sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Profissionais dos Corpos de Bombeiros associativos


Qualquer corpo de Bombeiros que se preze actualmente tem profissionais que asseguram o socorro durante a maior parte do tempo, pessoas credenciadas e formadas por identidades competentes que fazem do socorro uma actividade profissional.

Mas quando se referem aos elementos dos corpos de Bombeiros com administrações associativas, somente são referidos a existência de Bombeiros Voluntários, raramente se aborda a existência dos Bombeiros profissionais existentes nos corpos de Bombeiros associativos, que actualmente ultrapassam mais de 7000 homens, que muitas das vezes são referidos como simples “assalariados”, uma maneira simplista dos esconder da opinião publica a sua existência, mas na realidade são eles que efectuam a grande maioria dos serviços de socorro existentes, quer na área do pré-hospitalar, resgate de vitimas, incêndios urbanos, industriais e florestais.

Não existe nada que regulamente-te esse mercado de trabalho em franca ascensão, motivada pela falta de mão-de-obra voluntária para fazer face ao aumento das necessidades das populações numa actividade cada vez mais exigente a nível de qualificações, que tem originado problemas graves, quer a nível da precariedade laboral, onde tudo é permitido pelo vazio legal existente, originando depois consequências na prestação do socorro a população.

Mas as identidades oficiais e patronais compactuam para a existência dessa situação mantenha-se inalterada, porque financeiramente essa situação é mais vantajosa do que reconhecer e regulamentar essas actividades profissionais.
Foto de Andre Ferreira

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Mais um caso de retenção de ambulâncias nos hospitais


O comandante dos Bombeiros de Murça, Joaquim Teixeira acusa o Hospital de Vila Real de reter mais de 4 horas as ambulâncias de socorro, inclusive a ambulância de socorro do INEM.


Situação que pode originar a falta de resposta por parte dos Bombeiros de Murça para fazer face a outros pedidos de socorro, levando que o comandante de Murça ligar várias vezes para o Hospital de Vila Real para que eles desbloqueiem as macas e equipamento das ambulâncias, para que elas possam ficar disponíveis para o socorro a população

A administração hospitalar do Alto Douro responsável pelo Hospital de Vila Real desmente o sucedido, mas informa que em algumas situações possa existir retenção da maca e do equipamento, quando o doente não tem condições clínicas para ser transferido para a maca do hospital, existe a necessidade de se efectuar ao doente exames complementares como RX e TAC antes de se poder passar o conecte para a maca do hospital.


Mais uma prova da fragilidade do sistema pré-hospitalar em Portugal, que está dependente de vários factores, onde a situação que poderia ser facilmente ultrapassada se o hospital adquirisse equipamento de imobilização,” (planos rijos, colares cervicais, fixadores de cabeça) e desse formação técnica aos seus funcionários para lidarem com o equipamento e com os doentes, equipamento que existe em qualquer hospital que se digne ter esse nome, onde os doentes são passados imediatamente para as macas dos hospitais, ficando devidamente imobilizados nos equipamentos hospitalares, efectuando em seguida os exames complementares disponibilizando imediatamente as ambulâncias e tripulações para o socorro a populações.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Bombeiros sem equipamento de protecção individual para as cheias




Hoje o distrito de Lisboa foi a tingido novamente por cheias, onde foi notório que os corpos de Bombeiros, muitos deles em zonas ribeirinhas não tinham qualquer equipamento de protecção individual para os seus Homens, não existia coletes de salva-vidas ou flutuadores, para que eles pudessem socorrer os cidadãos dentro de agua em condições mínimas de segurança.


Muitos Bombeiros arriscaram as suas próprias vidas ao entrar na água com correntes fortes, com uma simples corda presa a cintura para tentar salvar a vida dos cidadãos apanhados pelas águas.


Uma situação que não é recente, onde as entidades oficiais teimam em não arranjar soluções, como obrigar que todos os corpos de Bombeiros adquirirem equipamento para fazer face a essa situações

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Por um fio


“Por um fio...", uma reportagem da jornalista Isabel Pereira Santos transmitida na canal televisivo RTP1 que mostra o sistema integrado de emergência mo interior do País.

A reportagem estava orientada somente para a imagem do INEM, onde no terreno se viu o trabalho das equipas das VMERs, das ambulâncias SIV e das ambulância dos Bombeiros, tendo a imagem dos Bombeiros ficado fragilizada com a entrevista a um Bombeiros num quartel que alegava que não tinha formação, e outro se gabava de alguns serviços efectuados, com a agravante de ser um cadete, legalmente não pode efectuar socorro por ser menor de idade, imagens que denigrem os Bombeiros portugueses, mas faltou interesse por parte dos jornalistas em mostrar a outra realidade.

No seguimento da reportagem vi várias equipas dos Bombeiros nos locais das ocorrências, trabalhando lado a lado com as equipas das VMERs, que executavam os primeiros cuidados de emergência com equipamento e conhecimentos, mostrando que no SIEM não existe somente meios do INEM como a reportagem quis transparecer para opinião pública.

Ficou saliente que ainda existem Tripulantes de Ambulância de Socorro que fazem VMERs, são Bombeiros e fazem serviço nas VMERs, pagos pelas administrações dos Hospitais que se recusam a dispensa-los como o INEM quer impor, e que os problemas persistissem nessas viaturas, como falta de meios de comunicações viáveis e GPS, uma situação que dura a uma década, onde os sistemas são implantados e pagos, mas nunca funcionaram.

Existia a necessidade do mesmo canal efectuar uma reportagem com a mesma magnitude para mostrar o trabalho e o dia-a-dia de milhares de pessoas que trabalham para o SIEM, quer nos Bombeiros quer na CVP, que são simplesmente ignorados, que lutam com muita dificuldade para manter um socorro digno a população, e que são a maior força existente do SIEM em Portugal.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

1 Passeio de BTT dos Bombeiros de Mafra


Realizou-se no dia 10 de Fevereiro o primeiro passeio de BTT dos Bombeiros da Mafra, que levaram mais de uma centena de ciclista a localidade de Mafra.
Um passeio que deu a conhecer uma paisagem natural verdejante, por trilhos e estradões que levam a zonas inóspitas desconhecidas por muita gente, terminando com um almoço servido no quartel de Bombeiros de Mafra, já conhecido por muito Bombeiros pelo excelente serviço prestado na qualidade da alimentação servida na altura dos incêndios as tripulações vindas de fora.


O passeio foi realizado numa zona que não foi atingida pelo violento incêndio de 2003, mas uma zona onde existe a necessidade de uma intervenção por parte das identidades oficiais, quer na manutenção de alguns caminhos, quer na limpeza de algumas zonas, onde a ocorrência de um incêndio pode trazer consequências graves.
Para o ano lá estarei novamente.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

50 Postos de Emregência Médica


O presidente da Liga Nacional de Bombeiros, Sr. Duarte Caldeira vem a público informar que existem cerca de uma centena de corpos de Bombeiros não tem capacidade de garantir os serviços mínimos na área do Pre-Hospitalar, que puderam dar a origem a situações idênticas ocorridas no Alijó e Favaios.

O presidente da LBP disse que situação que seria facialmente resolvida com a criação por parte do INEM cerca de 50 Postos de Emergência Médica nos corpos de Bombeiros.

Uma afirmação do presidente da LBP não deixa de ser curiosa. Na verdade devia era exigir no mínimo ao INEM, que a é a entidade responsável do pré-hospitalar a nível nacional com ligação directa ao Ministério da Saúde ou ao SNBPC que é a entidade responsável pelos Corpos de Bombeiros com ligação directa ao Ministério da Administração Interna, que todos os quartéis de Bombeiros passagem a postos de emergência médica PEM, com atribuição de uma ambulância de socorro por parte do INEM ou de outra entidade governamental, e dotar os corpos de Bombeiros de verbas financeiras para poderem ter bons profissionais para assegurarem uma tripulação 24 sobre 24 horas.

Não podemos esquecer que estamos a falar unicamente de uma tripulação de uma ambulância de socorro, que é considerado um serviços mínimo a população, onde em muitas zonas é insuficiente para a quantidade de serviços existentes, mas com o recurso a elementos no regime “Voluntário” ou outro regime, sempre poderá se assegurar uma segunda tripulação para outra ambulância.

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Presidente do INEM demitido


Depois de tanta polémica o presidente do INEM Luis Manuel Cunha Ribeiro foi destituído do seu cargo.

Somente espero que o seu sucessor seja mais aberto ao diálogo e que consiga unir novamente as entidades pertencentes os Sistema Integrado Emergência Medica.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

A doente entrou cadáver


A chamada cai no quartel às 07h06, accionada pelo CODU, que nos disse que a VMER, segundo informação do Hospital de Bragança, estava inoperacional”, disse ao CM José Fernandes, sublinhando que “seis minutos depois já os bombeiros estavam em casa da senhora, a efectuar manobras de reanimação”.

De resto, Inês Seixas acompanhou a mãe até ao hospital e disse ao CM que, mesmo à chegada, perguntou a um bombeiro se a mãe ainda tinha pulso, ao que o soldado da paz terá respondido que sim.

Maria do Carmo Vinhas foi levada para a sala de reanimações da unidade de Saúde, onde os médicos terão tentado recuperar a paciente, mas sem sucesso. No entanto, a versão do Hospital de Bragança, comunicada à família pela médica Soledade Paz, aponta para a senhora ter dado entrada já cadáver.



Talvez a medica Soledade Paz tenha que reverá sua afirmação.

No entanto, a versão do Hospital de Bragança, comunicada à família pela médica Soledade Paz, aponta para a senhora ter dado entrada já cadáver

A doente nunca entrou cadáver, porque a doente quando entro na sua unidade hospitalar tinha pulso e ventilava“ mecanicamente ou artificialmente”, porque a tripulação da ambulância de Bragança estava a executar suporte básico de vida quando entrou na unidade hospitalar, logo não podia estar cadáver como a senhora doutora afirmou, porque a nível legal somente a suspensão das manobras de SBV pode ser efectuada por um médico, e pelo vistos quem mandou suspender as manobras de SBV foram os médicos do Hospital de Bragança, assim a hora de morte foi declarada depois da entrada no hospital.

São pequenas questões legais que podem originar alguma controvérsia, que devem ser analisadas a nível legal, porque esse tipo de afirmações podem ter outro tipo de interpretação pelos cidadãos, como a tripulação da ambulância não fez nenhum acto de socorro viável até a unidade hospitalar, se isso realmente aconteceu, ausência de SBV até a unidade hospitalar, devia ser aberto um inquérito judicial contra a tripulação da ambulância, que pelos vistos não foi o caso.

sábado, 2 de fevereiro de 2008

Socorro marítimo somente em horário de expediente


Sem respostas às reivindicações por parte do Ministério da Defesa, as tripulações das embarcações salva-vidas do Instituto de Socorros a Náufragos (ISN), decidiram começar a cumprir à risca a lei. Desta forma e a partir de hoje os funcionários do ISN só estarão disponíveis para os salvamentos das 9 às 17 horas e de segunda a sexta-feira."É inexplicável o horário de funcionário público atribuído às tripulações das embarcações salva-vidas", admite Serafim Gomes esclarecendo que "as pessoas que precisam de ajuda não estão a pensar nas horas".
Segundo o responsável do Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Administrações e Juntas Portuárias estes funcionários "não gozam feriados nem fins-de-semana e interrompem os períodos de descanso para salvar vidas e não são recompensados". E porque "há mais de sete anos" que esperam ver a situação profissional resolvida, estes funcionários decidiram ainda que a partir de hoje só atenderão os telemóveis de serviços durante o horário de trabalho.
O sindicato apelou também ao "cumprimento integral das regras de segurança".
Assim, "uma embarcação só deve sair para o mar quando a tripulação de quatro pessoas estiver disponível" e o salvamento só pode ser feito em embarcação do ICN".

Mais uma situação que mostra que o socorro em Portugal não é uma prioridade do governo, não pode-mos esquecer que anteriormente as embarcações ficavam sem tripulações depois das 17 horas, em caso de existir uma emergência, as tripulações eram contactadas via telemóvel para comparecerem no seu local de trabalho gratuitamente, para que as embarcações salva-vidas possam sair, muitos barcos salva-vidas saiam com a tripulação incompletas, uma situação idêntica a muitas zonas no território nacional a nível do socorro terrestre, onde não existem tripulações permanentemente disponíveis para socorrer.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Comunicado da ANTEPH

A ANTEPH, em comunicado enviado à Agência Lusa, pediu ao Governo que suspenda de "imediato" as actuais medidas e referiu que, situações como as que têm ocorrido no distrito de Vila Real, demonstram a "clara falta de apoios que o INEM e a Autoridade Nacional de Protecção Civil têm dado às corporações de bombeiros, uma vez que são do conhecimento de todos e nada foi feito para serem corrigidas".

Para a ANTEPH, a actual situação que se vive na emergência pré-hospitalar deve-se à "política de desintegração do socorro, utilizada pelo INEM, através da megalomania de ter uma rede de ambulâncias próprias, desapoiando as estruturas já existentes".

A ANTEPH concluiu que "não houve a preocupação de reforço dos meios nas áreas onde este eram deficitários, uma vez que foram colocadas em zonas onde o socorro na maioria dos casos já estava garantido pelas corporações de bombeiros, que já possuíam equipas profissionais durante 24 horas por dia, exemplo disso diz que é o caso de Anadia e Odemira.

A ANTEPH diz ainda não compreender "como já não se avançou para centrais integradas ao nível distrital, uma vez que estão mais próximas das populações e com maior capacidade de gestão de meios. Se existissem, os casos de Alijó e Favaios não tinham ocorrido".

A ANTEPH considera ser de lamentar que uma chamada de socorro, "que é confidencial, e que devia estar protegida, tenha vindo para os órgão de comunicação social" e diz que se tratou de uma "medida clara de desvalorizar o serviço efectuado pelos corpos de bombeiros, passando uma realidade que não é nacional e que cria insegurança onde não existe".

A ANTEPH responsabiliza o INEM por criar uma "falta sensação de segurança nas populações resultado da implementação de ambulâncias que são tripuladas por profissionais sem qualquer experiência em pré-hospitalar e com uma formação insuficiente para ocorrer as diversas situações" RTP

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Emergência pré-hospitalar sem meios

No telejornal da noite na SIC, foi divulgado um procedimento o áudio integral e real de uma chamada de socorro como activação de meios de socorro, que resultou na morte de um cidadão e mostrou as deficiências do Sistema Integrado de Emergência Médica SIEM, que falhou por completo na assistência.

Na reportagem foi ouvida o áudio real da chamada de socorro efectuada pelos familiares, como o áudio da activação dos meios de socorro envolvendo várias entidades, esses dados foram fornecidos á SIC pelo INEM, uma clara violação da lei, porque esses dados são confidenciais, onde nem existiu a preocupação omitir moradas e identificação dos intervenientes, a Comissão Nacional de Protecção de Dados CNPD deve esclarecer publicamente essa situação e punir legalmente os infractores da violação desses dados.

Em relação ao sucedido, foi provado que existiu uma clara negligência de todos intervenientes:

- Familiares da vítima desconheciam completamente como efectuar uma chamada de socorro, situação comum em Portugal.

- O CODU-INEM, demoraram demasiado tempo para perceber da gravidade da situação, como depois orientaram a situação para outras áreas complexas como a “morte” do cidadão, porque desde do inicio da chamada tinham os dados mais importantes (Idade da vítima, morada, inconsciente, não respira), somente bastava de accionar meios de socorro, o que se veio a mostra uma tarefa difícil, com contornos e procedimentos admissíveis por parte do INEM e Bombeiros.

-Em relação aos Bombeiros, ficou provado que em ambos os corpos de Bombeiros, Favaios e Alijó, não tinham pessoal para efectuar o serviço de socorro, em ambos os quartéis de Bombeiros somente existia um único Bombeiro, não ficou clarificado se essa situação é habitual ou existia a ocupação dos outros elementos em missões de socorro. Se for provado que existe somente um único Bombeiro na escala de serviço, é uma situação de estrema gravidade, onde as entidades competentes deviam resolver a situação, quer o INEM quer o SNBPC e o SMPC das câmaras municipais, em dotar o corpo de bombeiros de capacidade financeira para ter Bombeiros profissionais a tempo inteiro para a primeira intervenção e fiscalizar como fiscalização do sistema.

No debate o presidente da LBP Duarte Caldeira informou que não existe um sistema de socorro pré-hospitalar que sirva de forma idêntica todo o território nacional, porque os Bombeiros não foram dotados de ambulância nem capacidade financeira para ter tripulações para o socorro, nem existiu qualquer reunião com o INEM e com o representante do SNS para concertar formas intervenção resultante com o encerramento dos serviços de urgência. Tendo o presidente do INEM, responsável pelo socorro pré-hospitalar a nível nacional, contrapôs com a criação da sua rede própria de ambulância, ignorando os outros parceiros do sistema, um sistema que o INEM quer implantar paralelo aos Bombeiros, um sistema pouco eficaz, quer em quantidade de recursos quer na sua proximidade a população, em vez de aproveitar as estruturas dos Bombeiros que existe que cobre 100% do território, que necessita urgentemente ser apoiada com recurso financeiros para a existência de profissionais a tempo inteiro.

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Retenção de ambulâncias de socorro nos Hospitais

A retenção de ambulâncias de socorro pelos Hospitais Portugueses é habitual e frequente nos últimos anos, uma situação motivada pela falta de macas nos hospitais, que impossibilita as tripulações das ambulâncias transferirem os doentes transportados para as macas dos hospitais ou como recentemente tem acontecido as macas das ambulâncias ficarem retidas a espera que chamem o doente para a triagem, para que a tripulação passar os dados do doente e que seja dada a autorização da passagem do doente para a maca do hospital.

Ambas as situações causam problemas graves no socorro a nível do pré-hospitalar, muitas das vezes as ambulâncias ficam retidas horas a espera da existência de macas hospitalares ou que sejam chamados a triagem, o meu recorde pessoal foi ter ficado retido mais de 24 horas a espera que o hospital arranja-se uma maca para por o doente, o que motivou que durante esse período de tempo essa ambulância e tripulação ficaram indisponíveis para o socorro.

A retenção das ambulâncias tem consequências complexas muitos zonas do país, onde essa ambulância e tripulação muitas das vezes são o único meio existente numa vasta área geográfica, onde a retenção desse meio de socorro faz que o socorro seja demorado com accionamento de outro meios mais distantes.

Uma situação que poderia ser facilmente resolvida se existisse diálogo e coordenação no sector da emergência pré-hospitalar em Portugal.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Morte da bebé a caminho do hospital «demonstra fragilidades do sistema

A Associação Nacional dos Técnicos de Emergência (ANTEPH) considerou hoje que o caso da bebé que morreu a caminho do Hospital de Viseu «demonstra as fragilidades do sistema», na prestação de socorro de emergência

Numa nota emitida hoje, a ANTEPH alega que o caso da bebé de três meses e meio, que morreu ao colo da mãe, a caminho do Hospital de Viseu, vem atestar «as fragilidades do sistema, que permite a utilização de meios que não são os indicados para a prestação de socorro de emergência».
«No caso noticiado, foi requisitada uma Ambulância de Transporte que não se encontra equipada, nem a formação das tripulações preparada para intervir neste tipo de ocorrências», acrescenta.
Na quinta-feira, uma menina com cerca de três meses de idade chegou cadáver ao Hospital de S. Teotónio, em Viseu, após ter sido transportada do Centro de Saúde de Carregal do Sal, numa ambulância dos Bombeiros de Cabanas de Viriato, ao colo da mãe.
A ANTEPH avançou que «irá solicitar à Autoridade Nacional de Protecção Civil, entidade que tutela o sector dos bombeiros, a abertura de um inquérito a esta situação, uma vez que com base nas informações conhecidas e serem provadas como verdade, existe claramente negligência grosseira por parte da tripulação».
Refere que «perante a gravidade da situação», a tripulação deveria ter, de imediato, iniciado «o Suporte Básico de Vida da criança e activar a VMER de Viseu, mantendo-se no local até à chegada deste meio. O que não ocorreu, uma vez que a bebe foi transportada ao colo da mãe».
A ANTEPH lamenta o sucedido, «que infelizmente demonstra a desorganização que vai no sector da emergência médica e do transporte de doentes».
O Comandante dos Bombeiros de Cabanas de Viriato, Fernando Campos, explicou que foram apanhados por acaso no Centro de Saúde, numa altura em que tinham ido fazer um outro serviço.
«Foi nos pedido pelo médico que transportássemos a criança, com oxigénio, para o Hospital de Viseu», descrevendo que «a criança foi transportada ao colo da mãe, aconchegada num cobertor e a oxigénio».
Sobre o facto de a ambulância seguir unicamente com o motorista, explicou que «quando é apenas solicitado o transporte, vai só o motorista. Só quando o caso é grave, é que vai o motorista e o socorrista, e é accionada a VMER e o Codu».
António Freitas, médico que consultou a criança no Centro de Saúde de Carregal do Sal, informou que a criança «deu entrada com dificuldades respiratórias durante a manhã de quinta-feira».
«Foi estabilizada e depois aproveitámos a presença de uma ambulância dos Bombeiros de Cabanas de Viriato para que fosse transportada para o Hospital de Viseu. A mãe da bebé tinha contactado o pediatra que lhe pediu para a levar para lá», alega.
O médico disse ainda que «a bebé nasceu com más formações, anomalias de coração e com pouca esperança de vida».
Luís Viegas, relações públicas do Hospital de S. Teotónio, confirmou que «a bebé, com cerca de três meses, já chegou cadáver, por voltas das 11h40», de quinta-feira.

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Bombeiro agredido no Hospital

Depois de ter prestado o socorro necessário a um indevido alcoolizado, um bombeiro de uma ambulância do INEM foi agredido com uma navalha, dentro da sala de triagem das urgências do Hospital de Faro. Valeu-lhe a pronta acção de um agente da PSP – que estava no hospital a acompanhar outra urgência – que deteve o agressor em flagrante.

A agressão física as equipas de socorro são cada vez mais frequentes no nosso país, principalmente com as tripulações das ambulâncias, que são um alvo fácil motivado com a redução de três para dois elementos nas equipas, obriga somente a existência de um tripulante na célula sanitária acompanhar o doente, que em certos casos pode acarretar riscos graves a nível de segurança, quando o “doente” se torna agressivo.
As vítimas alcoolizadas na via pública são um problema constante no nosso país, como a lei não permite que um condutor conduza alcoolizado, a mesma lei não permite que um cidadão ande alcoolizado na via pública, logo devia ser detido pelos agentes de autoridade locais, como é norma num país civilizado, mas em Portugal são levados para os Hospitais de ambulância, ocupando desnecessariamente os meios de socorro e ocupando os meios hospitalares, provocando a desordem e a insegurança quer nos hospitais quer nas ambulâncias.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Bombeiros criticam INEM e a política do Governo

Uma ambulância de socorro propriedade e com tripulação própria do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) fica três a cinco vezes mais cara ao Estado do que uma viatura do INEM estacionada e com tripulação de corporações bombeiros (PEM, posto de emergência médica). As contas são da Liga de Bombeiros Portugueses (LBP), que foi ontem pedir ao Ministério da Saúde que "diga no concreto o que quer dos bombeiros portugueses".
Em causa está aquilo que a LBP encara como a criação de uma "rede paralela de emergência pré-hospitalar" através do INEM. Fala concretamente nas ambulâncias de suporte básico ou imediato de vida (SBV e SIV) que vão sendo instaladas pelo país, com prioridade para zonas onde há encerramentos de urgências e atendimento nocturno em centros de saúde.
Segundo o presidente da Liga, Duarte Caldeira, muitas vezes essas ambulâncias são colocadas onde já existem PEM, duplicando serviços. Porque, apesar de terem um enfermeiro, a triagem do centro de orientação de doentes urgentes acaba por activá-las prioritariamente para qualquer emergência. "Muitas vezes em situações em que não seriam necessárias", diz, "subalternizando o papel dos bombeiros". Que, além do mais, garante, têm tripulações com melhor formação (na Escola Nacional de Bombeiros), do que a que tem sido dada "à pressa" pelo próprio INEM para essas ambulâncias.
Feitas as contas aos salários dos tripulantes, Fernando Vilaça, da LBP, calcula que uma ambulância tripulada pelo INEM custe 12 mil euros por mês (cinco tripulações de duas pessoas para 24 horas de operacionalidade). Mas pelos PEM o Estado só paga aos bombeiros 2500 a 3500 euros por mês, em função do movimento. "Por que não pega nesse dinheiro e oferece mais formação aos bombeiros, reconhecendo os recursos disponíveis?", questiona o dirigente. Até porque, além das 184 viaturas em PEM, os bombeiros dispõem de mais de 1200 ambulâncias de socorro."
Se o Ministério quer ficar com o exclusivo da emergência pré-hospitalar, que o diga e os bombeiros saem do sistema. Se nos quer como parceiros, não pode ter uma atitude de subalternização, à espera de completar a rede alternativa do INEM", diz Duarte Caldeira. Que saiu satisfeito do encontro com a secretária de Estado da Saúde. "Pediu-nos um memorando para calendarizar uma discussão ponto por ponto". Contactado pelo JN, o presidente do INEM não quis comentar um assunto discutido no Ministério da Saúde.
" Jornal de Noticias"

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Proibição do uso dos símbolos nacionais e europeu nas fardas dos Bombeiros


O nosso País somente permite que os Bombeiros Portugueses usem os símbolos Nacionais como a respectiva Bandeira Nacional como palavra PORTUGAL ou a bandeira Europeia quando eles tenham integrado missões internacionais, como consta no Diário da Republica emitido a 24 de Novembro de 2001. Situação que faz que 99% dos bombeiros portugueses fiquem proibidos por decreto lei de usar esses símbolos nacionais e Europeu nas suas fardas.
Como Bombeiro e cidadão Nacional e Europeu entendo que essa situação é discriminatória para os Bombeiros Portugueses, porque o uso dos símbolos Nacionais e Europeu é um direito português e europeu, e é permitido a qualquer cidadão nacional o seu uso, desde que o use respeitosamente, e os Bombeiros Portugueses são identidades de um elevado prestígio, onde o seu trabalho em prol da sociedade é reconhecido pelas populações e governantes, onde depois são as próprias identidades oficiais e governamentais, que perdem tempo de governação para publicarem legislação que proíbe o uso dos símbolos nacionais nas suas fardas, fardas usadas por cidadãos nacionais em serviço de Portugal.
'Meu país, com razão ou não' não devia permitir tais coisas acontecesse, devia permitir que os usos dos símbolos nacionais fossem usados em qualquer fardamento existente em Portugal, sem excepções, os Bombeiros Portugueses merecem isso.

sábado, 5 de janeiro de 2008

Programa Prós e Contra debate o problema do encerramento dos serviços de urgência

No dia 7 de Janeiro será debatido nesse programa o tema:

Para onde vai a saúde?

O presidente foi claro na mensagem de Ano Novo!O país não entende as vantagens das reformas na saúde!Falta perceber o sentido do encerramento de urgências e serviços de atendimento permanente!Em resposta, os cidadãos mobilizam-se e constituem o Movimento Unidos pela Saúde!Qual vai ser o futuro da área mais sensível da sociedade portuguesa?Para onde vai a Saúde?O ministro Correia de Campos, autarcas, médicos e populações frente-a-frente no maior debate da televisão portuguesa.

Na mesa estará o Ministro da Saúde e o presidente do INEM para responderem as questões.

Um tema polémico que esta na ordem do dia, na plateia estarão representado autarcas e associações de cidadãos que são contra o fecho dos serviços de urgência.


Como polémico será de dizer que corre o boato que o Ministro da Saúde António Correia Campos e o presidente do INEM Luís Cunha Ribeiro impuseram ao programa que a sua presença esta dependente da não presença de algumas pessoas na plateia, como o presidente da APEM Associação Portuguesa de medicina de emergência, senhor Vítor Almeida.

Esperemos pela emissão do programa para ver se o boato é verdadeiro.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Enchimento de garrafas de oxigénio medicinal

Partir de Fevereiro de 2008 as empresas que fazem o enchimento das garrafas de oxigénio medicinal somente poderão proceder o enchimento das garrafas próprias, sendo proibido efectuar o enchimento das garrafas de outras identidades.

Uma norma imposta pelo INFARMED, que apanhou de surpresa muitos corpos de Bombeiros, que recorrem a várias empresas de oxigénio para abastecimento das suas garrafas de oxigénio medicinal existentes nas suas ambulâncias, que de um momento para o outro ficaram com o seu equipamento completamente obsoleto e inoperacional, onde o único recurso é efectuar um contrato com uma empresa de oxigénio que forneça o enchimento e as garrafas para a subsituação das actuais garrafas existentes na sua frota de ambulâncias, um investimento avultado que agravará a situação económica de muitos corpos de Bombeiros.

A LBP e o SNBPC não informação os corpos de Bombeiros para esse problema, nem estão interessados em arranjar soluções economicamente viáveis para ultrapassar essa situação, com agravante de existirem várias garrafas com capacidade e diâmetro diferentes que obrigara a alterações nas estruturas de arrumação e fixação nas ambulâncias.

sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Encerramento dos serviços de urgência de Anadia e Alijó


No dia de 26 um de Dezembro milhares de cidadãos dos concelhos da Anadia e Alijó, manifestaram-se contra o encerramento dos serviços de urgências. Uma medica polémica do Ministério da saúde, que terá consequências complexas que não foram tidas em conta, porque os serviços de urgência mais próximos ficaram a dezenas de quilómetros da população, cerca de 1 hora de deslocação.

O presidente da câmara do Alijó, além de estar ao lado do seu povo, sentia-se preocupado porque Alijó não tinha sido contemplada pelo INEM com uma ambulância deste instituto, onde a sua preocupação como autarca era de saber se o corpo de Bombeiro local se tem capacidade de fazer frente ao problema criado pelo Ministério da Saúde no seu concelho, porque uma ambulância é uma gota no oceano, e legalmente o socorro é da responsabilidade do corpo de Bombeiro local em todas as áreas, inclusive na área do Pré-Hospitalar.

Enquanto existir autarcas assim a frente dos municípios, facilmente o Ministro da Saúde brinca com eles, encerrando um serviço de urgência substituindo-os por uma ambulância.