O estado deverá “abrir a gestão de cuidados (de saúde)
primários a cooperativas de profissionais, entidades privadas ou sociais,
aumentando a oferta deste nível de cuidados.
Entrevista de Pedro Passos Coelho em 2011 e do programa
eleitoral do PSD.
O tema deixou de ser
TABU, o governo muito em breve ira abrir mão do socorro pré-hospitalar às
empresas privadas, uma politica que lentamente tem sido aplicada sem grande
oposição das entidades responsáveis.
O projecto conhecido por poucos teve durante anos metido
numa gaveta de um secretário de estado, que começou a ser aplicado a alguns
anos. Atualmente já temos, helicópteros, VMERs e ambulâncias que fazem socorro
pré-hospitalar geridas por empresas privadas, protegidas por símbolos de
fachada das entidades responsáveis pelo socorro, onde num futuro muito próximo todos
os meios irão passar para entidades privadas através de contratos de concessão.
Outro grande passo importante que esta a ser
dado é na área da formação, toda a formação na área do pré-hospitalar irá
passar para empresas privadas, pondo um ponto final na grave lacuna camuflada da
falta de formação nessa área a nível nacional, passara existir formação em
quantidade e qualidade suficiente para a necessidade do país, mas vai ser paga
e bem paga, os tempos de tirar formação para fins curriculares para nunca se
aplicar tem os dias contados, o que ira originar a profissionalização de todo o
sector, porque será impossível financeiramente para as entidades responsáveis
formar pessoas para depois trabalharem em outras áreas sem ser naquela para a
qual receberam formação.
O problema da fiscalização é outro problema em fase de
resolução, os agentes de autoridade já algum tempo vem a receber formação
complementar a nível legal nessa área, o tempo de andar a afazer serviço de
socorro pré-hospitalar sem pessoas sem qualificações tem os dias contados e
pode sair caro, quer às entidades que as detêm ou quem faz o serviço fazendo-se
passar por outro, e as coimas são altas para os infractores de ambas as partes,
situação que em vários distritos já esta a ser aplicada, onde tripulações são
alvo frequentes de fiscalização por parte das entidades policiais, onde foram
aplicadas multas avultadas pelo incumprimento legal do diploma que rege o
transporte de doentes.
Em resumo, esta em curso uma reestruturação silenciosa de
todo o sector da emergência pré-hospitalar em Portugal, uma reestruturação que
irá acabar com os atropelos da lei nessa área.
Autor Fénix