sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Encerramento dos serviços de urgência de Anadia e Alijó


No dia de 26 um de Dezembro milhares de cidadãos dos concelhos da Anadia e Alijó, manifestaram-se contra o encerramento dos serviços de urgências. Uma medica polémica do Ministério da saúde, que terá consequências complexas que não foram tidas em conta, porque os serviços de urgência mais próximos ficaram a dezenas de quilómetros da população, cerca de 1 hora de deslocação.

O presidente da câmara do Alijó, além de estar ao lado do seu povo, sentia-se preocupado porque Alijó não tinha sido contemplada pelo INEM com uma ambulância deste instituto, onde a sua preocupação como autarca era de saber se o corpo de Bombeiro local se tem capacidade de fazer frente ao problema criado pelo Ministério da Saúde no seu concelho, porque uma ambulância é uma gota no oceano, e legalmente o socorro é da responsabilidade do corpo de Bombeiro local em todas as áreas, inclusive na área do Pré-Hospitalar.

Enquanto existir autarcas assim a frente dos municípios, facilmente o Ministro da Saúde brinca com eles, encerrando um serviço de urgência substituindo-os por uma ambulância.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Com... se enganam os tolos

Confesso-me, com consciência da santa ingenuidade, daqueles dirigentes que acreditam…

Acredito que algo tem de mudar, que algo tem se tem de actualizar, que algo se tem de enquadrar os desafios da modernidade científica, nos desafios do século XXI.

Por isso aceitei assinar o protocolo que me foi apresentado para a constituição dos chamados “caneirinhos”, nome estranho que sempre me feriu as entranhas por me parecer que haveria mil e uma soluções para apelidar a companhia especial de Bombeiros, sem ser o ridículo de os comparar a uns passaritos amarelados, pequenos e indefinidos…
Mas aceitei, mas assinei, meia culpa…

Com isso, e a voluntariedade de quem julga estar a fazer o melhor para aquilo de que gosta até me constituir no dirigente da Associação com mais elementos, na tal companhia, do distrito da Guarda, cinco ao todo…

Agora apercebo-me que com a minha assinatura tornei a minha Associação numa barriga de aluguer de uma gravidez gerada por um pai que quando lhe convém apela ao anonimato, que quando lhe convém escuda na deserção da responsabilidade, que quando lhe convém se esquece que acabou por dar o nome, a paternidade, a responsabilidade em papel assinado…

E tudo isto porquê?

Deve confessar que sou presidente de uma associação pobre, daquelas cuja dificuldade é contar os trocos para pagar vencimentos, daqueles que o facto de cada vez mais darem transportes de doentes a táxis e a fins, não realiza o suficiente para pagar aos oito assalariados que tem, mas que continua a postar na formação, em que todos tenham, os TAT, os TAS, os cursos técnicos de central etc.etc.

Daqueles que tem de perder a vergonha para ir de porta em porta pedir uns trocos para poder suprir as dificuldades do dia-a-dia.

Daqueles a quem o município só dá 10.000 euros de subsidio anual, mas que em serviços para autarquia despende muito mais…

Mas raio, somos Bombeiros, servimos, existimos para proteger, cuidar servir…

Daquelas para acabar o ano com algum equilíbrio tem de recorrer ao crédito bancário, que se paga, mas atrasa a modernização da frota, o equipamento dos homens, obriga a racionalização do aquecimento do quartel (e se aqui na serra faz frio) etc. etc.
Daquelas que faz cem anos e que ouve um qualquer ministro prometer isto e aquilo, mas nunca chega a ser atribuído…

Daquelas que começa a ser igual a todas as outras Associações de Bombeiros do país, ou sejam EMGANADAS

E aqui entroncamos novamente na Companhia especial de Bombeiros… Hoje com os seguros que protocolados deveriam ser pagos pela tal Autoridade Nacional e que não são pagos desde o inicio, ou seja desde 2006, mas cumpridos, sacramentes, pela Associação junto da companhia contratada…

Ou a reposição do gasto com descontos para a segurança social com os cincos elementos da tal Companhia Especial e que já não são ressarcidos pelos serviços a há cinco meses…
Por isso, e assumindo que me sinto um prefeito cretino por ter querido colaborar e acreditar, junto daqueles que gosto e para os quais dou muito do bom tempo que deixo de dar os meus, ou seja junto dos Bombeiros, alerto para o facto de continuarmos a ser usados, enganados, sofre-mos um processo maquiavélico de eutanásia, sem respeito pelo que fazemos, a nossa historia, a nosso utilidade.

Ao menos que sejam homens de palavra, ou menos que joguem limpo.

Autor: Luís António V. Gil Barreiros
Jornal Bombeiros de Portugal

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Criticas abusivas por parte da ordem dos enfermeiros aos tripulantes de ambulância

Em entrevista a uma rádio nacional (antena 1) um representante da ordem dos enfermeiros teve o seguinte comentário, “ Os Tas dos Bombeiros são apenas uns indivíduos com meia dúzia de horas de formação e sabem por uns pensos e ligaduras”

Esse representante da ordem dos enfermeiros não sabe do que fala, como muitos dos seus colegas, que a algum tempo se tem dedicado unicamente denegrir a imagem dos Tripulante de Ambulância de Socorro, com afirmações falsas com uma única intenção de realçar a sua classe perante a opinião pública, classe que viu recentemente no pré-hospitalar como mais uma fonte de rendimento.

Os tripulantes de ambulância de socorro são uma classe profissional, onde os seus conhecimentos vão muito acima de andar a brincar com ligaduras e fazer pensos, como alega a Ordem dos enfermeiros. São pessoas altamente especializadas na área do socorro e resgate de vítimas, e não fazemos mais pelas nossas vítimas porque identidades como a Ordem dos Enfermeiros e outras, proíbe o aumento de autonomia técnica dos TAS, mas não podemos esquecer muito daquilo que os senhores sabem na área do pré hospitalar foi-lhe ensinado por TAS, porque os enfermeiros acabam os seus cursos de enfermagem sem saberem efectuar um simples SBV, quanto mais saberem actuar no pré-hospitalar com a complexidade de técnicas e equipamento existente nessa área.

Uma pergunta que eu gostaria de fazer a esses senhores era “ Onde andavam estes senhores enfermeiros quando não se recebia nada para se fazer pré-hospitalar “

sábado, 15 de dezembro de 2007

Tabela de prémios de saída pagos pelo INEM 2008

Prémio de saída

KM de ida

PEM

RES

Escalão

E volta

Com TAS

Sem TAS

Com TAS

Sem TAS

1

1 a 15 km

5,0 Euros

2,5 Euros

11,0 Euros

8,0 Euros

2

16 a 40 km

10,0 Euros

5,0 Euros

18,0 Euros

13,0 Euros

3

41 a 65 km

20,0 Euros

15,0 Euros

31,0 Euros

22,0 Euros

4

66 a 90 km

25,0 Euros

20,0 Euros

50,0 Euros

30,0 Euros

5

91 a 115 km

35,0 Euros

25,0 Euros

70,0 Euros

42,0 Euros

6

116 a 145 km

42,5 Euros

30,0 Euros

100,0 Euros

55,0 Euros

7

146 a 175 km

50,0 Euros

35,0 Euros

120,0 Euros

70,0 Euros

8

176 a 205 km

52,5 Euros

40,0 Euros

150,0 Euros

85,0 Euros

9

= 206

75,0 Euros

50,0 Euros

170,0 Euros

100,0 Euros


Subsidio Trimestral pagos somente aos PEM

Escalão

VALOR

Com nº serviços 0 a 100 por Mês (1200 Anuais)

6.000 Euros por Trimestre

Com nº serviços> 100 ou = 250 por Mês (entre 1200 e 3000 Anuais)

7.500 Euros por Trimestre

Com nº serviços> 250 por Mês (3000 Anuais)

10.500 Euros por Trimestre


PEM, Posto de Emergência Médica, são como são designados os corpos de Bombeiros que têm um acordo com o INEM e recebem uma ambulância de socorro cedida pelo INEM, recebem um subsídio trimestral e um valor por cada serviço efectuado conforme o escalão da grelha de prémios de saída, serviços somente pagos quando accionados pelas centrais CODU da responsabilidade do INEM, neste momento existem 184 corpos de Bombeiros como postos PEM.

RES, Reserva de INEM, são como são designados os corpos de Bombeiros com acordo com o INEM, recebem somente o valor por cada serviço efectuado, conforme o escalão da grelha de prémios de saída, serviços somente pagos quando accionados pelas centrais CODU da responsabilidade do INEM, neste momento existem 143 corpos de Bombeiros como RES.

O acordo existente com os corpos de Bombeiros PEM, o INEM usa a ambulância cedida por este instituto como usa as restantes ambulâncias do corpo de Bombeiros em proveito próprio, pagando unicamente como PEM, como consta a grelha de prémios de saída, não existindo mais nenhum subsídio quer por parte do INEM quer de outra identidade para as restantes ambulâncias existentes nesse corpo de Bombeiros.

Situação mais difícil é dos corpos de Bombeiros RES, somente recebem por cada serviço efectuado, não existindo mais nenhum subsídio para manter a existência desse tipo de serviço.

Situação dramática é a existência de mais de meia centenas de corpos de Bombeiros a nível continental que nada recebem, quer por parte do INEM, quer por parte de outra identidade governamental para prestação de serviços na área do pré-hospitalar, onde os serviços efectuados são cobrados directamente ao cidadão ou ao SNS mediante o protocolo existente da LBP e o MS

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

INEM expulsa Tripulantes de Ambulância de Socorro


A viatura médica do CODU de Lisboa, única viatura que é legalmente da responsabilidade do INEM a funcionar desde1990, com uma tripulação unicamente constituída por um Médico e um Tripulante de Ambulância de Socorro, ira deixar de ter Tripulantes de Ambulância de Socorro como parte da sua tripulação.

Numa reunião no mês de Novembro a Dr. Isabel Santos informou os Tripulantes de Ambulância de Socorro, que prestam serviço ao INEM desde 1990, que seriam dispensados do serviço que efectuavam para o INEM no final do mês de Novembro, sendo substituídos por enfermeiros contratados.

Quase duas décadas de dedicação a esse instituto, esses profissionais foram dispensadas dos seus serviços que de uma forma pouco ética e moral, profissionais que em momento algum nunca viraram as costas ao INEM nos mementos difíceis, e sempre cumpriram as escalas de serviço ininterruptamente, mantendo operacionais a VMER, ambulâncias e a central.

Durante esses anos todos aprendi e ensinei muita coisa, mostramos e provamos que os TAS facilmente podem executar muitas técnicas que lhe são vedadas, desde que exista formação e supervisão médica, contradizendo muitas mentes que vivem cercadas pelos seus lóbis pessoais e profissionais.

Assim me despeço deste serviço, com a sensação de dever comprido.





segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Cozinheiro de um restaurante despedido por ter SIDA

Um cozinheiro de um restaurante foi despedido por ter SIDA, o respectivo trabalhador recorreu aos tribunais e contra todos os aspectos legais perdeu a causa, e foi despedido com justa causa.

Uma situação que pode ter consequências graves, sendo a função de Bombeiro inclusive a actividade de Tripulante de Ambulância uma actividade de risco, onde mesmo tomando todas as medidas de protecção a condizer com a situação, pode ser infectado pelo HIV ou outra doença transmissível, podendo depois ser despedido com justa causa pela sua identidade patronal, bastando a identidade alegar que esse funcionário é portador de uma doença transmissível como HIV ou outra.

Uma situação inédita a nível mundial, em Portugal um cidadão pode ser despedido pelo simples facto de ser portador do HIV, onde a única esperança é que o recurso apresentado as estancias superiores seja favorável ao trabalhador, porque se assim não for, abrira um grave precedente legal com contornos imagináveis em muitas actividades laborais.

Chamadas falsas

Perto de 25 mil chamadas falsas para o INEM em 2006

Campanha que hoje arranca alerta para as vidas que estas chamadas podem custar

Em 2006, registaram-se 24.281 chamadas falsas no INEM - Instituto Nacional de Eme
rgência Médica, que originaram a saída de 8.984 ambulâncias, sendo que cada chamada falsa poderá custar uma vida. Neste sentido, o INEM arranca hoje com uma campanha de sensibilização sobre as chamadas falsas para o 112, que será emitida na televisão, rádio e cinemas. Segundo comunicado do INEM, a mensagem a transmitir é bastante simples: uma chamada falsa pode custar uma vida e, por isso, o 112 deve ser usado apenas em caso de emergência.

«Diariamente, dezenas de ambulâncias de socorro do INEM, dos Bombeiros e da Cruz Vermelha Portuguesa são accionadas desnecessariamente. Tudo por causa das chamadas falsas para o 112, uma situação que provoca dificuldades no funcionamento do Sistema Integrado de Emergência Médica», explica o INEM.

Todas as chamadas feitas para o 112 que envolvam feridos ou doentes são transferidas pela PSP para os Centros de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) do INEM. Nestes centros, apesar da triagem feita pela polícia, acabam ainda assim por ser recebidos alguns alertas falsos. O Instituto diz ainda que todos os dias recebem 66 chamadas falsas e que diariamente são activadas 25 ambulâncias por dia para situações falsas.

«Cabe a todos – instituições, cidadãos, comunicação social - assegurar e ensinar que o 112 é um número que só deve ser utilizado em situações verdadeiras. É que cada brincadeira para este número pode provocar dificuldades no socorro a quem dele verdadeiramente necessitar», alerta o INEM.

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Incêndios florestais

Como bombeiro fico ou pouco apreensivo com algumas medidas politica dos nossos governantes. A única preocupação do socorro em Portugal é o combate a incêndios florestais, que este ano não foram tão intensos como se esperava a partida, as condições climáticas ajudaram muito, com a existência vários períodos de chuva durante o Verão e a não existência de onda de calor, fez que este ano fosse o melhor ano em ária ardida nas últimas duas décadas.

Todas as medidas politicas no sector dos Bombeiros são vocacionadas para o combate a incêndios florestais, mas em Portugal não existe somente incêndios florestais, existe outras ocorrências diárias que necessitam de meios e homens com formação e disponíveis para socorrer a população, desde incêndios urbanos, industriais, acidentes, Pré-Hospitalar, etc.

O dispositivo de combate a incêndios florestais, criado unicamente no verão devia-se mater durante todo ano, ou pelo menos a existência de dos grupos de primeira intervenção “ ECIN” e os grupos de apoio “GAP” a funcionar 24 horas sobre 24 horas, porque é a única hipótese de se garantir o socorro em tempo útil a população, porque toda a gente sabe que o factor tempo é o factor mais importante no socorro.

Mas os nossos governantes e dirigentes do sector estão indiferentes a situação, vivem num sistema de socorro irreal, que dificilmente se aplica na prática, e as necessidades básicas da população

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Incêndios fora de controlo na Califórnia

O governador do Estado da Califórnia decretou o estado de emergência para fazer face a vaga de incêndios florestais que a vários dias consomem várias zonas florestais e habitacionais no seu estado.

Os incêndios já obrigaram a evacuação cerca de meio milhões cidadãos americanos para zonas seguras, onde as equipas de socorro tentam a todo o custo limitar a perdas de vidas humanas e a destruição de vastas áreas urbanas, onde actualmente existem vários mortos entre a população, dezenas de feridos, centenas de habitações destruídas e uma área florestal incalculável ardida.
Os EUA são a maior potência mundial, onde não existem falta de recursos mecânicos, humanos e financeiros, mesmo tendo todos os recursos disponíveis, dificilmente conseguem conter o avanço das chamas se as alterações climatéricas se mantiverem constantes, seca, temperaturas altas, humidade baixa, e ventos acima dos 100 quilómetros horários.

A comunidade americana age de uma forma cívica, acatam de uma forma ordeira os avisos de evacuação ordenado pelos organismos estatais, mesmo sabendo que as suas habitações ponderam arder e ajudam-se mutuamente, e quem ousa ficar, sabe que fica por sua conta e risco. Os organismos de informação tem uma postura profissional, tem todos equipamentos de protecção individual, e vão dando notícias do terreno sem incentivar o pânico e vão elogiando os organismos públicos, reconhecendo que nem tudo pode ser salvo das forças das chamas.

Os órgãos governamentais disponibilizam todos os meios ao seu alcance, requisições civis em massa, accionamento de meios da Força Militares e de organismos públicos, ninguém põe objecções, ninguém critica, ninguém tenta tirar dividendos políticos e pessoais.

E a gente por cá?

domingo, 21 de outubro de 2007

Tripulante de Ambulância de Socorro

O curso de Tripulante de ambulância de Socorro é um curso de teórico-prático com a duração mínima de duzentas e dez horas, podendo ser tirados no INEM ou na Escola Nacional de Bombeiros.

Um curso com pré-requisitos para se poder frequentar, é exigido habitações literárias mínimas o 9 ano, onde na ENB os pré-requisitos são mais elevados, como a obrigatoriedade de ter o cursos de Tripulante Ambulância de Transporte “TAT” e curso de Desencarceramento “SD” e ter a patente mínima de Bombeiro de 3 classe, como os candidatos são sujeitos a testes de conhecimentos e a testes psicológicos para poderem frequentarem o curso.

No final do curso os formando receberam um certificado através de diploma emitido pela identidade formadora “ INEM” ou “ENB” como Tripulantes de Ambulância de Socorro, mas o INEM chama aos seus funcionários que são Tripulantes de Ambulância de Socorro Técnicos de Emergência Médica “TAE”mas o decreto-lei que rege a formação dos TAS não consagra nem contempla ainda essa designação.

Os tripulantes habilitados com esse curso ficam sujeitos, obrigatoriamente, a exame e a curso de Recertificação de três em três anos, com a duração de 35 horas, uma situação quase única na área da saúde, o que faz que um TAS seja sempre uma pessoa actualizada.
Um tripulante de ambulância de socorro é um técnico da saúde, trabalha e lida com doentes na área do pré-hospitalar, e segue normas de actuação e condutas comuns na área da saúde.

O objectivo do tripulante de ambulância de socorro é tripular ambulâncias de socorro, ambulância legalmente conhecidas pelo tipo “B”, sejam elas do INEM dos Bombeiros ou CVP, liderando a sua equipa composta pelos tripulantes de ambulância de transporte, nunca podendo ele ser o condutor da ambulância, podendo o TAS ainda pertencer as equipas das Ambulâncias Cuidados Intensivos, ambulâncias legalmente conhecidas pelo tipo “C” cuja tripulação é composta obrigatoriamente por um médico e por um enfermeiro ou um Tripulante de Ambulância de Socorro, situação idêntica as Viatura Médica de Emergência e Reanimação ”VMER”.

quarta-feira, 29 de agosto de 2007


Não somos nem melhores nem piores, somos iguais

Os incêndios florestais actualmente são um problema global e não somente um problema de Portugal.
Este ano a Europa esta a ser atingida por uma vaga de incêndios florestais nunca vista nem documentada nos meandros históricos, tudo provocado pelas alterações climáticas. Quando se conjugam certas condições climáticas, adicionado a uma cultura do fogo aliadas a faltas de medidas preventivas, ira certamente originar a existência de grandes incêndios florestais, onde dificilmente as equipas de socorro, independentemente da sua nacionalidades e meios ao seu dispor, conseguirão controlar os incêndios se as condições climatéricas extremas se mantiverem constantes e desfavoráveis ao combate, e nessa altura seremos nada mais do nem melhores nem piores que os outros países, tentaremos fazer o melhor possível, protegendo as vidas humanas, bens materiais, limitando e controlando a destruição provocada pelas chamas.
Actualmente na Grécia existem quase uma centena de incêndios activos fora de controlo, que já causaram mais de meia centena de mortes entre a população e originou a evacuação milhares de cidadãos para zonas seguras, situação que obrigou o governo Grego decretar o estado de emergência nacional a pedir ajuda internacional, situação que não é única este ano na Europa, vários Países foram obrigados a pedir ajuda internacional para fazer face aos incêndios ou outras catástrofes dentro das suas fronteiras.
As alterações climáticas mundiais estão a revelar que as sociedades Mundiais não estão preparadas para fazer face aos novos desafios climáticos que originam catástrofes naturais nunca vistas na nossa era, e tudo indica que isso será o princípio de uma nova era de acontecimentos trágicos Mundiais, os ambientalistas a muito vêem alertar para esses acontecimentos, onde se espera um agravamento progressivo das situações, levando que não exista uma capacidade das identidades responsáveis pela protecção e socorro para fazer face as situações que se avizinham.
Com tudo isso existe a necessidade de tentar melhorar e aperfeiçoar o sistema de protecção e socorro, mas também é importante mudar a mentalidade do cidadão Português a, incentivando a tomar medidas preventivas, quer pessoais ou colectivas e evitar comportamentos de risco. Dotar no cidadão de uma responsabilidade cívica e um aliado activo no sistema de protecção e socorro, que sabe intervir em caso de uma situação de emergência, auxiliando as identidades oficiais, de uma forma ordeira e responsável.
Foto de Helena Espadinha

terça-feira, 12 de junho de 2007

Lar doce Lar


Em Portugal aquisição da habitação é uma decisão importante que qualquer cidadão que terá de tomar num determinado momento da sua vida.

A avaliação das casas e os factores existentes que muitas vezes levam os cidadãos comprar uma determinada habitação em proveito de outra, esta longe dos métodos de avaliação e os factores que determinam a aquisição de habitação no resto da Europa.

Em muitos países, os Valores das habitação estão sempre dependentes pelas proximidade de serviços de primeira necessidades, onde a proximidade de Postos de Autoridade, Unidades de Saúde, Unidades de Socorro e Escolas e vias de acesso, estão nos factores que mais determinam e valorizam de uma habitação e de escolha em detrimento de outra por parte dos cidadãos.

Em Portugal os factores de valorização são diferentes, muitas das vezes existem grandes zonas urbanas sem que existam na proximidade serviços de socorro que possam prestar um socorro em tempo útil, com mais agravante que esses serviços de primeira necessidade não estão acompanhar o crescimento populacional ou estão a ser encerrar.

Fica o alerta, quando pensar em compra uma habitação informe-se da existencia dos meios de socorro existentes nas proximidades e a sua capacidade de resposta, depois decida, nunca esquecendo que nada vale comparar uma casa onde não exista capacidade de intervenção de meios de socorro em tempo útil, porque os azares somente não acontecem aos outros

terça-feira, 5 de junho de 2007

Como proteger uma habitação de um Incêndios Florestal


O Verão em Portugal é sinónimo de incêndios florestais, uma preocupação que será mais sentida por quem optou por morar perto de uma zona rural ou florestal.
Morar perto de uma zona florestal ou rural pode tornar um belo sonho de uma vida num verdadeiro pesadelo, os proprietários das habitações devem tomar medidas preventivas na protecção das suas habitações e das suas famílias.
Na minha experiência como Bombeiro, vou dar algumas dicas e procedimentos que devem ser executados por todos proprietários que optaram por ter a mãe natureza como vizinhos
.


Minha Habitação
-Limpe num raio de mínimo de 50 metros todo o mato a volta da casa ou outras edificações.
-Limpe as Folhas caruma, e ramos dos telhados
-Guarde em local seguros, a lenha, combustíveis ou outro produtos inflamáveis.
-Tenha em local de fácil acesso algumas ferramentas, como enxadas, pás, e mangueiras, para ajudar no primeiro combate ao fogo
-Monte um simples sistema de rega, onde quando ligado molhe na totalidade as paredes exteriores da habitação e o telhado.
-Faça um plano de evacuação, com vários caminhos de fuga e dei-a conhecer a todo o seu agregado familiar e simule periodicamente com toda a sua família.
-Alerte e denuncie as identidades competentes quando proprietários de terreno junto a sua habitação não limpem os terrenos.


O tipo de materiais usados na construção de habitações em Portugal tem uma grande resistência ao fogo. Normalmente incêndios com início no exterior propagam-se ao interior pelas janelas, portas, telhados. Existe a necessidade de limpeza exterior e substituição de estores, portadas, janelas e portas constituídas maioritariamente por plástico ou de madeira por materiais com melhor resistência a temperaturas e ao fogo.

Em caso de incêndio
-Não espere que o incêndio se aproxime da sua Habitação
-Corte o Gás e a electricidade.
-Feche todas as janelas, portas e remova os objecto com pouca resistência as temperaturas de junto das janelas, principalmente as cortinas.
-Liberte ou transporte os animais de estimação.
-Evacue a sua família para um local seguro, principalmente as crianças e os idosos.
-Deixe um papel visível na porta da sua habitação a informar que foram embora, de preferência com um número de contacto e o local para onde foram.
-Ligue o sistema de regra ou molhe as paredes exteriores e o telhado.
-Avise e auxilie os seus vizinhos.


Em caso opte por ficar para defender a sua habitação, vista calças e casaco de algodão ou de cabedal, calce luvas e bota e use um boné, tenha sempre a jeito uma mangueira, pás e recipientes cheios de água e colabore e obedeça as ordens dadas pelas identidades oficiais.

No carro
Se por acaso ao circular for apanhado pelo o incêndio ou fumo deve:
· Mantenha a calma
· Ligue os médios
· Feche todos os vidros do carro
· Desligar a sofagem
· Se a visibilidade for reduzida circule o mais devagar possível, para não sair da estrada e para poder desviara de alguma objecto, um acidente nessas alturas pode trazer consequências graves.
Não se preocupe com a falta de oxigénio, porque com os vidros fechados criou uma bolsa de ar, e o risco de explosão da viatura é muito reduzido, e se o carro começara arder, sempre demorara alguns minutos até o fumo a temperatura passar para dentro do habitáculo de veiculo, tem tempo para chegar a uma zona de segurança e abandonar o veiculo se necessitar.

Os Incêndios Florestais são certamente um grave problema a nível nacional, mas não quer dizer que seja sinónimo de uma tragédia, os cidadãos devem tomar medidas preventivas para se protegerem, para não serem apanhados desprevenidos quando um belo sonho se tornar num pesadelo com consequências imprevisíveis e dramáticas

Foto de Ana J. Ribeiro

sexta-feira, 18 de maio de 2007

Certificado de Aptidão Profissional de Bombeiro CAP

Actualmente existem em Portugal cerca de uma dezena de milhar de Bombeiros a exercer a actividade profissional de Bombeiro nos corpos de Bombeiros Voluntários.

Era de todo interesse que esses profissionais obtivessem a CAP para Bombeiro, para verem regularizadas a sua situação profissional.

A Escola Nacional de Bombeiros, é a identidade certificadora do CAP para Bombeiros, podendo o CAP para Bombeiros ser adquirido pelo o curso de formação de qualificação de Bombeiro, para quem quer iniciar carreira ou por via de experiência Profissional, para Bombeiros que exerçam essa actividade que obrigatoriamente já têm formação adquirida durante a sua carreira.

A obtenção do CAP de Bombeiro devia ser obrigatório para todos os Bombeiros que exercem essa actividade profissionalmente, até para repor alguma legalidade nesta área, uma área que necessita urgentemente ser qualificada e regulamentada, que melhorariam e reforçavam a imagem dos Corpos de Bombeiros perante a opinião pública com profissionais reconhecidos e certificados legalmente.

domingo, 8 de abril de 2007

Ser Bombeiro Voluntário


Ser Bombeiro Voluntário


Muitas das vezes o cidadão desconhece completamente o que é ser Bombeiro Voluntário em Portugal. No início terá que despender uma grande parte significativa do tempo de laser para frequentar a escola de promoção a Bombeiro de Terceira Classe e os respectivos cursos, principalmente o curso de Tripulante de Ambulância de Transporte e Desencarceramento, que são obrigatórios para todos os Bombeiros.

Passado algum tempo o recruta será inserido num grupo de Piquete, onde o número de efectivos existente em cada grupo depende de quartel para quartel de Bombeiros. No meu quartel de Bombeiros o grupo é constituído por 8 elementos com varias patentes e funções, existindo um piquete por semana com o horário das 20H00 as 6H00, existindo dois em dois meses um piquete ao fim de semana com entrada as 20H00 de Sábado até as 20 horas de Domingo, isso dará anualmente em media 52 piquetes semanais e 6 fins-de-semana. O que corresponde a cerca de 83 dias uteis de trabalho anuais, onde as faltas ao serviço implicara a um processo disciplinar e a expulsão do corpo de Bombeiros.

Existe outras obrigatoriedades comum todos os Bombeiros, independente das suas patentes e funções. No meu corpo de Bombeiros alem dos serviços semanais de piquete, existe formação mensal, em média 2 vezes por mês, tudo depende dos quartéis de Bombeiros, onde depois existe a Recertificação dos cursos, quer do TAT quer do SD, cursos com validade de 3 anos.

Alem do tempo já despendido obrigatório, existe formação e serviços que puderam ocupar mais tempo. Não são obrigatórios mas são essenciais para operacionalidade dos Corpos de Bombeiros. Existe a formação externa, tirada nos centros de Formação da Escola Nacional de Bombeiros, cursos certificados que duram no mínimo de uma semana até seis semanas, que obriga muitas das vezes os Bombeiros a meterem dias de ferias ou licença sem vencimentos. Na época do Verão alem da normal escala de piquetes, existe as escalas de GPIS, destinadas ao combate aos incêndios florestais, o único serviço onde os Bombeiros voluntários são remunerados pelo SNBPC para o executarem. Ainda existe as representações oficiais, Jornadas técnicas, Congressos, e serviços de socorro onde os Bombeiros são accionados para comparecerem no quartel por diversos meios de chamada.

Ser Bombeiro Voluntário em Portugal não é para quem quer, mas sim para quem pode, e alem de despender em grande parte do seu tempo de laser em prol da sua comunidade, tem que estar preparado psicologicamente para muitas injustiças, praticadas normalmente por quem devia apoiar, que dificilmente reconhece o trabalho desenvolvido por esse cidadãos.



quarta-feira, 31 de janeiro de 2007


Filhos de um Deus Menor



O Ministro da Administração Interna, prometeu que o seu ministério iria equipar os Bombeiros existentes no país com equipamento de protecção individual para o combate a incêndios florestais.

Eu como Bombeiro, sempre duvidei se o MAI iria cumprir a sua promessa em relação aos EPI para os Bombeiros Portugueses para o combate aos incêndios florestais, porque o actual EPI usado pelos os Bombeiros Portugueses não cumpre a directrizes da CEE, CEN EN 1486. 3.12.1996, CEN EN 531: 1995 6.11.1998, que regulamente o equipamento de protecção para bombeiros, porque o actual vestuário é feito de algodão, sem qualquer resistência a chama ou a temperatura, onde devia ser tecido com características de ignifugacidade, tecido normalmente fabricados e desenvolvidos pela DuPont Nomex® composto por Kevlar e Aramide.

Mas o MAI sobre protesto começou entregar o respectivo EPI, mas fiquei estupefacto pelo tipo de equipamento entregue, quer pela quantidade quer pelas suas características de ignifugacidade, o MAI resolveu entregar aos corpos de Bombeiros o mesmo tipo de equipamento usado actualmente, em vez de fornecer o mesmo tipo de equipamento que forneceu a recente força formada pelo MAI os GPIS da GNR, o que mostra uma atitude imparcialidade do MAI entre a GNR e os Bombeiros.

Assim o MAI forneceu a cada corpo de Bombeiro vários equipamentos de protecção individual combate a incêndios florestais, idênticos aos usados a mais de duas década.


















Em vez de fornecer o equipamento idêntico ao que foi adquirido pelo MAI para os GPIS da GNR para o combate a incêndios florestais como mostra a figura.





Outra situação é a quantidade fornecida, , onde é um número bastante insignificante para as necessidades reais, onde o MAI tem conhecimento o número de operacionais existentes nos Bombeiros em Portugal, quer a nível de inscrições quer a nível da tipificação dos corpos de Bombeiros como:


• Tipo 4 um corpo de Bombeiros com 60 ou mais elementos
• Tipo 3 um corpo de Bombeiros com 90 ou mais elementos
• Tipo 2 um corpo de Bombeiros com 120 ou mais elementos
• Tipo 1 um corpo de Bombeiros com 150 ou mais elementos


Assim dificilmente percebo como o Ministério da Administração Interna MAI, pode ser tão imparcial nas suas decisões, não forneceu equipamento para a totalidade dos operacionais dos Bombeiros existentes como prometeu, nem forneceu o equipamento adequado para o combate aos incêndios, idênticos aos que forneceu aos GPIS da GNR.

Quando a palavra de ordem é a segurança, como é possível existir uma diferenciação tão grande entre os equipamentos de protecção individual entre essas duas identidades, porque a missão é a mesma o risco são idênticos, e ambos são cidadãos nacionais, quer em dignidade e direitos.

Assim começo a pensar que os Bombeiros Portugueses são filhos de um deus menor.

Foto 1º Nuno Andrê Ferreira

2º Bombeiros-Portugal.Net



quarta-feira, 24 de janeiro de 2007


Sindicatos dos Enfermeiros ofendem os Tripulantes e Ambulância Portuguese

Um recente artigo, publicado da página do sindicato dos enfermeiros, ofende em toda a sua extensão os tripulantes de ambulância Portugueses.


http://sindicato.enfermeiros.pt/content/view/257/

O artigo em questão mostra como o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses e os seus associados vêm profissionalmente os TA “ Tripulantes de Ambulância” existentes em Portugal.

Situação que esta a motivar uma forte constatação de Norte a Sul do País por parte desses profissionais pertencentes a varias identidades como; Bombeiros, INEM, CVP e identidades privadas. Que se sentem difamados e injuriados perante a opinião pública pelo o Sindicato dos Enfermeiros.

Na minha sincera opinião o artigo em questão, mostra uma grande falta de ética e de conhecimento por parte de quem o escreveu tal artigo e por parte do Sindicato dos Enfermeiros que o publicou.

Tal artigo mostra uma grande falta de conhecimento sobre a formação dos Tripulantes de Ambulância em Portugal e tem como uma única intenção de difamar publicamente esse profissionais, lançando a desconfiança nos cidadãos nacionais sobre os actos praticados no exercício da sua profissão.

O Sindicato dos Enfermeiros, vem a vários anos criticando de uma forma contínua e pouco ética os Tripulantes de Ambulância Portugueses como elementos do SIEM, onde a força a enfermagem quer entrar, onde a única intervenção existente por parte desse profissionais no SIEM é como condutores das VMERs, evacuação Helitransporte, e no apoio em algumas matéria na formação dos Tripulantes de Ambulância.

Tal sindicato se esqueceu de dizer que os seus associados “ Enfermeiros” que exercerem funções no pré-hospitalar, são obrigados a receber formação no INEM de Formadores que são Tripulantes Ambulância, quem têm a amabilidade de lhe ensinarem técnicas e procedimentos na área do Pré-Hospitalar, técnicas essas que não fazem parte da formação dos Enfermeiros em Portugal.