terça-feira, 30 de setembro de 2008

Fim da fase CHARLIE




Termina hoje a fase CHARLIE do Dispositivo Florestal Combate a Incêndios, mais de 90% dos corpos de Bombeiros a nível nacional deixaram de ter equipas de primeira intervenção ou de apoio logístico, equipas que durante os 3 meses de Verão permaneceram nos quartéis prontas a entrevirem em caso de necessidade, criadas fundamentalmente para o combate a incêndios florestais, mas por necessidade diária esses homens entrevêem noutros tipos de ocorrências, quer acidentes, incêndios urbanos, industriais ou no pré-hospitalar.


A partir de agora os existem meios de socorro, mas sem tripulações, e para se obterem usa-se sistemas rudimentares como toques de sirene, alertas por SMS ou recorrendo a telefonemas. Um sistema pouco eficaz, demorado e sem nenhuma garantia operacional, originado muitas das vezes atrasos consideráveis no socorro com a agravante da saída de meios com guarnições incompletas.


As entidades responsáveis sabem disso, mas ignoram constantemente os apelos dos comandos e das pessoas que diariamente são obrigadas a socorrer em condições precárias, umas das soluções era avançar com a profissionalização total do sector, permitindo a permanência de Bombeiros nos quartéis aptos para socorrer, recorrendo a um sistema de contrato de trabalho a tempo inteiros ou tempo parcial, comum a qualquer actividade, mas isso custa muito dinheiro, dinheiro que ninguém quer suportar.


Assim partir de agora acaba a fase CHARLE e entra a Fase do DESENRASQUE.

Fénix
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quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Chefes, mas pouco.


No despacho n.º 9915/2008 de 4 de Abril de 2008 puseram os elementos do quadro activo, inclusive os chefias, de funções de chefias intermédias, retirando a totalidade das suas funções adquiridas legalmente para os oficiais de bombeiros, e na recente portaria nº 845/2008 de 12 Agosto de 2008 reformula o fardamento dos Bombeiros, os elementos de chefias da carreira de Bombeiro, em vez de usarem galões, passaram a usar divisas, o Chefe uma divisa direita, em fita de cor dourada com 0,7 cm de largura e o chefe duas divisas direitas em fita de cor dourada, sendo a primeira de 0,7 cm de largura e a segunda de 0,5.

Galões somente passaram a ser usados pelos elementos de comando e oficiais de Bombeiros, assim ditou a ANPC e o concelho de Nacional de Bombeiros.

A mesma portaria mantém a proibição dos Bombeiros Portugueses usarem os símbolos nacionais, somente poderá ser usada por elementos que tenham integrado missões internacionais.

Nas recentes portaria e despachos podia-se se ter corrigido os erros do passado, mas em vez disso cometem-se os mesmos e criam-se outros mais complexos, será que as chefias dos nossos corpos de Bombeiros iram consentir esses atentados aos seus postos hierárquicos?

Fénix
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terça-feira, 23 de setembro de 2008

Vacinação contra a gripe 2008



Começa em Outubro a campanha nacional da vacinação contra a gripe, e este inverno pode ser marcado por uma “epidemia de gripe severa”. As preocupações dos especialistas são motivadas por uma estripe de um vírus que em 2007 foi responsável por três vezes mais casos de gripe na Austrália e que devera agora chegar á Europa.


O SNS aconselha que todas as pessoas com idade superior aos 65 anos de idade, doentes crónicos e imunodepremidos e pessoas dos serviços de saúde e de outros serviços prestadores de cuidados saúde (domiciliários ou em instituições) onde se inclui os Bombeiros portugueses, devem ser vacinados contra a gripe.
Assim todos os Bombeiros Portugueses devem ser vacinados contra o vírus da gripe, para isso devem dirigir-se aos centros de saúde das suas áreas de residências para serem consultados pelos seus médicos de família e pedirem a respectiva vacinação, vacinação que não é gratuita, oito euros é o preço cada vacina. Quando é comparticipada pelo estado o valor desce para três euros.
A Liga dos Bombeiros Portugueses já devia a alguns anos desenvolver projectos de acompanhamento e apoio aos bombeiros Portugueses a nível de saúde, quer de rastreio a doenças quer na vacinação, mas pouco ou nada se tem feito nesta área dentro dos bombeiros, o que pode originar consequências a curto, médio e a longo prazo na saúde dos Bombeiros portugueses.


Fénix
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sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Calaram a boca ao Bombeiro Manel


Este mês já não saiu “A Crónica do Bombeiro Manel” no Jornal “ Bombeiros de Portugal” da Liga dos Bombeiros Portugueses.
Uma crónica admirada por muitos leitores, onde de uma forma de ironia, o autor da crónica dizia a verdade, somente a verdade, nada mais que a verdade, de situações que se passaram no seio dos bombeiros Portugueses.
A na edição do Jornal “Bombeiros de Portugal” de Agosto de 2008, o autor alertava na sua crónica, da existência de pressões dos senhores de “Carnaxide” sobre á direcção do jornal, contra o autor da crónica.

Numa sociedade livre e democrática a liberdade de expressão ainda é um direito!


Fénix
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terça-feira, 16 de setembro de 2008

Quem coordena isto?

No exercício das minhas funções como bombeiro, tenho reparado no combate aos incêndios florestais a comparência esporádica dos GIPS da GNR, eles fazem cerca de 20 a 30 quilómetros da sua base, com o veículo a circular em marcha de emergência por tráfego automóvel bastante congestionado, somente para comparecerem nos incêndios. Um risco para essas equipa e para os cidadãos, porque com tais distancia aumenta a probabilidade da existência de acidentes e para no fim nunca actuarem, porque os meios no local são mais que suficientes e de melhor empenho.

O mais grave de tudo, ninguém informa o responsável pelo comando das operações de socorro no terreno do accionamento desse meio, nem se percebe o porquê do seu accionamento, principalmente com a existência de meios de socorro mais perto dos locais das ocorrências com melhores capacidades de intervenção.

Com accionamento de meios marginais a revelia do COS, origina que não exista trabalho pré-definido para essas equipas, uma situação bastante desagradável para quem fez tantos quilómetros para ser telespectador com lugar privilegiado.

Fénix
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sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Funcionários do INEM pedem a demissão da direcção do organismo





Um conjunto de funcionários do INEM, que não querem que a sua identidade seja revelada, escreveu à tutela a denunciar um «clima de insuportável de intimidação e perseguição aos funcionários» e a apelar à substituição da actual direcção do organismo.


Foi enviada à ministra da Saúde, Ana Jorge, a 27 de Agosto, uma carta na qual um conjunto de funcionários do INEM denunciou um «clima insuportável de intimidação e perseguição» no organismo e apelou à substituição da direcção, que responsabilizaram por «despedimentos e contratações milionárias».


Na missiva, os funcionários classificaram como «um erro», a escolha para a actual direcção do INEM, a qual acusaram de «falta de capacidade de liderança e de orientações» e de estar a «deixar morrer a casa».


O actual Conselho Directivo do INEM foi ainda acusado de ter despedido duas directoras, com longos anos de casa, uma das quais com graves problemas de saúde, assim como de fazerem «contratações autenticamente milionárias de um conjunto de assessores que são pagos a peso de ouro», factos que os funcionários queixosos questionam.


Segundo os funcionários as duas directoras terão sido despedidas na sequência da «oposição a esta pouca vergonha de esbanjamento de dinheiros públicos e de desautorização e descrédito do trabalho das pessoas da instituição».


Na carta, os funcionários descrevem o ambiente como uma «autêntica tristeza» e por esse motivo pedem a substituição da actual direcção do INEM, cujo presidente é o coronel Abílio Gomes desde Fevereiro de 2008.


LUSA


Fénix
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segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Médicos que atendem chamadas do 112 sem formação

Alguns dos técnicos que trabalham nos Centros de Orientação dos Doentes Urgentes e respondem às chamadas do 112 têm apenas formação em informática e telecomunicações. Se o colega do lado tiver uma paragem cardíaca, têm que chamar uma viatura

De acordo com o Correio da Manhã de hoje, o INEM forma os técnicos apenas para as funções que vão exercer. Neste caso, a formação limita-se à operação com sistemas informáticos e telecomunicações.

Os clínicos que atendem o 112 não têm, por isso, formação em suporte básico de vida. Actos como compressão cardíaca ou respiração boca a boca são desconhecidos para estes médicos, apesar de estas técnicas serem requisitos para a entrada na Ordem dos Médicos de clínicos com Competência em Emergência Médica.

Dos cerca de 800 médicos ‘especializados’ em Emergência Médica que atendem o 112, apenas 100 terá estas competências, explica o CM.

Apenas 10% dos médicos que integram as viaturas médicas de emergência e reanimação têm Competência em Emergência Médica.


Todos os médicos dos CODUs, tem conhecimento em SBV e SAV e os OPCEM tem formação de TAS como formação base além da formação dos sistemas informáticos e telecomunicações existentes, e são os OPCEM que atendem as chamadas e não os médicos como é sabido.

Os únicos elementos que eu duvido da sua formação é dos enfermeiros existente nos CODUs, onde ninguém sabe qual a sua função, porque médicos reguladores não o são, e OPCEM muito menos, mas querem a todo o custo ascender a reguladores do CODUs, como tomar conta dos lugares dos OPCEM, e este boato somente pode ter uma origem numa só classe “Enfermagem”.
Fénix
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Meios aéreos de combate a incêndios impedidos de abastecer.

Os proprietários de pontos de água tem impedido os meios aéreos de abastecer de água, água que cada vez é mais escaca em muitos pontos do país, leva que os proprietários de pontos de água optem de várias estratagemas para impedir que os meios aéreos abasteçam de água para o combate aos incêndios florestais.

Um problema que já não é recente, como não é recentes os confrontos entre proprietários e os pilotos das aeronaves, porque se uns necessitam de água para combate os incêndios, outros necessitam dela para agricultura e para o gado, e os proprietários lutam que a água não seja levada e que os tanques, poços e piscinas não sejam danificados.

A lei é clara, que em caso de emergência ou risco publico os proprietários têm de facilitar o acesso aos pontos de água para o combate as chamas, como a água têm que ser resposta e os danos provocados pelo abastecimento pagos aos proprietários.

Mas pelos vistos nem a água tem sido resposta nem os danos nas colheitas, nos poços, tanques e piscinas tem sido pagos, dizem que cabe aos Bombeiros locais reporem a água, mas alguém tem que pagar água e o tempo de trabalho efectuado aos bombeiros, além de saberem se os corpos de Bombeiros tem capacidade de efectuarem esse tipo de serviço, porque tudo tem custos, e custos elevados, como a localização de alguns tanques e poços usados pelos meios aéreos não permitem serem reabastecidos veículos tanques.

A Autoridade Nacional de Protecção Civil dizem que não tem conhecimento dessa situação, situação que muitas das vezes tem sido denunciada na comunicação social, e seria ideal que a ANPC resolvesse esse problema, construindo pontos de água para o combate as chamas ou cumprisse a lei com os proprietários.

Fénix
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quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Bombeiros recusam fazer transporte de doentes

Invocam razões financeiras e asseguram apenas os pedidos de socorro.

As associações de bombeiros nacionais ameaçaram cortar no transporte de doentes, devido às despesas que acarreta, mas apenas a de Salvaterra de Magos assume, agora, tal postura. A decisão só não vai afectar as emergências no concelho.

O comunicado distribuído à população das seis freguesias de Salvaterra de Magos, pela corporação de bombeiros concelhia, não poderia ser mais claro e sucinto. Os custos com o gasóleo e o pessoal, da manutenção das viaturas e dos seguros das mesmas, foram as razões apresentadas para o fim dos transportes de doentes, seja para consultas, sessões de fisioterapia ou outros serviços que não são considerados urgentes.

Há vários meses que os bombeiros a nível nacional admitem ter as suas contas à beira da ruptura e cortar no transporte de doentes por razões financeiras, face ao aumento dos combustíveis. O JN sabe que várias corporações já estão a restringir os seus serviços na área dos serviços que não são urgentes, mas a de Salvaterra [distrito de Santarém] é a primeira a tomar tal atitude publicamente.

Fonte, Diário Noticias

Pela primeira vez vejo uma forma de luta louvável por parte de algumas associações de Bombeiros contra o Ministério da Saúde, ministério que sempre desprezou os Bombeiros portugueses, e agora tem um grande problema para dar solução, porque legalmente é da sua responsabilidade esse tipo de serviço, e não existe nenhuma lei ou decreto que obrigue os bombeiros efectuarem esse serviço, quanto mais andarem a subsidiarem a sua existência.

O Ministério da Saúde vai ter que pagar o valor justo, ou então vai ter que utilizar os seus próprios meios para efectuar esse tipo de serviço.
Fénix
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terça-feira, 19 de agosto de 2008

Empresa inicia transporte de doentes




Desde ontem que o transporte de doentes não urgentes passou a ser assegurado pela Empresa de Serviços dos Bombeiros, o que vem libertar as Associações dos “soldados da paz” desta função, que passam a dedicar-se somente ao socorro e emergência.A apresentação oficial deste serviço, com sede à Rua do Matadouro, no Funchal, contou com a presença do secretário regional dos Assuntos Sociais.
Na oportunidade, Francisco Jardim Ramos salientou que “esta foi uma aposta do Governo Regional para o transporte mais humanizado, seguro e eficiente dos doentes não urgentes”.O investimento rondou um milhão de euros, o qual contou com o apoio do BANIF. Vai gerar 90 postos de trabalho e abranger toda a Região, incluindo o Porto Santo. De acordo com João Andrade, do Conselho de Administração daquela empresa, se o serviço for para consultas, tratamentos ou exames médicos, tem que ser requisitado pelo médico assistente, para que seja emitida uma credencial. Se for para utilização particular, os custos são suportados pela própria pessoa.
Nestes casos, devem contactar o serviço através do número de telefone 291 22 21 13, que funciona 24 horas por dia. Os pedidos devem ser feitos com antecedência e, aquando o transporte, as pessoas devem apresentar a credencial.
Este serviço funciona com 26 carrinhas, duas das quais, ficam de reserva. Destas, 16 dispõem de maca e oito são de transporte colectivo, com capacidade para sete pessoas, cada. Até ontem de manhã, já tinham sido realizados 87 serviços.

Fonte, Jornal da Madeira
No continente existe o oposto, estão a transformar os corpos de bombeiros em entidades transportadoras de doentes, esquecendo completamente o socorro as populações

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sábado, 16 de agosto de 2008

GNR põem em causa a segurança das populações para combater e prevenir os incêndios florestais.

Para os concelhos de CUBA, Ferreira do Alentejo e Alvito estão actualmente destacados apenas dois militares da GNR. Uma área extensa com 12 freguesias onde vivem cerca de 17 mil habitantes em povoados dispersos.

O desfalque de agentes deve-se à integração de diversos militares FIR (força de intervenção) nos grupos de combate e prevenção a incêndios florestais, ficando assim dois militares responsáveis pelo patrulhamento dos três concelhos.

Por várias vezes venho alertado neste blogue para essa situação, a retirada consecutiva dos postos territoriais da GNR de agentes de autoridade jovens com robustez física, que têm como missão principal a protecção e segurança das populações, que são desviados para o combate e prevenção aos incêndios florestais, deixando a segurança das populações entregue a agentes da GNR em número insignificantes, muito deles no final de carreira a espera da reforma.

Existe a necessidade de se por fim a essa situação, principalmente com a grave crise de insegurança vivida de norte a sul do país, onde grupos criminosos actuam sem impunidade, explorando todas deficiências na área da segurança do país em proveito próprio, não posso permitir que existem milhares de bombeiros treinados na área do socorro no desemprego ou a fazer aquilo para o qual foram treinados e por outro lado anda-se a usar agentes de autoridade pondo em causa a segurança dos cidadãos.


Fénix
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terça-feira, 12 de agosto de 2008

Perito defende que via verde nos hospitais ajudaria a reduzir mortalidade

A criação de uma «via verde» nos hospitais para casos de acidentes graves, como existe para os AVC, e de uma especialidade clínica em emergência médica poderiam ajudar a reduzir a mortalidade dos acidentados em Portugal, defende um especialista

Existem hoje em dia vias verdes para os AVC e para a parte cardíaca em que a rapidez de referenciação dos doentes tem uma linha aberta directa ao local de tratamento. No trauma [casos de acidentados graves] isso não existe», declarou em entrevista à agência Lusa o especialista Jorge Mineiro, responsável da Sociedade Portuguesa de Trauma.
A prioridade às vítimas de AVC e doenças coronárias é assegurada através do número de emergência 112, que deve ser contactado logo que se sintam os sintomas evidentes destas doenças. «Se as outras vias verdes trabalham e funcionam bem, porque não faremos o mesmo para o trauma? Se nos AVC e na coronária o resultado é bom, então porque perdemos tantos doentes, quando estamos a falar de doentes jovens, na maior parte dos acidentes?», questiona Jorge Mineiro.

O especialista, que é director clínico do Hospital Cuf Descobertas, aponta ainda falhas à forma como são referenciados os casos de acidentados graves em Portugal: «Os doentes aparecem num serviço de urgência central mandados de um hospital distrital onde já foram vistos por outros médicos e muitas vezes têm de ser triados novamente, quando deviam ter uma via directa de acesso à razão que os levou a ser transferidos, por necessitarem de uma TAC ou de neurocirurgia, por exemplo».

Na sua tese de doutoramento concluída em 2003, Jorge Mineiro concluiu que para a mesma lesão, a probabilidade de se morrer em Portugal era o dobro da verificada em Inglaterra. Para isso, Jorge Mineiro analisou dados de cerca de 2.000 doentes durante um ano no Hospital Santa Maria, onde trabalhava na altura, e comparou-os com um hospital inglês.
«A realidade hoje é extraordinariamente melhor, mas continua a não ser brilhante. Nesse sentido, a conclusão é que a referenciação do trauma era péssima, hoje pode ser menos pior, mas está longe de ser eficaz», afirma o médico ortopedista.

Outra das propostas de Jorge Mineiro é a criação de uma especialidade em emergência médica, tal como existe a ortopedia ou a neurocirurgia. E os licenciados em medicina que decidissem especializar-se em emergência médica deviam estar a trabalhar em permanência nas urgências.
«Não temos quase pessoas que só fazem urgência. Na área do trauma é muito importante ter uma carga ou experiência da patologia que veja no seu dia-a-dia para ser capaz de diagnosticar e tratar», comentou.

No seu entender, os médicos que fazem urgência apenas uma vez por semana ficam sem tanta habilitação para fazer um diagnóstico rápido de uma patologia rara, mas que pode ser grave.
«Em Inglaterra e noutros países há especialistas em urgência. Assim como há uma especialidade de ortopedia tem que haver uma especialidade em emergência médica», sublinha. Jorge Mineiro contesta ainda a forma como estão distribuídos os hospitais em Portugal: «Na região do Vale do Tejo os doentes vêm quase todos para Lisboa, quando deveria haver capacidade ao longo da região de ter um hospital de nível 2 que fosse capaz de tratar a maior parte das patologias sem correr para Lisboa».

Em Portugal há três tipos de hospitais: os de grau 1 (que são os hospitais centrais, mais diferenciados) e os de graus 2 e 3. Segundo o responsável da Sociedade Portuguesa de Trauma, a 10 ou 20 quilómetros de distância de cada hospital central há várias unidades de nível 2, mas as regiões periféricas apenas têm hospitais de nível 3.

Mais uma vez, Jorge Mineiro defende que o exemplo inglês deveria ser seguido e aplicado em Portugal: «Em Inglaterra, à volta dos grandes centros e dos grandes hospitais existem unidades de nível 3. Os hospitais de nível 2 é que estão distribuídos pela periferia, o que é mais lógico».

Lusa/SOL

Fénix
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quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Descredibilização da formação nos Bombeiros Portugueses

Quando a palavra de ordem devia ser a melhoria da qualificação dos Bombeiros Portugueses, como melhoria de ofertas formativas consistentes, centradas no desempenho e na credibilização e certificação de toda a formação existente, os Bombeiros portugueses vêem-se com um grave défice de formação por parte das entidades competentes, com agravante da introdução deste ano de algumas medidas que levam a descredibilização da formação ainda existente.

Este ano o exame para o concurso de promoção ao posto de Bombeiro de 3 classe no distrito de Lisboa, somente ficou entregue a responsabilidade dos Comandantes dos corpos de Bombeiros, que ficaram incumbidos de efectuar avaliação escrita e pratica dos estagiários do seu próprio corpo de Bombeiro.

Anos transactos o concurso de promoção ao posto de Bombeiro de 3 classe era efectuado conjuntamente a nível de concelho ou por zona operacional, onde os estagiários eram examinados por examinadores exteriores, uma forma de credibilizar o exame perante a opinião publica e das entidades competentes.A alteração na forma de avaliação dos formandos, somente mostra que algo de anormal se anda a passar na formação dos Bombeiros Portugueses
Autor:Fénix
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quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Asmático morre á espera de socorro na Terrugem

Um doente asmático morreu na passada segunda feira a espera de socorro na Terrugem, a família acusa o INEM de lentidão na prestação do socorro.

O INEM diz que não houve falhas no socorro, a fita de tempo foi :

21H48 – Pedido de socorro

21h54 - è accionada a ambulância dos Bombeiros de Sintra

21h59 - Segunda chamada de socorro, é informado que a vitima esta inconsciente sem respirar,
operador ensina manobras de SBV aos acompanhantes da vítima

22h09 - Ambulância dos Bombeiros chaga a ao local, iniciam SBV

22h04 - É accionada a VMER de Cascais

22h30 - Chega a VMER ao local

Perante essa fita de tempo, existem tempos anormais que podem ser responsáveis por um deficiente socorro, como:

- Existem 6 minutos de diferença entre o pedido de socorro e o accionamento da ambulância, um tempo demasiado excessivo e sem qualquer explicação plausível, porque até o tipo de situação da vítima era fácil de efectuar a triagem.

- Existem 16 minutos de diferença entre a chamada de socorro e o accionamento da VMER e 5 minutos de diferença entre a segunda chamada de socorro efectuada pelos familiares, que dão conta de uma paragem cardiorespiratória e o accionamento da VMER.
Numa situação de paragem cardio-respiratória cada minuto perdido corresponde, em média à perda de entre 7% a 10% da probabilidade de sobrevivência, os tempos gastos entre a chamada de socorro, o accionamento dos meios de socorro e a chegada dos meios ao local, são tempos demasiados longos para um socorro dito normal, porque se é importante ter meios especializados para o socorro, mais importante é que esses meios actuem em tempo útil a fim de salvar a vida da vítima.

Fénix
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quinta-feira, 31 de julho de 2008

Inconfidências dos bombeiros dão demissão

Regulamento Disciplinar prevê despedimento porque quebra de sigilo profissional, sem contudo o definir.

O novo Regulamento Disciplinar dos Bombeiros Voluntários é "indiscutivelmente subjectivo", afirma o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses. Por isso, um código deontológico deverá ser proposto em Outubro.

A legislação ontem publicada prevê o despedimento para os bombeiros voluntários que quebrem o segredo profissional ou que cometam inconfidências que resultem em prejuízos materiais e morais para o corpo de bombeiros, associação humanitária que o detém ou para terceiro. Até aqui, tudo bem. O problema é que não existe uma definição legal para o que é o segredo profissional do bombeiro e que informações estão por ele abrangidas. Nem neste regulamento, nem em qualquer outra legislação.

"Há, evidentemente, uma lacuna", afirmou, ao JN, o presidente da Liga de Bombeiros Portugueses (LBP), Duarte Caldeira. "Já sabíamos da lei e do seu teor e ela é indiscutivelmente subjectiva e tem um espaço de arbitrariedade que pode levar a confusões, por isso parece-nos urgente haver uma clarificação do que nela está previsto".

Para tal, o dirigente explicou que está em fase de preparação uma proposta de um código deontológico da Actividade do Bombeiros para ser apresentada ao Congresso Nacional dos Bombeiros, no próximo mês de Outubro. "Será um documento que enquadre os direitos e deveres do bombeiro, em termos de deontologia funcional, para que ele os conheça e possa utilizar em sua defesa, e que irá regular o que é que deve ser entendido como uma quebra deontológica ou não."

Duarte Caldeira acredita que este é um documento de uma "necessidade urgente e não pode ser feito pelo Governo. Temos de ser nós a definir esses preceitos deontológicos e não disciplinares, à semelhança do que acontece com as outras organizações socioprofissionais".
E, então, segundo o Código Deontológico que a LBP irá propor, o que será uma violação do segredo profissional do bombeiro? Duarte Caldeira responde: "Será qualquer acto que possa ferir o dever de reserva que qualquer agente de socorro deve praticar no exercício das suas funções". Por exemplo, a "utilização abusiva ou divulgação de informação recolhida pelo bombeiro no exercício de uma função pública". De acordo com o presidente, este preceito "não terá um entendimento contratual, mas, sim, deontológico".

O presidente da LBP revelou que a elaboração do Código está na sua fase final, de modo a ser apresentado em tese e proposto ao congresso, em Outubro. "Logo que for aprovado, será enviado para o Governo para se colmatar esta lacuna o mais rapidamente possível", antecipou.

Fonte: Jornal de Noticias
Os Bombeiros Portugueses sempre foram obrigados a cumprir o sigilo profissional, e talvez exista algo mais por de traz desse documento.

Iremos ver se esse documento não irar ser usado como mais uma forma de oprimir e condenar quem ousa criticar ou fazer frente a estrutura, e ser uma forma eficaz contra liberdade de expressão dentro dos Bombeiros Portugueses, liberdade de expressão que não é bem vista pelas doutrinas militares recentemente introduzidas dentro da ANPC.




Fénix
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Bombeiros portugueses ignorados pelo Serviço Nacional de Saúde



O serviço nacional de saúde continua a ignorar os Bombeiros nas medidas de quimioprofilaxia, quando transportam doente aos seus serviços, que depois vêm a ser diagnosticadas doenças infecto-contagiosas com elevados risco de contágio.

Um doente transportado a vários dias por uma equipa de uma ambulância de socorro dos Bombeiros, veio a falecer passado algumas horas na unidade infecto-contagiosa do hospital, era somente um simples transporte de um cidadão a unidade hospitalar, onde a tripulação da ambulância somente optou por uma protecção mínima, sem nunca esperar pelas consequências que estavam para vir.

A informação da morte do doente somente foi conhecida pelo alerta da família do doente, que informou que os Bombeiros deviam-se prevenirem, porque toda a família que estivera em contacto directo com o doente e amigos próximos, estavam a fazer quimioprofilaxia, como medida de prevenção por parte da unidade hospitalar.

Quando contactado o centro saúde local sobre a situação do doente, eles nada sabiam, tendo o médico do centro de saúde pedido o devido esclarecimentos ao hospital sobre a situação do seu ex. doente, o doente veio falecer com uma Meningite, médico do centro de saúde optou que a tripulação da ambulância inicia-se quimioprofilaxia como prevenção.

Uma situação que somente mostra a fragilidade do nosso Serviço Nacional de Saúde como do serviço Pré-Hospitalar, porque nessas situações, devia ser obrigatório as unidades hospitalares informarem delegado de saúde local, centro de saúde e entidade que transportou o doente, mas nada disso foi feito, situação que pode trazer consequências graves para a tripulação e transforma-los numa via de disseminação da doença, quer para seus familiares e colegas mais próximos.

Autor, Fénix
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domingo, 20 de julho de 2008

2 Cêntimo é a diferença de preço entre um TAXI é uma Ambulância


O governo aumentou a bandeirada dos táxis para 45 cêntimos o quilómetro, onde o Ministério da saúde ira paga por cada quilómetro efectuado por uma ambulância 47 cêntimos, onde actualmente é de 40 cêntimos o quilómetro.

O tempo de espera de um TAXI pelo cliente é de 11 euros a hora, enquanto o MS somente paga somente depois de uma hora de uma ambulância que espere por um doente valores simbólicos, e somente no serviço de transporte de doentes programados e autorizado pelo serviços de saúde a esperar, porque no serviço de socorro, existem ambulâncias retidas durante horas por falta de macas nos serviços de urgência, onde nada recebem por este tempo de retenção forçada.

Uma situação que somente mostra como anda o estado de governação do nosso país, uma ambulância que é um veículo diferenciado, que custa algumas dezenas de milhar de euros, onde a lei obriga ter equipamento e tripulação credenciada em vários níveis, quer para o transporte de doentes quer para o socorro. Em Portugal incrivelmente um serviço prestado numa ambulância difere financeiramente 2 cêntimos, ou sete cêntimos de um serviço de TÁXI, sendo um TAXI um veiculo constituído somente por um condutor, que somente serve para transporte passageiros.
Portugal no seu melhor.
Autor: Fénix

sábado, 19 de julho de 2008

Militar da BT/GNR manda prender Bombeiro

Um militar da BT/GNR de Aveiro deu voz de prisão a um chefe dos Bombeiros que se recusou a retirar as viaturas de socorro enquanto era prestado auxilio a quatro feridos, três deles graves, num acidente de viação, ontem de manhã, em Mamodeiro , Aveiro. Perante os protestos dos populares, o agente recuou.
O acidente ocorreu às 09h10 e o militar pretendia desimpedir a via rapidamente. O bombeiro disse que era ele quem comandava as operações e recusou a retirar as viaturas, até porque as vitimas ainda estavam a ser imobilizadas. Seguiu-se uma troca de palavras, com o militar a dar voz de prisão ao bombeiro.
Os comandantes da BT e dos Bombeiros Velhos de Aveiro desvalorizaram o incidente.

Fonte, Correio da Manhã

Somente tenho de louvar a atitude do chefia dos Bombeiros de Velhos de Aveiro, que fez o que lhe competia legalmente, ser comandante das operações e socorro COS, onde a responsabilidade do socorro e da segurança no local é da sua competência, e mais de ninguém.

Esse tipo de atitude por parte de alguns agentes de autoridade não é recente como é reincidente em alguns casos, que somente mostra a falta conhecimento e de formação dos agentes em certas áreas, que muitas das vezes põem em causa o socorro dos cidadãos e a segurança nos locais dos incidentes.
Somente tenho pena que essa situação não tenha chegado aos tribunais portugueses, porque quem tem a razão do seu lado nada tem que temer. A situação foi resolvida com diplomacias entre entidades, mas o agente da BT/GNR devia ter levado um processo disciplinar no mínimo pela sua incompetência.

sábado, 12 de julho de 2008

Bombeiros do Sabugal limpam bermas das estradas

As estradas do concelho do Sabugal estão a ficar mais bonitas e seguras. A Câmara Municipal e os Bombeiros do Sabugal celebraram um protocolo para limpeza das bermas das rodovias municipais.

No cumprimento de um protocolo celebrado entre a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários do Sabugal (AHBVS) e a Câmara Municipal do Sabugal, iniciou-se a limpeza das bermas das estradas municipais.O investimento de cerca de 63 mil euros feito pela Associação num tractor e dois desmatadores (de braço para as bermas e de rectaguarda para outros trabalhos), vai permitir, não só a limpeza das bermas como quaisquer outros trabalhos no âmbito da prevenção, nomeadamente no âmbito da Portaria 124/2006, que define a obrigatoriedade de limpeza da floresta.Por outro lado, poderá vir a ser uma importante fonte de financiamento para a Associação, no âmbito da silvicultura preventiva.Luís Carlos CarriçoPresidente da Direcção da AHBVS.
Um Bombeiro é uma ferramenta altamente especializada e treinada e de difícil reposição, logo devia ser tratada com o devido cuidado e respeito, pois a sua substituição acarreta um investimento muito significativo, tanto técnico como financeiro.

Uma citação que é difícil de compreensão por muitos comandantes e directores, que fazem dos Bombeiros portugueses pau para toda a obra, denegrindo a imagem dos Bombeiros Portugueses, esquecendo completamente a missão para o qual os bombeiros foram constituídos.

Bombeiros sem equipamento de protecção, a verdade.




A polémica do equipamento de protecção individual “EPI” foi originada quando a governadora civil de Lisboa desmentiu o Comandante Distrital de Lisboa, afirmando que os Bombeiros não têm falta de equipamento de protecção individual.



Os Bombeiros portugueses principalmente têm dois tipos de Equipamento de Protecção Individual, como:

Equipamento de combate a incêndios urbanos e industriais; equipamento tem um custo por cada Bombeiro cerca de 1100 euros, não incluindo o aparelho respiratório, mais conhecido pelos “ARICAS” que custa em média de 1500 euros, todo esse equipamento tem características ignifugo, ou seja tem alguma resistência ao calor e a chama, constituído por tecido 100% da Nomex DuPont, esse equipamento pode ter uma durabilidade de 5 a 10 anos dependendo do artigo.

Equipamento de Combate a incêndios Florestais; esse equipamento tem um custo por cada Bombeiro cerca de 250 euros, não incluindo o abrigo Florestais, que custa em média 175 euros, o equipamento de protecção corporal “casaco e calça” não é ignifugo, ou seja, não apresenta quase nenhuma resistência ao calor e a chama, é constituído 100% de algodão, uma situação grave, com agravante desse equipamento ter uma durabilidade reduzida, dependendo do artigo.

Fora dessa situação fica o equipamento das equipas especializadas: espeleologia, mergulho e intervenção química.

Quem deve custear esse equipamento?

Em primeiro lugar deviam ser os corpos de Bombeiros assumir essa despesa, mas para isso tem que existir capacidade financeira, onde actualmente não existe.O governo ordenou aos governadores civis a resolução desse problema, foi disponibilizada uma verba para aquisição de EPI para os Bombeiros, mas propriamente essa verba não chega para as necessidades mínimas, como se também se tem verificado que muitas das vezes o equipamento adquirido, quer pelos Bombeiros quer pelos governadores civis é de qualidade inferior, muito desse equipamento não apresenta nenhuma característica ignifugo, o que põem em causa a segurança de quem o usa.

Durante décadas escorou-se completamente o problema dos equipamentos de protecção individual nos bombeiros, e muitos bombeiros pagaram com sua própria vida ou ainda estão a sofrer as consequências da não existência de equipamento de protecção individual a condizer com a missão que executavam. Uma situação ilegal perante a lei nacional da higiene e segurança do trabalho, onde todos trabalhadores devem ter equipamento de protecção individual a condizer com o seu trabalho, existindo coimas pesadas para quem não cumpre.

O problema da falta de EPI é um problema que devia ser abordado de uma forma mais responsável pelas entidades intervenientes, porque estamos a referir de uma problema que afecta a grande maioria dos Bombeiros portugueses, que arriscam a sua própria vida sem estarem no mínimamente protegidos.