segunda-feira, 31 de março de 2008

Bombeiros ficam a porta

Basta efectuar uma pequena viagem fora de Lisboa para nos apercebermos que os serviços de urgência hospitalar funcionam diferentemente de região para região.

Numa viagem de fim-de-semana um amigo meu se sentiu mal, que me levou a ligar 112 a pedir uma ambulância, que por acaso foi rápido o atendimento por parte da central 112 da PSP e do CODU de Lisboa, onde foi accionado uma ambulância de socorro dos Bombeiros.

A ambulância de socorro chegou somente tripulada por dois TAT, o que é ilegal, onde aprontei ajudar a tripulação na recolha da informação clínica do doente e efectuar a avaliação da vítima, como prestar o devido socorro, onde acompanhei o meio amigo na ambulância até a unidade hospitalar de Torres Vedras.

Chegando ao Hospital de Torres Vedras o doente foi passado imediatamente para a maca do Hospital e levado para dentro por um maqueiro, onde tentei por mais uma vez tentar passar a informação sobre o doente, uma informação essencial e vital para uma correcta triagem e tratamento do doente, principalmente porque ele tinha efectuado terapêutica de emergência no local da ocorrência, e a entrada do hospital não estava em condições de se expressar correctamente, foi me dito para aguardar na sala de espera juntamente com os Bombeiros, que informaram que nesse hospital nem médicos e enfermeiros não querem receber qualquer dados das tripulações das ambulâncias, onde os Bombeiros somente limitaram a efectuar a inscrição e passaram a disponíveis.

Com esse tipo de funcionamento e atitude por parte dos profissionais do serviço de urgência do H.T.V, faz que toda a informação e avaliação recolhida no local da ocorrência foram para o LIXO, uma atitude verdadeiramente negligente, o que antevê problemas graves em certas situações, onde a recolha de informação e avaliação é vital para o doente.

Mais um ponto negro nos serviços de urgência portugueses.

quinta-feira, 27 de março de 2008

Remoção de cadáveres

A remoção dos cadáveres é um problema grave e complexo, porque os cadáveres devem ser removidos por veículos e equipamento próprios, como a tripulação deve ter equipamento de protecção individual a apropriado e ter formação sobre o manuseamento e condicionamento do cadáver e para o transporte, como saber efectuar a limpeza da zona envolvente do cadáver de qualquer matéria orgânica ou cheiro, deixando a zona completamente limpa.

Os Bombeiros não são obrigados a efectuar remoção de cadáveres, mas muitos deles efectuam esse tipo de serviço, em virtude das avultadas receitas obtidas, que chegam a ser superior a 500% comparando com um transporte de um doente, e para efectuar esse tipo de serviço usam ambulâncias de socorro ou de transporte, veículos afectos unicamente ao socorro e ao transporte de doentes, sem que as tripulações disponham de equipamento nem conhecimentos no manuseamento de cadáveres, principalmente quando esses já se encontram em avançado estado de decomposição.

Existe a necessidade das entidades oficiais regulamentarem essa actividade, mesmo por uma questão de saúde pública, onde ambulâncias que transportaram cadáveres, alguns em avançado estado decomposição, passado algumas horas andam a transportar doentes e sinistrados, onde no meu entender deviam ser as agências funerárias locais as únicas entidades efectuarem esse tipo de serviço, em escalas rotativas, situação comum em qualquer país europeu

terça-feira, 25 de março de 2008

INEM cobra dez euros por cada cartão de TAS e TAT




O INEM anda a cobrar 10 euros por cada cartão emitido de TAT e de TAS, foi o que pagou o meu corpo de Bombeiros por cada cartão emitido pelo INEM para os seus homens recentemente formados.


O valor dos cartões é o dobro do preço do existente mercado nacional, e a grande maioria dos cartões é o resultado da formação dada pela ENB aos corpos de Bombeiros nacionais, muitas das vezes formação gratuita, pelo simples motivo da grande maioria da formação é dada por formadores externos da ENB aos seus corpos de Bombeiros ao limítrofes a título gratuito, quer para ENB quer para os corpos de Bombeiros.


A cobrança dos cartões e admissível, porque o INEM não comparticipa em nada a formação, principalmente a de TAT, onde com a cobrança de dez euros por cada cartão faz que o INEM seja o único a obter receitas do trabalho desempenhado pelos outros.

quarta-feira, 19 de março de 2008

Liga dos Bombeiros exige o dobro das verbas acordadas com o INEM

Ambulâncias. Bombeiros garantem que equipas do INEM custam cinco vezes mais.

O presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), Duarte Caldeira, diz que os meios gastos pelo Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) numa ambulância e tripulação são "cerca de cinco vezes supe- riores" aos que uma corporação de bombeiros recebe para o mesmo fim e que esta última "faz mais serviços" em média. A LBP considera que os actuais contratos-programa têm de ser renegociados até à "garantia de custos de referência" dos bombeiros com o serviço, "perto do dobro" das verbas recebidas.

Duarte Caldeira - que ontem anunciou a recandidatura à presidência da LBP num conselho nacional realizado no Fundão - disse ao DN que, em média, para manter uma equipa de dez bombeiros por ambulância, já contando com as escalas rotativas e os reforços nos fins-de-semana e feriados, as corporações gastam "cerca de 12 500 euros mensais", recebendo metade desse valor.

Porém, admitiu ao DN, "há diferenças substanciais" no serviço prestado nas áreas suburbanas, que chega de "100 a 150 solicitações diárias" e implica uma "profissionalização total dos efectivos", e nas zonas rurais, onde o serviço é menor e "o recurso ao voluntariado é uma opção".

Por isso, explica, a prioridade nas negociações com o INEM, que a LBP espera retomar a seguir à Páscoa, será a definição de uma "rede nacional de ambulâncias que assegure a cobertura do território".

A LBP estima que o País precisa de, pelo menos, "mais 200 tripulantes" de ambulância, que "poderão ser formados na Escola Nacional de Bombeiros ou nos centros de formação do INEM. Para nós, o essencial é que se faça", disse. Não foi possível ouvir o presidente do INEM.

Diário Noticias 16/03/2008.

PS, estamos a falar somente de uma ambulância, que é insuficiente para dar resposta aos inúmeros pedidos de socorro diários por parte das populações, continuamos a não exigir meios nem recursos financeiros para manter os serviços mínimos as populações, nem resolver problemas pertinente e consecutivos que afectam o socorro diariamente.

terça-feira, 18 de março de 2008

Sala de partos do Hospital de Santa Maria

No mês de Outubro fui pai, o meu filho nasceu num hospital público, concretamente no hospital de Santa Maria em Lisboa, um Hospital central do país com a polivalência de obstetrícia.

O parto correu bem, a equipa de médicos, enfermeiros e auxiliares foram excepcionais no desempenho do seu trabalho, quer no recebimento da parturiente quer em todo o processo de apoio ao nascimento.

Uma coisa que reparei inicialmente foi nas instalações das salas de parto, uma situação que me deixou chocado pelo seu estado de conservação.

Ambas as salas estavam num estado deplorável de conservação, o teto devia ser branco, mas estava enegrecido, um sinal que mostrava que não devia ser pintado a várias décadas, as paredes apresentavam buracos de antigos pregos ou parafusos que foram arrancados, outros ainda lá se encontravam totalmente enferrujados, o chão era constituído de placas quadradas individuais plastificada, onde existia zonas onde já era somente cimento, o equipamento era antigo, digno de um museu, e as bancadas que os suportavam eram velhas e estavam corroídas por pontos ferrugem, o ar condicionado era do século passado, nem devia funcionar, porque a janela estava a Berta, a marquesa de partos era bastante antiga mas funcional, mas existia a necessidade de ser substituída como a maior parte do mobiliário existente nas 4 salas de partos.
Foram nessas condições que o meu filho nasceu e onde muitos filhos de Portugal nascerão.

Existe a necessidade urgente de se proceder a obras de restauro e remodelação das salas de partos, porque no estado em que elas se encontram não são dignas para se efectuar um parto, nem estão dentro dos padrões aceitáveis de um país pertencente a Europa, muito menos de um país que consegue construir estádios de futebol e uma exposição Mundial, mas permite a existência de situações anteriormente referidas num hospital público.

segunda-feira, 17 de março de 2008

Incêndios: Especialista prevê «Verão complicado» devido à seca

O especialista em comportamento do fogo Xavier Viegas antecipou hoje «um Verão muito complicado» em termos de incêndios, tendo em conta a seca evidenciada pelos dados registados até final de Fevereiro e se a precipitação continuar escassa.

Até ao final de Fevereiro, 2008 era o pior ano da década. Se a precipitação continuar a ser muito abaixo do normal então podemos esperar por uma época de incêndios antecipada e um Verão muito complicado, afirmou hoje à agência Lusa o catedrático da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC).

O presidente da Associação para o Desenvolvimento da Aerodinâmica Industrial (ADAI) realça que «os campos encontram-se, de um modo geral, secos« e que «as chuvas que têm caído, embora tenham atenuado em parte esta situação, não foram ainda suficientes para produzir grande quantidade de nova vegetação e abundância de água no solo, como seria de esperar no final do Inverno a precipitação acumulada desde Setembro de 2007 é ainda menor que a de 2005, que fora um ano extremamente seco e no qual arderam 338 mil hectares, adiantou Domingos Xavier Viegas. Ressalvando que «é sempre difícil fazer previsões acerca da próxima época de incêndios, devido à variabilidade do tempo«, Xavier Viegas refere que as mudanças climáticas apontam para a possibilidade de ocorrência de dias com temperaturas muito elevadas, na ordem dos 35 aos 40 graus, em que «o combate ao fogo vai ser muito complicado.

Na sua perspectiva, com este cenário «corre-se o risco de mesmo pequenos focos de incêndio poderem transformar-se em grandes fogos devido às dificuldades no combate.

Em relação às medidas a adoptar para evitar estes cenários, Xavier Viegas defende que, «da parte dos cidadãos, com o apoio e o impulso das autarquias, deveriam fazer-se limpezas em torno das casas e dos aglomerados populacionais.

Deveriam fazer-se planos de defesa e protecção das aldeias e das populações, com simulacros e treinos envolvendo as pessoas ou, pelo menos, alguns elementos da população com maior disponibilidade para prestar apoio aos restantes cidadãos, preconiza.

Defendo, há muitos anos, um maior envolvimento da população nestes processos, através de medidas de prevenção e de segurança junto das casas, preconizou o investigador, ao sublinhar também a necessidade de mentalizar as pessoas para evitarem situações de risco, susceptíveis de originar focos de incêndio.

Para o cientista, as autoridades continuam a agir como se tudo dependesse delas.

Anunciam mais aviões, mais brigadas helitransportadas, mais auto-tanques, mas o cerne da questão está na sensibilização das pessoas, o que ainda está pouco trabalhado, frisou.

De acordo com Xavier Viegas, cada vez é mais necessário estender o dispositivo disponível ao longo do ano ou pelo menos a parte dele« e, neste contexto, «o conceito de época de incêndios perderia um pouco o sentido.

Devido às mudanças climáticas, há uma maior variabilidade do tempo, o que faz com que haja cada mais vezes perigo de incêndio ao longo do ano, observou.

Em relação aos incêndios ocorridos este Inverno, Xavier Viegas entende que eles demonstram estanecessidade de se estar sempre alerta e de se dispor de um sistema de combate aos incêndios activo durante todo o ano.

Mostram ainda que o problema das queimadas deve ser encarado directamente e em vez de se proibirem cegamente se devem acompanhar com recursos adequados para evitar os acidentes. Chamo a atenção de que todos os anos morrem pessoas a fazer queimadas. Em geral são anciãos, defende.

Em colaboração com o Comando Distrital de Operações de Socorro e com o apoio do Governo Civil de Coimbra, a ADAI vai realizar, a 26 de Abril, uma acção de formação, com a duração de um dia, dirigida aos bombeiros do distrito, sobre a temática do comportamento do fogo e da segurança pessoal.

A Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC), contactada pela Agência Lusa, disse que não faz previsões em termos de fogos, mas garantiu que está sempre preparada para os piores cenários, embora não preveja qualquer situação catastrófica em termos de incêndios.

A Protecção Civil não faz previsões, faz prevenção, realçou a fonte, ressalvando, no entanto, que os planos operacionais da ANPC têm em conta os dados que são disponibilizados, ao longo do ano, pelo Instituto de Meteorologia e pelo Instituto da Água.

Diário Digital / Lusa

domingo, 16 de março de 2008

INEM admite falhas no socorro

As chamadas para o 112 têm aumentado nos últimos dias. Todos os pedidos de emergência, que são reencaminhados para o Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU), têm registado um atraso significativo no socorro, segundo avança o Jornal de Notícias.

Na passada quinta-feira, o serviço de socorro teve um aumento de 400 chamadas em relação à média. O INEM registou 1900 chamadas em vez dos habituais 1500 pedidos diários.
Os processos acumulam-se e têm resposta por ordem de chegada, independentemente da gravidade. Os pedidos de emergência são prejudicados devido a este sistema. O coordenador do INEM, Nuno Catorze, admite falhas no socorro.


Jovem morre na escola quando praticava desporto Morreu à espera de assistência

A morte de um jovem de 14 anos é o quarto episódio que acontece nos últimos quinze dias por dificuldades no accionamento do socorro.

João Rui Barata sofreu uma paragem cardio-respiratória na escola secundária do Montijo. O aluno aguardou cerca de meia-hora por uma ambulância, depois de uma colega ter contactado o 112. Uma auxiliar de educação acabou por apelar aos bombeiros que se deslocassem à escola para socorrer o aluno. As manobras de reanimação dos bombeiros, realizadas até à chegada ao hospital, revelaram-se infrutíferas.

A chamada do CODU acabou por se accionada quando o aluno já estava no hospital. «A activação foi feita no momento correcto. Só que outras já estavam à frente dessa proposta. Na realidade, esse atraso deveu-se a uma quantidade anormal de chamadas», explicou o coordenador do INEM Nuno Catorze, citado pelo Jornal de Notícias.


O INEM quis que todas as chamadas de socorro fossem encaminhadas para as centrais CODU, onde as chamadas eram tríadas e efectuado o accionamento de meios de socorro, uma só central recebe diariamente chamadas de socorro de vários distritos, e o resultado dessa politica esta visível, as centrais CODU perderam a capacidade de efectuar triagem, accionar meios e receber a informação das equipas no terreno.

Esta na hora de mudar, antes que existam mais mortes

sexta-feira, 14 de março de 2008

Alteração a lei do enchimento das garrafas de oxigénio medicinal


O decreto-lei 176/2006, de 30 de Agosto, que definiu o novo estatuto do medicamento, onde incluiu os gases na categoria dos medicamentos que passam a estar sujeitos a novas regras, umas dela é a proibição das identidades fabricadoras dos gases medicinais encherem garrafas que não sejam da sua propriedade.

Uma situação que facilita ao INFARMED o controle de qualidade dos gases medicinais existentes no país, como a retirada rápida de qualquer lote defeituoso que se venha detectar do mercado, porque as garrafas passam ter um código de barras, que facilita reconhecer o lote e o destino das garrafas, possibilitando a retirada rápida do mercado do lote pela entidade responsável da garrafa e do enchimento.

Uma situação que acarretara uma avultada despesa para os corpos de Bombeiros, mas o oxigénio é um medicamento e o controle de qualidade é necessários, e o novo decreto-lei protege a qualidade como cria mecanismos de retirada rápida dos lotes defeituosos do mercado como qualquer medicamento fosse.

sábado, 8 de março de 2008

As Bombeiras.

Hoje é o dia internacional da mulher, e as minhas palavras são dirigidas as milhares mulheres Bombeiras existentes nos corpos de Bombeiros nacionais, que dia a dia trabalham lado a lado de muitos homens Bombeiros, não mostrando qualquer diferença no desempenho pretendido, numa área que a poucas décadas era vista como um trabalho de homens, onde a entrada das mulheres era vedado e interdito.

Para elas um feliz dia.

quinta-feira, 6 de março de 2008

ASSOCIAÇÕES HUMANITÁRIAS DESPEDEM TRABALHADORES

Os Trabalhadores das Associações Humanitárias de Bombeiros que desempenhavam as suas funções nas Brigadas Helitransportadas recebem carta de rescisão de contrato em vésperas do dia Nacional da Protecção Civil!

Nas últimas semanas, têm vindo a ser enviadas cartas de rescisão de contratos de trabalho, por parte das Associações Humanitárias de Bombeiros aos seus trabalhadores, que, por protocolos celebrados com a Autoridade Nacional de Protecção Civil, desempenhavam as suas funções nas Brigadas Helitransportadas , comummente designadas de canarinhos ”.

O STAL – Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local, como sindicato amplamente representativo dos trabalhadores que exercem diariamente a nobre missão da protecção civil, considera que esta é uma situação inaceitável, antidemocrática e ilegal, que assume contornos de inegável hipocrisia quando, por despacho de 21 de Fevereiro de 2008, o Ministro da Administração Interna, instituiu o dia 1 de Março como o Dia Nacional da Protecção Civil.

Para assinalar esta data, o Governo Português, por intermédio da ANPC , promove em Lisboa um desfile com a participação de vários agentes da Protecção Civil e entre estes, elementos das referidas Brigadas Helitransportadas , que em virtude desta situação correm o risco de ver cessar os seus contratos de trabalho com inegáveis prejuízos pessoais que, certamente, se irão reflectir também no dispositivo de protecção civil existente em Portugal.

Este desfile que pretende, conforme ofício da própria ANPC valorizar “a criação da ANPC ” que “ consolidou o passo necessário para garantir, em permanência a segurança das populações e a salvaguarda do património, mediante a prevenção de acidentes graves e catástrofes, a gestão dos sinistros e dos danos colaterais” associa-se assim, com inegável oportunismo e hipocrisia a movimentações no sentido de prejudicar os trabalhadores que estão, justamente na primeira linha das garantias que a ANPC declara promover.

Retirado do Blogger http://chefebvsps.blogs.sapo.pt

sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Profissionais dos Corpos de Bombeiros associativos


Qualquer corpo de Bombeiros que se preze actualmente tem profissionais que asseguram o socorro durante a maior parte do tempo, pessoas credenciadas e formadas por identidades competentes que fazem do socorro uma actividade profissional.

Mas quando se referem aos elementos dos corpos de Bombeiros com administrações associativas, somente são referidos a existência de Bombeiros Voluntários, raramente se aborda a existência dos Bombeiros profissionais existentes nos corpos de Bombeiros associativos, que actualmente ultrapassam mais de 7000 homens, que muitas das vezes são referidos como simples “assalariados”, uma maneira simplista dos esconder da opinião publica a sua existência, mas na realidade são eles que efectuam a grande maioria dos serviços de socorro existentes, quer na área do pré-hospitalar, resgate de vitimas, incêndios urbanos, industriais e florestais.

Não existe nada que regulamente-te esse mercado de trabalho em franca ascensão, motivada pela falta de mão-de-obra voluntária para fazer face ao aumento das necessidades das populações numa actividade cada vez mais exigente a nível de qualificações, que tem originado problemas graves, quer a nível da precariedade laboral, onde tudo é permitido pelo vazio legal existente, originando depois consequências na prestação do socorro a população.

Mas as identidades oficiais e patronais compactuam para a existência dessa situação mantenha-se inalterada, porque financeiramente essa situação é mais vantajosa do que reconhecer e regulamentar essas actividades profissionais.
Foto de Andre Ferreira

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Mais um caso de retenção de ambulâncias nos hospitais


O comandante dos Bombeiros de Murça, Joaquim Teixeira acusa o Hospital de Vila Real de reter mais de 4 horas as ambulâncias de socorro, inclusive a ambulância de socorro do INEM.


Situação que pode originar a falta de resposta por parte dos Bombeiros de Murça para fazer face a outros pedidos de socorro, levando que o comandante de Murça ligar várias vezes para o Hospital de Vila Real para que eles desbloqueiem as macas e equipamento das ambulâncias, para que elas possam ficar disponíveis para o socorro a população

A administração hospitalar do Alto Douro responsável pelo Hospital de Vila Real desmente o sucedido, mas informa que em algumas situações possa existir retenção da maca e do equipamento, quando o doente não tem condições clínicas para ser transferido para a maca do hospital, existe a necessidade de se efectuar ao doente exames complementares como RX e TAC antes de se poder passar o conecte para a maca do hospital.


Mais uma prova da fragilidade do sistema pré-hospitalar em Portugal, que está dependente de vários factores, onde a situação que poderia ser facilmente ultrapassada se o hospital adquirisse equipamento de imobilização,” (planos rijos, colares cervicais, fixadores de cabeça) e desse formação técnica aos seus funcionários para lidarem com o equipamento e com os doentes, equipamento que existe em qualquer hospital que se digne ter esse nome, onde os doentes são passados imediatamente para as macas dos hospitais, ficando devidamente imobilizados nos equipamentos hospitalares, efectuando em seguida os exames complementares disponibilizando imediatamente as ambulâncias e tripulações para o socorro a populações.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Bombeiros sem equipamento de protecção individual para as cheias




Hoje o distrito de Lisboa foi a tingido novamente por cheias, onde foi notório que os corpos de Bombeiros, muitos deles em zonas ribeirinhas não tinham qualquer equipamento de protecção individual para os seus Homens, não existia coletes de salva-vidas ou flutuadores, para que eles pudessem socorrer os cidadãos dentro de agua em condições mínimas de segurança.


Muitos Bombeiros arriscaram as suas próprias vidas ao entrar na água com correntes fortes, com uma simples corda presa a cintura para tentar salvar a vida dos cidadãos apanhados pelas águas.


Uma situação que não é recente, onde as entidades oficiais teimam em não arranjar soluções, como obrigar que todos os corpos de Bombeiros adquirirem equipamento para fazer face a essa situações

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Por um fio


“Por um fio...", uma reportagem da jornalista Isabel Pereira Santos transmitida na canal televisivo RTP1 que mostra o sistema integrado de emergência mo interior do País.

A reportagem estava orientada somente para a imagem do INEM, onde no terreno se viu o trabalho das equipas das VMERs, das ambulâncias SIV e das ambulância dos Bombeiros, tendo a imagem dos Bombeiros ficado fragilizada com a entrevista a um Bombeiros num quartel que alegava que não tinha formação, e outro se gabava de alguns serviços efectuados, com a agravante de ser um cadete, legalmente não pode efectuar socorro por ser menor de idade, imagens que denigrem os Bombeiros portugueses, mas faltou interesse por parte dos jornalistas em mostrar a outra realidade.

No seguimento da reportagem vi várias equipas dos Bombeiros nos locais das ocorrências, trabalhando lado a lado com as equipas das VMERs, que executavam os primeiros cuidados de emergência com equipamento e conhecimentos, mostrando que no SIEM não existe somente meios do INEM como a reportagem quis transparecer para opinião pública.

Ficou saliente que ainda existem Tripulantes de Ambulância de Socorro que fazem VMERs, são Bombeiros e fazem serviço nas VMERs, pagos pelas administrações dos Hospitais que se recusam a dispensa-los como o INEM quer impor, e que os problemas persistissem nessas viaturas, como falta de meios de comunicações viáveis e GPS, uma situação que dura a uma década, onde os sistemas são implantados e pagos, mas nunca funcionaram.

Existia a necessidade do mesmo canal efectuar uma reportagem com a mesma magnitude para mostrar o trabalho e o dia-a-dia de milhares de pessoas que trabalham para o SIEM, quer nos Bombeiros quer na CVP, que são simplesmente ignorados, que lutam com muita dificuldade para manter um socorro digno a população, e que são a maior força existente do SIEM em Portugal.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

1 Passeio de BTT dos Bombeiros de Mafra


Realizou-se no dia 10 de Fevereiro o primeiro passeio de BTT dos Bombeiros da Mafra, que levaram mais de uma centena de ciclista a localidade de Mafra.
Um passeio que deu a conhecer uma paisagem natural verdejante, por trilhos e estradões que levam a zonas inóspitas desconhecidas por muita gente, terminando com um almoço servido no quartel de Bombeiros de Mafra, já conhecido por muito Bombeiros pelo excelente serviço prestado na qualidade da alimentação servida na altura dos incêndios as tripulações vindas de fora.


O passeio foi realizado numa zona que não foi atingida pelo violento incêndio de 2003, mas uma zona onde existe a necessidade de uma intervenção por parte das identidades oficiais, quer na manutenção de alguns caminhos, quer na limpeza de algumas zonas, onde a ocorrência de um incêndio pode trazer consequências graves.
Para o ano lá estarei novamente.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

50 Postos de Emregência Médica


O presidente da Liga Nacional de Bombeiros, Sr. Duarte Caldeira vem a público informar que existem cerca de uma centena de corpos de Bombeiros não tem capacidade de garantir os serviços mínimos na área do Pre-Hospitalar, que puderam dar a origem a situações idênticas ocorridas no Alijó e Favaios.

O presidente da LBP disse que situação que seria facialmente resolvida com a criação por parte do INEM cerca de 50 Postos de Emergência Médica nos corpos de Bombeiros.

Uma afirmação do presidente da LBP não deixa de ser curiosa. Na verdade devia era exigir no mínimo ao INEM, que a é a entidade responsável do pré-hospitalar a nível nacional com ligação directa ao Ministério da Saúde ou ao SNBPC que é a entidade responsável pelos Corpos de Bombeiros com ligação directa ao Ministério da Administração Interna, que todos os quartéis de Bombeiros passagem a postos de emergência médica PEM, com atribuição de uma ambulância de socorro por parte do INEM ou de outra entidade governamental, e dotar os corpos de Bombeiros de verbas financeiras para poderem ter bons profissionais para assegurarem uma tripulação 24 sobre 24 horas.

Não podemos esquecer que estamos a falar unicamente de uma tripulação de uma ambulância de socorro, que é considerado um serviços mínimo a população, onde em muitas zonas é insuficiente para a quantidade de serviços existentes, mas com o recurso a elementos no regime “Voluntário” ou outro regime, sempre poderá se assegurar uma segunda tripulação para outra ambulância.

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Presidente do INEM demitido


Depois de tanta polémica o presidente do INEM Luis Manuel Cunha Ribeiro foi destituído do seu cargo.

Somente espero que o seu sucessor seja mais aberto ao diálogo e que consiga unir novamente as entidades pertencentes os Sistema Integrado Emergência Medica.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

A doente entrou cadáver


A chamada cai no quartel às 07h06, accionada pelo CODU, que nos disse que a VMER, segundo informação do Hospital de Bragança, estava inoperacional”, disse ao CM José Fernandes, sublinhando que “seis minutos depois já os bombeiros estavam em casa da senhora, a efectuar manobras de reanimação”.

De resto, Inês Seixas acompanhou a mãe até ao hospital e disse ao CM que, mesmo à chegada, perguntou a um bombeiro se a mãe ainda tinha pulso, ao que o soldado da paz terá respondido que sim.

Maria do Carmo Vinhas foi levada para a sala de reanimações da unidade de Saúde, onde os médicos terão tentado recuperar a paciente, mas sem sucesso. No entanto, a versão do Hospital de Bragança, comunicada à família pela médica Soledade Paz, aponta para a senhora ter dado entrada já cadáver.



Talvez a medica Soledade Paz tenha que reverá sua afirmação.

No entanto, a versão do Hospital de Bragança, comunicada à família pela médica Soledade Paz, aponta para a senhora ter dado entrada já cadáver

A doente nunca entrou cadáver, porque a doente quando entro na sua unidade hospitalar tinha pulso e ventilava“ mecanicamente ou artificialmente”, porque a tripulação da ambulância de Bragança estava a executar suporte básico de vida quando entrou na unidade hospitalar, logo não podia estar cadáver como a senhora doutora afirmou, porque a nível legal somente a suspensão das manobras de SBV pode ser efectuada por um médico, e pelo vistos quem mandou suspender as manobras de SBV foram os médicos do Hospital de Bragança, assim a hora de morte foi declarada depois da entrada no hospital.

São pequenas questões legais que podem originar alguma controvérsia, que devem ser analisadas a nível legal, porque esse tipo de afirmações podem ter outro tipo de interpretação pelos cidadãos, como a tripulação da ambulância não fez nenhum acto de socorro viável até a unidade hospitalar, se isso realmente aconteceu, ausência de SBV até a unidade hospitalar, devia ser aberto um inquérito judicial contra a tripulação da ambulância, que pelos vistos não foi o caso.

sábado, 2 de fevereiro de 2008

Socorro marítimo somente em horário de expediente


Sem respostas às reivindicações por parte do Ministério da Defesa, as tripulações das embarcações salva-vidas do Instituto de Socorros a Náufragos (ISN), decidiram começar a cumprir à risca a lei. Desta forma e a partir de hoje os funcionários do ISN só estarão disponíveis para os salvamentos das 9 às 17 horas e de segunda a sexta-feira."É inexplicável o horário de funcionário público atribuído às tripulações das embarcações salva-vidas", admite Serafim Gomes esclarecendo que "as pessoas que precisam de ajuda não estão a pensar nas horas".
Segundo o responsável do Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Administrações e Juntas Portuárias estes funcionários "não gozam feriados nem fins-de-semana e interrompem os períodos de descanso para salvar vidas e não são recompensados". E porque "há mais de sete anos" que esperam ver a situação profissional resolvida, estes funcionários decidiram ainda que a partir de hoje só atenderão os telemóveis de serviços durante o horário de trabalho.
O sindicato apelou também ao "cumprimento integral das regras de segurança".
Assim, "uma embarcação só deve sair para o mar quando a tripulação de quatro pessoas estiver disponível" e o salvamento só pode ser feito em embarcação do ICN".

Mais uma situação que mostra que o socorro em Portugal não é uma prioridade do governo, não pode-mos esquecer que anteriormente as embarcações ficavam sem tripulações depois das 17 horas, em caso de existir uma emergência, as tripulações eram contactadas via telemóvel para comparecerem no seu local de trabalho gratuitamente, para que as embarcações salva-vidas possam sair, muitos barcos salva-vidas saiam com a tripulação incompletas, uma situação idêntica a muitas zonas no território nacional a nível do socorro terrestre, onde não existem tripulações permanentemente disponíveis para socorrer.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Comunicado da ANTEPH

A ANTEPH, em comunicado enviado à Agência Lusa, pediu ao Governo que suspenda de "imediato" as actuais medidas e referiu que, situações como as que têm ocorrido no distrito de Vila Real, demonstram a "clara falta de apoios que o INEM e a Autoridade Nacional de Protecção Civil têm dado às corporações de bombeiros, uma vez que são do conhecimento de todos e nada foi feito para serem corrigidas".

Para a ANTEPH, a actual situação que se vive na emergência pré-hospitalar deve-se à "política de desintegração do socorro, utilizada pelo INEM, através da megalomania de ter uma rede de ambulâncias próprias, desapoiando as estruturas já existentes".

A ANTEPH concluiu que "não houve a preocupação de reforço dos meios nas áreas onde este eram deficitários, uma vez que foram colocadas em zonas onde o socorro na maioria dos casos já estava garantido pelas corporações de bombeiros, que já possuíam equipas profissionais durante 24 horas por dia, exemplo disso diz que é o caso de Anadia e Odemira.

A ANTEPH diz ainda não compreender "como já não se avançou para centrais integradas ao nível distrital, uma vez que estão mais próximas das populações e com maior capacidade de gestão de meios. Se existissem, os casos de Alijó e Favaios não tinham ocorrido".

A ANTEPH considera ser de lamentar que uma chamada de socorro, "que é confidencial, e que devia estar protegida, tenha vindo para os órgão de comunicação social" e diz que se tratou de uma "medida clara de desvalorizar o serviço efectuado pelos corpos de bombeiros, passando uma realidade que não é nacional e que cria insegurança onde não existe".

A ANTEPH responsabiliza o INEM por criar uma "falta sensação de segurança nas populações resultado da implementação de ambulâncias que são tripuladas por profissionais sem qualquer experiência em pré-hospitalar e com uma formação insuficiente para ocorrer as diversas situações" RTP