação e combate de incêndios florestais. Ao longo de oito capítulos, são abordados os diferentes aspectos dos incêndios florestais: o comportamento do fogo, a segurança pessoal no combate e a interface urbano-florestal merecem destaque, mas também os combustíveis florestais, a meteorologia aplicada aos incêndios ou os sistemas de apoio à decisão.

Fénix

Milagre no IC2 apos queda de contentor (COM VIDEO)

Milagre no IC2 apos queda de contentor (COM VIDEO)

Fénix

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Hospitais não pagam. Socorro prestado por bombeiros pode estar comprometido

Situação acontece em todo o país. Na Póvoa do Varzim, por exemplo, os bombeiros já não têm dinheiro para gasóleo, porque o Centro Hospitalar da Póvoa deve 120 mil euros.


O presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, Duarte Caldeira, alertou hoje para o risco de algumas corporações de bombeiros "paralisarem" caso o Governo não arranje uma solução para as dívidas que os hospitais têm para com estas associações de socorro.

Duarte Caldeira refere que, um pouco por todo o país, existem situações de dívida dos estabelecimentos hospitalares às corporações de bombeiros, essencialmente devido ao serviço de transporte de doentes. A situação pode, em última instância, obrigar a uma redução de pessoal, o que “pode comprometer a resposta operacional” dos bombeiros.

Uma das situações mais graves regista-se na Póvoa do Varzim, onde o grupo hospitalar deve à corporação local 120 mil euros.

A Liga dos Bombeiros já solicitou uma reunião, com carácter de urgência, ao ministro da Saúde, Paulo Macedo, e ao ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, para abordar esta e outras questões ligadas às estruturas de socorro, mas ainda aguarda uma resposta.

Fonte: Renascença

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Os exemplos têm que vir de cima.

O Ministério da Saúde criou inúmeras normas para ser aplicadas na área do transporte de doentes, normas que servem para regular esse sector, que devem ser compridas por todas as instituições que se dedicam ao transporte de doentes a nível nacional.


Mas são as próprias instituições do Ministério da Saúde que não cumprem com o dito regulamento de transporte de doentes.

Já algum tempo denunciei um caso preocupante de saúde pública, pela falta de limpeza e de material nas ambulâncias de um hospital central do Ministério da Saúde, situação que continua acontecer, e se a situação era grave a um ano atrás, agora ainda é mais grave, porque se passou um ano sem qualquer limpeza.

Outra situação preocupante é que os motoristas não têm o averbamento na carta de condução para condução de ambulância como a lei exige, e quer o motorista quer o segundo elemento também não possuem qualquer curso de Tripulante de Ambulância de Transporte, como os veículos não têm inspecção legalmente passada pelo INEM.

Com tantas infracções, como pode o Ministério da saúde exigir que as outras entidades sejam obrigadas a cumprir com legislação criadas por esse Ministério?

O mais grave de tudo é que esses veículos raramente são inspeccionados e multados pelos agentes de autoridade, que fazem de vista grossa aos atropelos da lei, enquanto aplicam sigilosamente a lei aos veículos e tripulações das outras entidades.

Fénix

segunda-feira, 25 de julho de 2011

A onde pára o código Deontológico dos bombeiros portugueses?

Em Agosto de 2008, o presidente da Liga dos bombeiros Portugueses Sr. Duarte Caldeira anunciava publicamente a criação do Código Deontológico que iria ser aplicado a todos os bombeiros portugueses.

O código deontológico iria ser um dos mais importantes documentos a ser elaborado nas últimas décadas no sector dos bombeiros portugueses, um documento que enquadraria os direitos e os deveres do bombeiro em termos de deontologia funcional, onde se criaria linhas orientadora da actividade que todos os elementos tinham de cumprir e seguir como uma linha mestra.

Três anos se passaram e nada se sabe do Código Deontológico dos bombeiros portugueses, um documento que certamente deve estar bem arrumado e esquecido numa gaveta de uma secretaria de algum departamento da LBP, um documento demasiado importante que alguém teve medo de o publicar.

Fénix

terça-feira, 19 de julho de 2011

Verbas dos bombeiros foram para o INEM

Numa entrevista no Jornal Bombeiros de Portugal, o Sr. Joaquim Marinho, afirmou o Ex SNB em 2001 tinha um orçamento em moeda antiga de dois milhões e quatrocentos mil contos, verbas provenientes do Instituto de Seguros de Portugal, onde em 2003, por decisão política grande parte dessa verba passou para o INEM.

Fazendo uma análise temporal, foi em 2004 com campeonato europeu de futebol “Euro 2004”, que iniciou-se ascensão do INEM, com a contratação de trezentos tripulantes e meia centenas de enfermeiros, com a única finalidade de trabalharem somente no período do Euro2004, que no fim acabaram por ficar e foram colocados nos quadros de pessoal do INEM.

Foi também nessa altura que o INEM aumentou significamente os seus meios a nível nacional, criou PEM, muitos deles junto a quartéis de bombeiros, uma clara duplicação de meios desnecessária, aumentou a rede de VMERs, comprou helicópteros etc.

Foi por esta data que as relações institucionais entre o INEM e os Bombeiros s degradaram-se, onde o INEM impôs normas contra a vontade de todos os seus parceiros, criando conflitos institucionais em todas as vertentes, tentando denegrir a imagem dos bombeiros, seu parceiro directo no socorro pré-hospitalar.

Foi por esta data, o EX SNB deixou de entregar ambulâncias de socorro aos corpos de bombeiros que não tinham ambulância INEM, também foi por esta data que iniciou-se a decadência na formação dos Bombeiros na área do Pré-Hospitalar, com uma redução abruta dos cursos de TAT e TAS.

Desde de 2003 anda-se a sacrificar o socorro na área do pré hospitalar praticado pelos bombeiros portugueses em prol do INEM, com desvio de verbas que deviam por direito repartidas pelos bombeiros portugueses.

Fénix

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Quando temos que socorrer um dos nossos.

Nos últimos 30 anos morreram cerca de 80 bombeiros em serviço, e alguns milhares sofreram ferimentos graves.

Socorrer um colega ou um familiar é uma pressão psicológica extrema para as equipas de socorro, já estive em ocorrência com bombeiros feridos gravemente até mortais, e já vi os melhores dos melhores bombeiros a bloquearem mentalmente, de dez ou quinze homens num local de acidente, somente um ou dois conseguiram ultrapassar o choque emocional de socorrer um colega.

A estrutura responsável pelos bombeiros em Portugal e pela coordenação do socorro devia ter planos de intervenção de excepção para essas situações. Assim que seja detectado um acidente envolvendo bombeiros na sua área de actuação própria, além do accionamento dos meios de socorro local, devia ser obrigatório o accionamento simultâneo de meios de socorro de outro corpo de bombeiros limítrofe, uma precaução de ter equipas que assumam o socorro em caso de necessidade.

Outra situação é os senhores elementos de comando e chefias que coordenam o socorro dentro dos corpos de bombeiros, terem especial atenção de não permitirem que socorristas saiam para socorrer os seus próprios familiares, uma atitude que muitas das vezes que não tida em conta, que pode trazer consequências graves quer para o socorro quer a nível psicológico para o socorrista.

Imagine o que é um filho sair numa ambulância para socorrer uma situação de PCR no seu pai, ou ainda pior, imagine uma tripulação de uma ambulância a executar SBV numa criança, e um dos socorrista ser o próprio pai da criança, uma situação real, detectada quando um médico da VMER quis suspender o SAV, onde saiu uma palavra do bombeiro “ não suspenda, é o meu filho”.

A estrutura dos bombeiros em Portugal não pode actuar de forma passiva e irresponsável para esse problema que teima ser visto como tabu no seio dos bombeiros, deviam actuar e seguir o exemplo de outros organismos públicos, principalmente o da saúde, que tem normas que tentam proteger os seus profissionais desses atentados psicológicos, impondo normas e directrizes para atenuar os efeitos negativos.

Não podemos esquecer que os bombeiros antes de serem bombeiros são humanos, mesmo que sejam usados como simples maquinas.

Fénix