Mostrar mensagens com a etiqueta IEP. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta IEP. Mostrar todas as mensagens

quarta-feira, 29 de agosto de 2007


Não somos nem melhores nem piores, somos iguais

Os incêndios florestais actualmente são um problema global e não somente um problema de Portugal.
Este ano a Europa esta a ser atingida por uma vaga de incêndios florestais nunca vista nem documentada nos meandros históricos, tudo provocado pelas alterações climáticas. Quando se conjugam certas condições climáticas, adicionado a uma cultura do fogo aliadas a faltas de medidas preventivas, ira certamente originar a existência de grandes incêndios florestais, onde dificilmente as equipas de socorro, independentemente da sua nacionalidades e meios ao seu dispor, conseguirão controlar os incêndios se as condições climatéricas extremas se mantiverem constantes e desfavoráveis ao combate, e nessa altura seremos nada mais do nem melhores nem piores que os outros países, tentaremos fazer o melhor possível, protegendo as vidas humanas, bens materiais, limitando e controlando a destruição provocada pelas chamas.
Actualmente na Grécia existem quase uma centena de incêndios activos fora de controlo, que já causaram mais de meia centena de mortes entre a população e originou a evacuação milhares de cidadãos para zonas seguras, situação que obrigou o governo Grego decretar o estado de emergência nacional a pedir ajuda internacional, situação que não é única este ano na Europa, vários Países foram obrigados a pedir ajuda internacional para fazer face aos incêndios ou outras catástrofes dentro das suas fronteiras.
As alterações climáticas mundiais estão a revelar que as sociedades Mundiais não estão preparadas para fazer face aos novos desafios climáticos que originam catástrofes naturais nunca vistas na nossa era, e tudo indica que isso será o princípio de uma nova era de acontecimentos trágicos Mundiais, os ambientalistas a muito vêem alertar para esses acontecimentos, onde se espera um agravamento progressivo das situações, levando que não exista uma capacidade das identidades responsáveis pela protecção e socorro para fazer face as situações que se avizinham.
Com tudo isso existe a necessidade de tentar melhorar e aperfeiçoar o sistema de protecção e socorro, mas também é importante mudar a mentalidade do cidadão Português a, incentivando a tomar medidas preventivas, quer pessoais ou colectivas e evitar comportamentos de risco. Dotar no cidadão de uma responsabilidade cívica e um aliado activo no sistema de protecção e socorro, que sabe intervir em caso de uma situação de emergência, auxiliando as identidades oficiais, de uma forma ordeira e responsável.
Foto de Helena Espadinha

terça-feira, 12 de junho de 2007

Lar doce Lar


Em Portugal aquisição da habitação é uma decisão importante que qualquer cidadão que terá de tomar num determinado momento da sua vida.

A avaliação das casas e os factores existentes que muitas vezes levam os cidadãos comprar uma determinada habitação em proveito de outra, esta longe dos métodos de avaliação e os factores que determinam a aquisição de habitação no resto da Europa.

Em muitos países, os Valores das habitação estão sempre dependentes pelas proximidade de serviços de primeira necessidades, onde a proximidade de Postos de Autoridade, Unidades de Saúde, Unidades de Socorro e Escolas e vias de acesso, estão nos factores que mais determinam e valorizam de uma habitação e de escolha em detrimento de outra por parte dos cidadãos.

Em Portugal os factores de valorização são diferentes, muitas das vezes existem grandes zonas urbanas sem que existam na proximidade serviços de socorro que possam prestar um socorro em tempo útil, com mais agravante que esses serviços de primeira necessidade não estão acompanhar o crescimento populacional ou estão a ser encerrar.

Fica o alerta, quando pensar em compra uma habitação informe-se da existencia dos meios de socorro existentes nas proximidades e a sua capacidade de resposta, depois decida, nunca esquecendo que nada vale comparar uma casa onde não exista capacidade de intervenção de meios de socorro em tempo útil, porque os azares somente não acontecem aos outros

terça-feira, 5 de junho de 2007

Como proteger uma habitação de um Incêndios Florestal


O Verão em Portugal é sinónimo de incêndios florestais, uma preocupação que será mais sentida por quem optou por morar perto de uma zona rural ou florestal.
Morar perto de uma zona florestal ou rural pode tornar um belo sonho de uma vida num verdadeiro pesadelo, os proprietários das habitações devem tomar medidas preventivas na protecção das suas habitações e das suas famílias.
Na minha experiência como Bombeiro, vou dar algumas dicas e procedimentos que devem ser executados por todos proprietários que optaram por ter a mãe natureza como vizinhos
.


Minha Habitação
-Limpe num raio de mínimo de 50 metros todo o mato a volta da casa ou outras edificações.
-Limpe as Folhas caruma, e ramos dos telhados
-Guarde em local seguros, a lenha, combustíveis ou outro produtos inflamáveis.
-Tenha em local de fácil acesso algumas ferramentas, como enxadas, pás, e mangueiras, para ajudar no primeiro combate ao fogo
-Monte um simples sistema de rega, onde quando ligado molhe na totalidade as paredes exteriores da habitação e o telhado.
-Faça um plano de evacuação, com vários caminhos de fuga e dei-a conhecer a todo o seu agregado familiar e simule periodicamente com toda a sua família.
-Alerte e denuncie as identidades competentes quando proprietários de terreno junto a sua habitação não limpem os terrenos.


O tipo de materiais usados na construção de habitações em Portugal tem uma grande resistência ao fogo. Normalmente incêndios com início no exterior propagam-se ao interior pelas janelas, portas, telhados. Existe a necessidade de limpeza exterior e substituição de estores, portadas, janelas e portas constituídas maioritariamente por plástico ou de madeira por materiais com melhor resistência a temperaturas e ao fogo.

Em caso de incêndio
-Não espere que o incêndio se aproxime da sua Habitação
-Corte o Gás e a electricidade.
-Feche todas as janelas, portas e remova os objecto com pouca resistência as temperaturas de junto das janelas, principalmente as cortinas.
-Liberte ou transporte os animais de estimação.
-Evacue a sua família para um local seguro, principalmente as crianças e os idosos.
-Deixe um papel visível na porta da sua habitação a informar que foram embora, de preferência com um número de contacto e o local para onde foram.
-Ligue o sistema de regra ou molhe as paredes exteriores e o telhado.
-Avise e auxilie os seus vizinhos.


Em caso opte por ficar para defender a sua habitação, vista calças e casaco de algodão ou de cabedal, calce luvas e bota e use um boné, tenha sempre a jeito uma mangueira, pás e recipientes cheios de água e colabore e obedeça as ordens dadas pelas identidades oficiais.

No carro
Se por acaso ao circular for apanhado pelo o incêndio ou fumo deve:
· Mantenha a calma
· Ligue os médios
· Feche todos os vidros do carro
· Desligar a sofagem
· Se a visibilidade for reduzida circule o mais devagar possível, para não sair da estrada e para poder desviara de alguma objecto, um acidente nessas alturas pode trazer consequências graves.
Não se preocupe com a falta de oxigénio, porque com os vidros fechados criou uma bolsa de ar, e o risco de explosão da viatura é muito reduzido, e se o carro começara arder, sempre demorara alguns minutos até o fumo a temperatura passar para dentro do habitáculo de veiculo, tem tempo para chegar a uma zona de segurança e abandonar o veiculo se necessitar.

Os Incêndios Florestais são certamente um grave problema a nível nacional, mas não quer dizer que seja sinónimo de uma tragédia, os cidadãos devem tomar medidas preventivas para se protegerem, para não serem apanhados desprevenidos quando um belo sonho se tornar num pesadelo com consequências imprevisíveis e dramáticas

Foto de Ana J. Ribeiro

sexta-feira, 18 de maio de 2007

Certificado de Aptidão Profissional de Bombeiro CAP

Actualmente existem em Portugal cerca de uma dezena de milhar de Bombeiros a exercer a actividade profissional de Bombeiro nos corpos de Bombeiros Voluntários.

Era de todo interesse que esses profissionais obtivessem a CAP para Bombeiro, para verem regularizadas a sua situação profissional.

A Escola Nacional de Bombeiros, é a identidade certificadora do CAP para Bombeiros, podendo o CAP para Bombeiros ser adquirido pelo o curso de formação de qualificação de Bombeiro, para quem quer iniciar carreira ou por via de experiência Profissional, para Bombeiros que exerçam essa actividade que obrigatoriamente já têm formação adquirida durante a sua carreira.

A obtenção do CAP de Bombeiro devia ser obrigatório para todos os Bombeiros que exercem essa actividade profissionalmente, até para repor alguma legalidade nesta área, uma área que necessita urgentemente ser qualificada e regulamentada, que melhorariam e reforçavam a imagem dos Corpos de Bombeiros perante a opinião pública com profissionais reconhecidos e certificados legalmente.

domingo, 8 de abril de 2007

Ser Bombeiro Voluntário


Ser Bombeiro Voluntário


Muitas das vezes o cidadão desconhece completamente o que é ser Bombeiro Voluntário em Portugal. No início terá que despender uma grande parte significativa do tempo de laser para frequentar a escola de promoção a Bombeiro de Terceira Classe e os respectivos cursos, principalmente o curso de Tripulante de Ambulância de Transporte e Desencarceramento, que são obrigatórios para todos os Bombeiros.

Passado algum tempo o recruta será inserido num grupo de Piquete, onde o número de efectivos existente em cada grupo depende de quartel para quartel de Bombeiros. No meu quartel de Bombeiros o grupo é constituído por 8 elementos com varias patentes e funções, existindo um piquete por semana com o horário das 20H00 as 6H00, existindo dois em dois meses um piquete ao fim de semana com entrada as 20H00 de Sábado até as 20 horas de Domingo, isso dará anualmente em media 52 piquetes semanais e 6 fins-de-semana. O que corresponde a cerca de 83 dias uteis de trabalho anuais, onde as faltas ao serviço implicara a um processo disciplinar e a expulsão do corpo de Bombeiros.

Existe outras obrigatoriedades comum todos os Bombeiros, independente das suas patentes e funções. No meu corpo de Bombeiros alem dos serviços semanais de piquete, existe formação mensal, em média 2 vezes por mês, tudo depende dos quartéis de Bombeiros, onde depois existe a Recertificação dos cursos, quer do TAT quer do SD, cursos com validade de 3 anos.

Alem do tempo já despendido obrigatório, existe formação e serviços que puderam ocupar mais tempo. Não são obrigatórios mas são essenciais para operacionalidade dos Corpos de Bombeiros. Existe a formação externa, tirada nos centros de Formação da Escola Nacional de Bombeiros, cursos certificados que duram no mínimo de uma semana até seis semanas, que obriga muitas das vezes os Bombeiros a meterem dias de ferias ou licença sem vencimentos. Na época do Verão alem da normal escala de piquetes, existe as escalas de GPIS, destinadas ao combate aos incêndios florestais, o único serviço onde os Bombeiros voluntários são remunerados pelo SNBPC para o executarem. Ainda existe as representações oficiais, Jornadas técnicas, Congressos, e serviços de socorro onde os Bombeiros são accionados para comparecerem no quartel por diversos meios de chamada.

Ser Bombeiro Voluntário em Portugal não é para quem quer, mas sim para quem pode, e alem de despender em grande parte do seu tempo de laser em prol da sua comunidade, tem que estar preparado psicologicamente para muitas injustiças, praticadas normalmente por quem devia apoiar, que dificilmente reconhece o trabalho desenvolvido por esse cidadãos.



quarta-feira, 31 de janeiro de 2007


Filhos de um Deus Menor



O Ministro da Administração Interna, prometeu que o seu ministério iria equipar os Bombeiros existentes no país com equipamento de protecção individual para o combate a incêndios florestais.

Eu como Bombeiro, sempre duvidei se o MAI iria cumprir a sua promessa em relação aos EPI para os Bombeiros Portugueses para o combate aos incêndios florestais, porque o actual EPI usado pelos os Bombeiros Portugueses não cumpre a directrizes da CEE, CEN EN 1486. 3.12.1996, CEN EN 531: 1995 6.11.1998, que regulamente o equipamento de protecção para bombeiros, porque o actual vestuário é feito de algodão, sem qualquer resistência a chama ou a temperatura, onde devia ser tecido com características de ignifugacidade, tecido normalmente fabricados e desenvolvidos pela DuPont Nomex® composto por Kevlar e Aramide.

Mas o MAI sobre protesto começou entregar o respectivo EPI, mas fiquei estupefacto pelo tipo de equipamento entregue, quer pela quantidade quer pelas suas características de ignifugacidade, o MAI resolveu entregar aos corpos de Bombeiros o mesmo tipo de equipamento usado actualmente, em vez de fornecer o mesmo tipo de equipamento que forneceu a recente força formada pelo MAI os GPIS da GNR, o que mostra uma atitude imparcialidade do MAI entre a GNR e os Bombeiros.

Assim o MAI forneceu a cada corpo de Bombeiro vários equipamentos de protecção individual combate a incêndios florestais, idênticos aos usados a mais de duas década.


















Em vez de fornecer o equipamento idêntico ao que foi adquirido pelo MAI para os GPIS da GNR para o combate a incêndios florestais como mostra a figura.





Outra situação é a quantidade fornecida, , onde é um número bastante insignificante para as necessidades reais, onde o MAI tem conhecimento o número de operacionais existentes nos Bombeiros em Portugal, quer a nível de inscrições quer a nível da tipificação dos corpos de Bombeiros como:


• Tipo 4 um corpo de Bombeiros com 60 ou mais elementos
• Tipo 3 um corpo de Bombeiros com 90 ou mais elementos
• Tipo 2 um corpo de Bombeiros com 120 ou mais elementos
• Tipo 1 um corpo de Bombeiros com 150 ou mais elementos


Assim dificilmente percebo como o Ministério da Administração Interna MAI, pode ser tão imparcial nas suas decisões, não forneceu equipamento para a totalidade dos operacionais dos Bombeiros existentes como prometeu, nem forneceu o equipamento adequado para o combate aos incêndios, idênticos aos que forneceu aos GPIS da GNR.

Quando a palavra de ordem é a segurança, como é possível existir uma diferenciação tão grande entre os equipamentos de protecção individual entre essas duas identidades, porque a missão é a mesma o risco são idênticos, e ambos são cidadãos nacionais, quer em dignidade e direitos.

Assim começo a pensar que os Bombeiros Portugueses são filhos de um deus menor.

Foto 1º Nuno Andrê Ferreira

2º Bombeiros-Portugal.Net



quarta-feira, 24 de janeiro de 2007


Sindicatos dos Enfermeiros ofendem os Tripulantes e Ambulância Portuguese

Um recente artigo, publicado da página do sindicato dos enfermeiros, ofende em toda a sua extensão os tripulantes de ambulância Portugueses.


http://sindicato.enfermeiros.pt/content/view/257/

O artigo em questão mostra como o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses e os seus associados vêm profissionalmente os TA “ Tripulantes de Ambulância” existentes em Portugal.

Situação que esta a motivar uma forte constatação de Norte a Sul do País por parte desses profissionais pertencentes a varias identidades como; Bombeiros, INEM, CVP e identidades privadas. Que se sentem difamados e injuriados perante a opinião pública pelo o Sindicato dos Enfermeiros.

Na minha sincera opinião o artigo em questão, mostra uma grande falta de ética e de conhecimento por parte de quem o escreveu tal artigo e por parte do Sindicato dos Enfermeiros que o publicou.

Tal artigo mostra uma grande falta de conhecimento sobre a formação dos Tripulantes de Ambulância em Portugal e tem como uma única intenção de difamar publicamente esse profissionais, lançando a desconfiança nos cidadãos nacionais sobre os actos praticados no exercício da sua profissão.

O Sindicato dos Enfermeiros, vem a vários anos criticando de uma forma contínua e pouco ética os Tripulantes de Ambulância Portugueses como elementos do SIEM, onde a força a enfermagem quer entrar, onde a única intervenção existente por parte desse profissionais no SIEM é como condutores das VMERs, evacuação Helitransporte, e no apoio em algumas matéria na formação dos Tripulantes de Ambulância.

Tal sindicato se esqueceu de dizer que os seus associados “ Enfermeiros” que exercerem funções no pré-hospitalar, são obrigados a receber formação no INEM de Formadores que são Tripulantes Ambulância, quem têm a amabilidade de lhe ensinarem técnicas e procedimentos na área do Pré-Hospitalar, técnicas essas que não fazem parte da formação dos Enfermeiros em Portugal.

sábado, 23 de dezembro de 2006


Quero desejar Bom Natal e feliz ano novo, a todos os usuários deste Blog e a todos os Bombeiros de Portugal que passam estes dias de festa dentro dos quartéis ao longo do País, despendendo de mais um dia de muitos ao longo do ano longe do aconchego das suas famílias, assegurando o socorro a população em varias áreas na maioria das vezes a troco de nada.

domingo, 10 de dezembro de 2006

Bombeiro Voluntários conhece-os?

Fala-se muito dos Bombeiros na comunicação social, fundamentalmente na “época” dos fogos florestais ( o muito que se disse escreveu e mostrou em 2003?), e quando existem outras calamidades (grandes fogos industriais ou urbanos, inundações, acidentes graves ou outros sinistros graves ).Umas das vezes enaltece-se o papel dos Bombeiros (felizmente a maior parte das vezes), noutras são fortemente criticados (falta de coordenação, de organização, de Bombeiros). Mas, na comunicação social, nunca chega a ir ao fundo das questões, a profundar a origem dos problemas, a indicar soluções para os mesmos, porque isso não é noticia, não se vende.
Quero escrever sobre os Bombeiros Voluntários, e não sobre os Bombeiros Profissionais, não só porque os primeiros são a grande maioria em Portugal, prestando serviço às populações que servem e, por isso, ao seu País, muitos milhões de serviço por ano, mas porque é a realidade melhor que eu conheço.
Sou Bombeiro Voluntário desde 1975, ano em que ingressei, como cadete, no Corpo de Bombeiros Voluntário de Loures. Sou há pouco mais de 3 anos , o seu Comandante e primeiro responsável. Tenho a minha profissão, como militar( Capitão do Quadro Permanente da Força Aérea Portuguesa), fui autorizado a ser Bombeiro ”sem prejuízo para o serviço e sem dispêndio para a fazenda Nacional”.
Sou casado e tenho dois filhos que, por acaso, também já estão nos Bombeiros. Sou voluntário e exerço a minha função de forma totalmente gratuita, sem quaisquer benesses (fiscais, sociais ou outras), exactamente da mesma forma que o fazem muitos milhares de Bombeiros Voluntários em todo o País.
Na entrevista que faço aos que querem ingressar no Corpo de Bombeiros pergunto se sabem o que significa ser Bombeiro Voluntário? E muitos não têm a noção do que é ser Bombeiro Voluntário. Uns não sabem que não se ganha nada ...Outros julgam que , como são voluntários , vêm ao Quartel prestar serviço apenas quando querem...Alguns julgam que começam logo apagar fogos, a socorrer feridos, não se apercebendo da quantidade de horas de formação que precisam de Ter para o poderem fazer...
A todos esclareço que a palavra “voluntário” nos bombeiros não é nem nunca poderá vir a ser sinónimo de “amador”. Os Bombeiros Voluntários não são amadores ! São profissionais, na forma de actuar, como são os Bombeiros profissionais.(Sapadores ou Municipais). Na área de actuação própria de cada Corpo de Bombeiros Voluntários são eles os responsáveis pela prestação de socorro às suas populações (nos incêndios, nas inundações, nos desabamentos, nos diversos tipos de acidente, na prestação dos primeiros socorros aos feridos, e em muitos outros incidentes para quais são chamados a toda a hora). E, por isso , nos bombeiros a palavra “voluntário” como sinónimo de se fazer o que se quer só se aplica para entrar e para sair dos Bombeiros. Entre esses dois momentos têm um compromisso se cumprir com tudo aquilo que lhe for determinado. E caro leitor, acredite que nos Bombeiros Voluntários é exigido muito!
E por isso lanço ao leitor este desafio: o de conhecer os seus Bombeiros! Conhece-os?
Já precisou deles? Sabe ,no entanto, que eles precisam sempre de si? Do seu apoio, do seu incentivo, do seu carinho, do seu contributo? É daqueles que os critica porque passaram com uma Ambulância em excesso de velocidade? Ou é daqueles que os critica porque demoram muito tempo a chegar até si, quando está desesperado por socorro? Sabe que os bombeiros Voluntários pertencem a Associações de Humanitárias, que são identidades privadas, e que se substituem ao Estado na função de garantir o socorro as populações? Sabe que em Portugal o estado não tem Bombeiros? Sabe que os Bombeiros Voluntários são das poucas (ou únicas ) entidades privadas que garantem um serviço ás populações 24 horas por dia, todos os dias do ano? Sabes como são financiados? Sabe quanto custam os seus equipamentos? Como é a sua formação? Quanto milhões de euros poupam ao estado (e, por frequência, a todos os cidadãos) por ano, pelo facto de serem voluntários?
As perguntas que eu poderia fazer ao leitor são inumaras. E todas podem suscitar outras
questões que podem dar origem a outros artigo. E gostaria muito que escrevessem e reflectissem sobre os Bombeiros.
Termino desejando a todos os leitores do “Jornal de Loures” e as suas famílias um óptimo ano 2005, com muita saúde ( que é o que bem mais precioso que temos) e que nunca venham precisar dos nossos serviços dos Bombeiros.

Texto da autoria de Carlos Monserrate Comandante dos Corpo de Bombeiros Voluntários de Loures " Jornal de Loures"
Foto de Nuno Andre Ferreira

sexta-feira, 17 de novembro de 2006




Bombeiros e a sua formação
Parte II

Existem cursos e especialidades, que os Bombeiros podem tirar durante a as suas carreiras, tudo depende da sua graduação e da formação adquirida, formação essa credenciada por várias entidades nacionais, sendo:

Formação especializada

· Curso de Tripulante de Ambulância de Socorro;
· Curso de Salvamentos em Grande Ângulo;
· Curso de Bombeiros Mergulhador;
· Curso de Operador de Central;
· Curso de Condução Todo-o-Terreno;
· Curso de Nadador Salvador;
· Curso de Condutor de Embarcação de Socorro;

Formação específica

· Curso de Chefe de Equipa de Salvamento e Desencarceramento;
· Curso de Chefe de Equipa de Combate a Incêndios Urbanos e Industriais;
· Curso de Chefe de Equipa de Acidentes com Matérias Perigosas;
· Curso de Chefe de Equipa de Combate a Incêndios Florestais;

Formação de formadores

· Curso de Formação Pedagógica Inicial de Formadores;
· Curso de Formador de Tecnologias de Base;
· Curso de Formador de Combate a Incêndios;
· Curso de Formador de Manobras e Educação Física;
· Curso de Formador de Tripulante de Ambulância de Transporte;
· Curso de Formador de Salvamento e Desencarceramento;
· Curso de Formador de Salvamento de Grande Ângulo;
· Curso de Formador de Condução Todo-o-Terreno;

Penso que tenha contribuído para esclarecer os visitantes sobre a formação dos Bombeiros Voluntários em Portugal, toda a informação descrita neste Blog é verdadeira e actualisade , e a sociedade civil deve reconhecer o excelente desempenho desses “profissionais”, como eles dizem e bem, Voluntários na opção e Profissionais na Acção.

Foto de Nuno André Ferreira




sexta-feira, 10 de novembro de 2006


Bombeiros e a sua formação
Parte I




Muitas das vezes, vem a público, afirmações a dizerem que os Bombeiros voluntários não têm formação, o que nem sempre corresponde à verdade, porque existe formação, formação de qualidade e reconhecida internacionalmente como de excelente qualidade.

A formação inicial de Bombeiros é obrigatória para quem inicia a actividade. Durante essa formação, os formandos vão adquirir competências técnicas em várias áreas, competências essas inicialmente limitadas, que irão executar no exercício da sua função com supervisão dos seus superiores. Como qualquer actividade não se pretende que inicialmente esses indivíduos adquiram competências de chefiar ou liderar, porque é o primeiro patamar na sua carreira. A formação inicial dos Bombeiros, inicia-se com uma escola de recrutas, constituída por indivíduos de ambos os sexos e normalmente com idade mínima de 18 anos e idade máxima de 35 anos. Escola essa, que dura cerca de 9 meses e que finda com um exame pratico e escrito e que ao serem aprovados serão Bombeiros de 3 classe.

A formação será ministrada pelos elementos do Comando, chefias e por formadores externos da ENB.
Assim, passo a descrever as matérias obrigatórias que constituem a escola de recrutas, para quem pretende ser Bombeiro voluntário:
· Organização dos Bombeiros em Portugal
· Organização interna do corpo de Bombeiro
· Organização operacional
· Construção civil
· Electricidade
· Equipamento de veículos
· Educação física e desporto
· Ordem Unida
· Montagem de linhas de agua
· Comunicações
· Organização Operacional
· Fenomenologia da combustão
· Segurança e protecção individual
· Extintores e Redes de incêndio
· ARICAS
· Combate a incêndios urbanos e industriais
· Busca e salvamento
· Manobras de escadas
· Ventilação táctica
· Busca e salvamento
· Sistemas de detecção de Incêndios
· Matérias perigosas
· Montagem de mota bombas
· Nós e ligações
· Topografia
· Manobras de salvados
· Incêndios Florestais
· Curso de Tripulante de Transporte
· Curso de Desencarceramento
No final do curso o formando contabilizara cerca de 220 horas de formação

Essa é a formação obrigatória e regulamentar para quem quer iniciar a actividade como Bombeiros Voluntário, não é excelente mas também não é deficiente e medíocre como alguns cépticos afirmam. Uma formação que é limitada, por ainda não existir campos de treino com fogo real, onde único campo de treino nacional exclusivo para formação para os Bombeiros fica localizado São João da Madeira, o que é insuficiente para o País. Outro problema são os corpos de Bombeiros das regiões do interiores do País, ai existem dificuldades em obter formação, dificuldades essa comuns também a outras organizações e identidades, mas tem existido um esforço das identidades competentes em resolver esse problema.



Onde, depois do passar dos anos (no mínimo dois anos), qualquer Bombeiro pode subir de graduação ou posto imediato, para isso necessita de frequentando formação de progressão para:
Bombeiros 2ª Classe;
Bombeiros 1ª Classe;
Sub-Chefe;
Chefe;


Autor Fénix
Foto Nuno André Ferreira