domingo, 13 de abril de 2008

Voluntario somente na entrada

Uma frase que é dita a quem quer ser bombeiro em regime voluntário em Portugal, somente são voluntários a entrada, depois de entrar tem se cumprir com escalas de serviço, formação, convocatórias etc.

Passado a algum tempo percebemos da magnitude do que é ser Bombeiro em regime voluntário em Portugal, começamos a sentir o peso da responsabilidade sobre os nosso ombros, apercebermos muitas das vezes que somos as únicas pessoas existentes de um pequeno grupo disponíveis para socorrer alguém que necessite de socorro, onde a falta de formação pode trazer consequências graves a quem necessita de socorro ou a quem vai socorrer, onde uma simples falta ao serviço pode trazer consequências graves para quem necessita de socorro e de quem socorre.

Passado algum tempo, apercebermos que mesmo que queira-mos sair ire-mos piorar ainda mais o socorro e de quem fica, começamos a perceber que somos mais importante do que realmente dizem, passamos a sentir que somos somente voluntários na disponibilidade porque na acção somos profissionais.

Passado a algum tempo, somos capazes de engolir em silêncio as piores injustiças, de prejudicar as nossas famílias e os nossos amigos para cumprir com o que propusermos a cumprir, mais o que é imposto, e quando pensão em renumerar pelo nosso serviço fazem-no com valores irrisórios e simbólicos para a crise existente, trata-nos como se fosse-mos mão-de-obra barata e desqualificada, mas somos somente os únicos a ser tratados assim.

Passado a algum tempo, apercebermos que existem Bombeiros que são Bombeiros, e Bombeiros que são Bombeiros com as fardas dos outros, como quartéis de Bombeiros com Bombeiros e quartéis de Bombeiros virtuais, sem Bombeiros.

Passado algum tempo damos conta que o tempo passa e começamo-nos a perceber que cada vez mais somos menos, daqueles que um dia tomamos uma opção na vida de ser Bombeiros em regime voluntário em Portugal.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Bombeiros pagam para ter formação.

O meu corpo de Bombeiros pagou a ENB cerca de 2500 euros pela formação de 16 elementos no curso prático de combate a incêndios urbanos e industriais no centro de formação da ENB de São João da Madeira.

Certamente não é pelo valor em causa nem pela qualidade da formação dada, mas sim pela atitude da ENB de se cobrar de um serviço que devia ser gratuito para os Bombeiros, porque a ENB é uma identidade sem fins lucrativos com uma única função de formar os Bombeiros portugueses, para isso recebe avultadas verbas para esse exercício.

Com essa situação a ENB abriu um grave precedente, onde os corpos de Bombeiros com capacidade financeira tenham formação deixado de fora corpos de Bombeiros sem capacidade financeira.

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Abusos dos meios de socorro parte II

Os abusos dos meios de Pré-Hospitalar são constantes no nosso país como: Aluno agride professora na Escola Secundária de Bragança, a professora caiu para traz depois de ter sido empurrada pelo aluno, ambos foram transportados de ambulância pelos Bombeiros de Bragança ao hospital de Bragança, a professora com uma dor nas costas e o aluno com uma ligeira indisposição, tendo ambos tido altas assim que observados pelo médico da unidade hospitalar.

Um exemplo como são utilizados o pouco meio Pré-Hospitalar existentes no nosso país, um transporte que devia ser efectuado de TÁXI ou de carro particular, em vez disso foi usado uma ambulância, ocupando desnecessariamente um meio de socorro que podia ser necessário para ocorrer a situações de emergência, principalmente numa zona onde a falta de meios de socorro é uma constante, e depois se assiste o uso indevido dos meios de socorro.

Enquanto as entidades responsáveis pelo SIEM não criarem meios para por o fim a essas situações, dificilmente se assegura um socorro devido a quem necessita.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Falta de Bombeiros

Coragem, abnegação, humanismo, são valores já não são motivos convincentes para a grande maioria dos jovens para entrar para os Bombeiros, assim na grande maioria dos corpos de Bombeiros não tem estagiários suficientes para formação de escolas a vários anos consecutivos.

Existe a falta de Bombeiros voluntários a nível nacional, uma realidade que afecta a grande maioria dos corpos de Bombeiros portugueses, a situação económica do país não deixa tempo para os cidadãos se dedicarem a causa não renumeradas, como os nossos jovens investem cada vez mais nos estudos, e dificilmente se consegue conciliar actividades profissionais e estudos, com a actividade de ser Bombeiro voluntário em Portugal.

Os incentivos para os Bombeiros são inexistentes ou insignificantes, onde o incentivo mais evidente é não pagar taxas moderadoras no serviço nacional de saúde, pouco mais existe, alem de um seguro de acidentes pessoais que normalmente são os mais barato e piores do mercado, deixando muitas das vezes os Bombeiros a sua sorte, com agravante das companhias de seguros agravarem consideravelmente aos Bombeiros o seguro e de vida ou de saúde, pelo simples motivo, de ser Bombeiros é uma actividade de alto risco.

As entidades que tutelam os Bombeiros nada fazem, a sua inércia é visível de norte a sul do país, levando que em muitos corpos de bombeiros não consigam cativar novos elementos nem impedir saída de elementos do quadro activo, elementos com formação e experiencia, levando os comandos a exigir mais tempo e dedicação aos que ficam, numa área cada vez mais exigente a nível de qualificações, criando uma espiral sem retorno.

Imagem de Raul Nunes

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Serviço de transporte de doentes programados


O serviço de transporte de doentes programados ou serviço de consultas, é a maior fonte de receita dos corpos de Bombeiros voluntários, serviços que destinam-se transportar doentes portadores de deficiências físicas a tratamentos, exames e a consultas.

Esse serviço devia estar separado do serviço de socorro e de emergência, devia ficar fora da área operacional de um corpo de Bombeiros, porque na anciã de obter mais receitas, muitos corpos de Bombeiros utilizam viaturas e tripulações afectas aos serviços de emergência e socorro para efectuar esse tipo de serviço, pondo em causa o socorro as populações.
Por de traz disso tudo existe um precário Serviço Nacional de Saúde, que passam requisições de transporte a pessoas sem qualquer critério, onde doentes sem qualquer doença física que podiam facialmente ir de transportes públicos ou privado, vão de ambulância ou de veículo de transporte de doentes preparados para pessoas com deficiências físicas, ocupando os meios indevidamente, onde na falta de recursos para dar resposta ao volume de serviços, muitos corpos de Bombeiros utilizam os fracos recursos destinados unicamente ao serviço de socorro, com agravante desse serviço ser pago pelo SNS o mesmo valor que um serviço de emergência

Enfermeiros, classe com falta de educação


Os enfermeiros portugueses já a muito querem entra no Pré-Hospitalar á força, onde tudo serve para fazer denegrir a imagem dos outros profissionais e entidades existentes no sistema, como mostra essa imagem elaborada por um enfermeiro que circula pelos órgãos de informação.

Não podemos esquecer que num país onde na grande maioria dos serviços de saúde não existe qualquer material de suporte básico de vida e a grande e maioria dos profissionais que lá trabalham nem sabem executar simples manobras de SBV, com a agravante de nem saberem efectuar uma correcta chamada de socorro como desconhecem por completo o funcionamento do SIEM.

Julgo que antes de criticarem e serem uma força bloqueadora e opressora do desenvolvimento de varias classes de profissionais no país, deviam era apostar mais na formação dos elementos da sua classe, que muito necessitam.

Com a possibilidade da existência de uma nova classe profissional “ Paramédico” que a actuara somente no Pré-Hospitalar, os enfermeiros vem a publico ofender tudo e todos, somente mostra a falta de classe dos enfermeiros portugueses, que não sabem ser nem estar, querem ser tudo e depois nada são, esta mais que provado que a educação e civismo não se aprende nas escolas muito menos nas universidades portuguesas.

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Abusos dos meios do Pré-Hospitalar

Os abusos indevidos dos meios de socorro por parte de alguns cidadãos tem contornos admissíveis e intoleráveis, como põem diariamente em causa o socorro a quem necessita.

Em Portugal facialmente se utiliza os meios de socorro pré-hospitalar como um simples meios de transporte, existem pessoas que inventam sintomas para serem transportados aos hospitais para depois os abandonarem de imediato, para irem passear, ir as compras ou para comprar drogas ilícitas, onde a ARS ou o INEM paga esses transportes as identidades transportadoras depois dos serviços efectuados.

Actualmente nenhuma identidade a nível do pré-hospitalar tem o poder legal de recusar o socorro e transporte de um cidadão a uma unidade hospitalar, onde muitos cidadãos percebendo-se dessa situação e munidos de uma grelha de sintomas obtidas facilmente da comunicação social, principalmente de algumas campanhas publicitárias recentes do serviço nacional de saúde, usam os meios pré-hospitalar como transporte pessoal, enganando as centrais de socorro e as tripulações das ambulâncias, como esse caso:

Indivíduo de 60 anos uma vez por as semanas pedia socorro por dor pré-cordial, situação tríada sempre pela central CODU de Lisboa, era accionado uma ambulância de socorro e muitas das vezes uma VMER, onde era sempre transportado a unidade hospitalar, que passado algum tempo da sua entrada fugia do hospital para ir ter com a amante que o aguardava num carro no parque estacionamento do hospital, fazia isso porque poupava o dinheiro do transportes para ir a cidade, fez isso centenas de vezes durante vários anos até a amante morrer.

O uso indevido dos meios de socorro é punido legalmente “ código penal artigo 306 de 01/01/1999” mas nenhuma entidade pública ou privada quer dar ao trabalho de impor a lei aos infractores, e os abusos custam muitas das vezes a vida de quem necessita dos meios de socorro, que são usados indevidamente por pessoas sem qualquer escrúpulo.

terça-feira, 1 de abril de 2008

SAP Vouzela

Meia centena de pessoas protestou, ontem, no centro de saúde de Vouzela, contra o mau funcionamento do Serviço de Atendimento Permanente.
A manifestação, seguida de perto por elementos da GNR, aconteceu, de forma inesperada, na altura em que elementos da Administração Regional de Saúde do Centro se inteiravam junto dos médicos de queixas apresentadas por utentes.
Pessoas que nos últimos dias têm acusado aqueles serviços de não atenderem casos urgentes. E de chegarem ao cúmulo de obrigar os doentes ou os seus familiares a saírem para o exterior do centro de saúde, e a chamarem as ambulâncias do 112 para os transportar ao Hospital de S. Teotónio, em Viseu.Tudo rebentou depois de uma queixa, sobre a qual os serviços rejeitam responsabilidades, foi apresentada pela família de uma mulher, de Alcofra, que não foi atendida por problemas de insuficiência respiratória.
A esta mulher disseram-lhe mais do mesmo, ou seja sair do centro de saúde e ligar 112.

Fonte: http://bombeirosparasempre.blogspot.com/


Uma situação que mostra a realidade do nosso Serviço Nacional de Saúde, quando o cidadão mais necessita é tratado de uma forma admissível e intolerável para um país dito Europeu.

Existindo no SAP Médicos e Enfermeiros em permanência, talvez a ordem dos Médicos e dos Enfermeiros expliquem como é possíveis pessoas formadas na área da saúde terem esse tipo de atitudes, porque no mínimo deviam prestar os primeiros cuidados de emergência e depois accionarem através da linha 112 os meios de socorro.

Existe uma relutância dos serviços de saúde funcionarem com os serviços de emergência, dando a origem casos idênticos como o anterior, o que é uma situação grave, porque ambos os serviços são da responsabilidade do Ministério da Saúde, onde o Ministério da Saúde devia impor normas e protocolos comuns a seguir por todos, e abrir processos de averiguações e disciplinares a quem não cumpre.

segunda-feira, 31 de março de 2008

Bombeiros ficam a porta

Basta efectuar uma pequena viagem fora de Lisboa para nos apercebermos que os serviços de urgência hospitalar funcionam diferentemente de região para região.

Numa viagem de fim-de-semana um amigo meu se sentiu mal, que me levou a ligar 112 a pedir uma ambulância, que por acaso foi rápido o atendimento por parte da central 112 da PSP e do CODU de Lisboa, onde foi accionado uma ambulância de socorro dos Bombeiros.

A ambulância de socorro chegou somente tripulada por dois TAT, o que é ilegal, onde aprontei ajudar a tripulação na recolha da informação clínica do doente e efectuar a avaliação da vítima, como prestar o devido socorro, onde acompanhei o meio amigo na ambulância até a unidade hospitalar de Torres Vedras.

Chegando ao Hospital de Torres Vedras o doente foi passado imediatamente para a maca do Hospital e levado para dentro por um maqueiro, onde tentei por mais uma vez tentar passar a informação sobre o doente, uma informação essencial e vital para uma correcta triagem e tratamento do doente, principalmente porque ele tinha efectuado terapêutica de emergência no local da ocorrência, e a entrada do hospital não estava em condições de se expressar correctamente, foi me dito para aguardar na sala de espera juntamente com os Bombeiros, que informaram que nesse hospital nem médicos e enfermeiros não querem receber qualquer dados das tripulações das ambulâncias, onde os Bombeiros somente limitaram a efectuar a inscrição e passaram a disponíveis.

Com esse tipo de funcionamento e atitude por parte dos profissionais do serviço de urgência do H.T.V, faz que toda a informação e avaliação recolhida no local da ocorrência foram para o LIXO, uma atitude verdadeiramente negligente, o que antevê problemas graves em certas situações, onde a recolha de informação e avaliação é vital para o doente.

Mais um ponto negro nos serviços de urgência portugueses.

quinta-feira, 27 de março de 2008

Remoção de cadáveres

A remoção dos cadáveres é um problema grave e complexo, porque os cadáveres devem ser removidos por veículos e equipamento próprios, como a tripulação deve ter equipamento de protecção individual a apropriado e ter formação sobre o manuseamento e condicionamento do cadáver e para o transporte, como saber efectuar a limpeza da zona envolvente do cadáver de qualquer matéria orgânica ou cheiro, deixando a zona completamente limpa.

Os Bombeiros não são obrigados a efectuar remoção de cadáveres, mas muitos deles efectuam esse tipo de serviço, em virtude das avultadas receitas obtidas, que chegam a ser superior a 500% comparando com um transporte de um doente, e para efectuar esse tipo de serviço usam ambulâncias de socorro ou de transporte, veículos afectos unicamente ao socorro e ao transporte de doentes, sem que as tripulações disponham de equipamento nem conhecimentos no manuseamento de cadáveres, principalmente quando esses já se encontram em avançado estado de decomposição.

Existe a necessidade das entidades oficiais regulamentarem essa actividade, mesmo por uma questão de saúde pública, onde ambulâncias que transportaram cadáveres, alguns em avançado estado decomposição, passado algumas horas andam a transportar doentes e sinistrados, onde no meu entender deviam ser as agências funerárias locais as únicas entidades efectuarem esse tipo de serviço, em escalas rotativas, situação comum em qualquer país europeu

terça-feira, 25 de março de 2008

INEM cobra dez euros por cada cartão de TAS e TAT




O INEM anda a cobrar 10 euros por cada cartão emitido de TAT e de TAS, foi o que pagou o meu corpo de Bombeiros por cada cartão emitido pelo INEM para os seus homens recentemente formados.


O valor dos cartões é o dobro do preço do existente mercado nacional, e a grande maioria dos cartões é o resultado da formação dada pela ENB aos corpos de Bombeiros nacionais, muitas das vezes formação gratuita, pelo simples motivo da grande maioria da formação é dada por formadores externos da ENB aos seus corpos de Bombeiros ao limítrofes a título gratuito, quer para ENB quer para os corpos de Bombeiros.


A cobrança dos cartões e admissível, porque o INEM não comparticipa em nada a formação, principalmente a de TAT, onde com a cobrança de dez euros por cada cartão faz que o INEM seja o único a obter receitas do trabalho desempenhado pelos outros.

quarta-feira, 19 de março de 2008

Liga dos Bombeiros exige o dobro das verbas acordadas com o INEM

Ambulâncias. Bombeiros garantem que equipas do INEM custam cinco vezes mais.

O presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), Duarte Caldeira, diz que os meios gastos pelo Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) numa ambulância e tripulação são "cerca de cinco vezes supe- riores" aos que uma corporação de bombeiros recebe para o mesmo fim e que esta última "faz mais serviços" em média. A LBP considera que os actuais contratos-programa têm de ser renegociados até à "garantia de custos de referência" dos bombeiros com o serviço, "perto do dobro" das verbas recebidas.

Duarte Caldeira - que ontem anunciou a recandidatura à presidência da LBP num conselho nacional realizado no Fundão - disse ao DN que, em média, para manter uma equipa de dez bombeiros por ambulância, já contando com as escalas rotativas e os reforços nos fins-de-semana e feriados, as corporações gastam "cerca de 12 500 euros mensais", recebendo metade desse valor.

Porém, admitiu ao DN, "há diferenças substanciais" no serviço prestado nas áreas suburbanas, que chega de "100 a 150 solicitações diárias" e implica uma "profissionalização total dos efectivos", e nas zonas rurais, onde o serviço é menor e "o recurso ao voluntariado é uma opção".

Por isso, explica, a prioridade nas negociações com o INEM, que a LBP espera retomar a seguir à Páscoa, será a definição de uma "rede nacional de ambulâncias que assegure a cobertura do território".

A LBP estima que o País precisa de, pelo menos, "mais 200 tripulantes" de ambulância, que "poderão ser formados na Escola Nacional de Bombeiros ou nos centros de formação do INEM. Para nós, o essencial é que se faça", disse. Não foi possível ouvir o presidente do INEM.

Diário Noticias 16/03/2008.

PS, estamos a falar somente de uma ambulância, que é insuficiente para dar resposta aos inúmeros pedidos de socorro diários por parte das populações, continuamos a não exigir meios nem recursos financeiros para manter os serviços mínimos as populações, nem resolver problemas pertinente e consecutivos que afectam o socorro diariamente.

terça-feira, 18 de março de 2008

Sala de partos do Hospital de Santa Maria

No mês de Outubro fui pai, o meu filho nasceu num hospital público, concretamente no hospital de Santa Maria em Lisboa, um Hospital central do país com a polivalência de obstetrícia.

O parto correu bem, a equipa de médicos, enfermeiros e auxiliares foram excepcionais no desempenho do seu trabalho, quer no recebimento da parturiente quer em todo o processo de apoio ao nascimento.

Uma coisa que reparei inicialmente foi nas instalações das salas de parto, uma situação que me deixou chocado pelo seu estado de conservação.

Ambas as salas estavam num estado deplorável de conservação, o teto devia ser branco, mas estava enegrecido, um sinal que mostrava que não devia ser pintado a várias décadas, as paredes apresentavam buracos de antigos pregos ou parafusos que foram arrancados, outros ainda lá se encontravam totalmente enferrujados, o chão era constituído de placas quadradas individuais plastificada, onde existia zonas onde já era somente cimento, o equipamento era antigo, digno de um museu, e as bancadas que os suportavam eram velhas e estavam corroídas por pontos ferrugem, o ar condicionado era do século passado, nem devia funcionar, porque a janela estava a Berta, a marquesa de partos era bastante antiga mas funcional, mas existia a necessidade de ser substituída como a maior parte do mobiliário existente nas 4 salas de partos.
Foram nessas condições que o meu filho nasceu e onde muitos filhos de Portugal nascerão.

Existe a necessidade urgente de se proceder a obras de restauro e remodelação das salas de partos, porque no estado em que elas se encontram não são dignas para se efectuar um parto, nem estão dentro dos padrões aceitáveis de um país pertencente a Europa, muito menos de um país que consegue construir estádios de futebol e uma exposição Mundial, mas permite a existência de situações anteriormente referidas num hospital público.

segunda-feira, 17 de março de 2008

Incêndios: Especialista prevê «Verão complicado» devido à seca

O especialista em comportamento do fogo Xavier Viegas antecipou hoje «um Verão muito complicado» em termos de incêndios, tendo em conta a seca evidenciada pelos dados registados até final de Fevereiro e se a precipitação continuar escassa.

Até ao final de Fevereiro, 2008 era o pior ano da década. Se a precipitação continuar a ser muito abaixo do normal então podemos esperar por uma época de incêndios antecipada e um Verão muito complicado, afirmou hoje à agência Lusa o catedrático da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC).

O presidente da Associação para o Desenvolvimento da Aerodinâmica Industrial (ADAI) realça que «os campos encontram-se, de um modo geral, secos« e que «as chuvas que têm caído, embora tenham atenuado em parte esta situação, não foram ainda suficientes para produzir grande quantidade de nova vegetação e abundância de água no solo, como seria de esperar no final do Inverno a precipitação acumulada desde Setembro de 2007 é ainda menor que a de 2005, que fora um ano extremamente seco e no qual arderam 338 mil hectares, adiantou Domingos Xavier Viegas. Ressalvando que «é sempre difícil fazer previsões acerca da próxima época de incêndios, devido à variabilidade do tempo«, Xavier Viegas refere que as mudanças climáticas apontam para a possibilidade de ocorrência de dias com temperaturas muito elevadas, na ordem dos 35 aos 40 graus, em que «o combate ao fogo vai ser muito complicado.

Na sua perspectiva, com este cenário «corre-se o risco de mesmo pequenos focos de incêndio poderem transformar-se em grandes fogos devido às dificuldades no combate.

Em relação às medidas a adoptar para evitar estes cenários, Xavier Viegas defende que, «da parte dos cidadãos, com o apoio e o impulso das autarquias, deveriam fazer-se limpezas em torno das casas e dos aglomerados populacionais.

Deveriam fazer-se planos de defesa e protecção das aldeias e das populações, com simulacros e treinos envolvendo as pessoas ou, pelo menos, alguns elementos da população com maior disponibilidade para prestar apoio aos restantes cidadãos, preconiza.

Defendo, há muitos anos, um maior envolvimento da população nestes processos, através de medidas de prevenção e de segurança junto das casas, preconizou o investigador, ao sublinhar também a necessidade de mentalizar as pessoas para evitarem situações de risco, susceptíveis de originar focos de incêndio.

Para o cientista, as autoridades continuam a agir como se tudo dependesse delas.

Anunciam mais aviões, mais brigadas helitransportadas, mais auto-tanques, mas o cerne da questão está na sensibilização das pessoas, o que ainda está pouco trabalhado, frisou.

De acordo com Xavier Viegas, cada vez é mais necessário estender o dispositivo disponível ao longo do ano ou pelo menos a parte dele« e, neste contexto, «o conceito de época de incêndios perderia um pouco o sentido.

Devido às mudanças climáticas, há uma maior variabilidade do tempo, o que faz com que haja cada mais vezes perigo de incêndio ao longo do ano, observou.

Em relação aos incêndios ocorridos este Inverno, Xavier Viegas entende que eles demonstram estanecessidade de se estar sempre alerta e de se dispor de um sistema de combate aos incêndios activo durante todo o ano.

Mostram ainda que o problema das queimadas deve ser encarado directamente e em vez de se proibirem cegamente se devem acompanhar com recursos adequados para evitar os acidentes. Chamo a atenção de que todos os anos morrem pessoas a fazer queimadas. Em geral são anciãos, defende.

Em colaboração com o Comando Distrital de Operações de Socorro e com o apoio do Governo Civil de Coimbra, a ADAI vai realizar, a 26 de Abril, uma acção de formação, com a duração de um dia, dirigida aos bombeiros do distrito, sobre a temática do comportamento do fogo e da segurança pessoal.

A Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC), contactada pela Agência Lusa, disse que não faz previsões em termos de fogos, mas garantiu que está sempre preparada para os piores cenários, embora não preveja qualquer situação catastrófica em termos de incêndios.

A Protecção Civil não faz previsões, faz prevenção, realçou a fonte, ressalvando, no entanto, que os planos operacionais da ANPC têm em conta os dados que são disponibilizados, ao longo do ano, pelo Instituto de Meteorologia e pelo Instituto da Água.

Diário Digital / Lusa

domingo, 16 de março de 2008

INEM admite falhas no socorro

As chamadas para o 112 têm aumentado nos últimos dias. Todos os pedidos de emergência, que são reencaminhados para o Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU), têm registado um atraso significativo no socorro, segundo avança o Jornal de Notícias.

Na passada quinta-feira, o serviço de socorro teve um aumento de 400 chamadas em relação à média. O INEM registou 1900 chamadas em vez dos habituais 1500 pedidos diários.
Os processos acumulam-se e têm resposta por ordem de chegada, independentemente da gravidade. Os pedidos de emergência são prejudicados devido a este sistema. O coordenador do INEM, Nuno Catorze, admite falhas no socorro.


Jovem morre na escola quando praticava desporto Morreu à espera de assistência

A morte de um jovem de 14 anos é o quarto episódio que acontece nos últimos quinze dias por dificuldades no accionamento do socorro.

João Rui Barata sofreu uma paragem cardio-respiratória na escola secundária do Montijo. O aluno aguardou cerca de meia-hora por uma ambulância, depois de uma colega ter contactado o 112. Uma auxiliar de educação acabou por apelar aos bombeiros que se deslocassem à escola para socorrer o aluno. As manobras de reanimação dos bombeiros, realizadas até à chegada ao hospital, revelaram-se infrutíferas.

A chamada do CODU acabou por se accionada quando o aluno já estava no hospital. «A activação foi feita no momento correcto. Só que outras já estavam à frente dessa proposta. Na realidade, esse atraso deveu-se a uma quantidade anormal de chamadas», explicou o coordenador do INEM Nuno Catorze, citado pelo Jornal de Notícias.


O INEM quis que todas as chamadas de socorro fossem encaminhadas para as centrais CODU, onde as chamadas eram tríadas e efectuado o accionamento de meios de socorro, uma só central recebe diariamente chamadas de socorro de vários distritos, e o resultado dessa politica esta visível, as centrais CODU perderam a capacidade de efectuar triagem, accionar meios e receber a informação das equipas no terreno.

Esta na hora de mudar, antes que existam mais mortes

sexta-feira, 14 de março de 2008

Alteração a lei do enchimento das garrafas de oxigénio medicinal


O decreto-lei 176/2006, de 30 de Agosto, que definiu o novo estatuto do medicamento, onde incluiu os gases na categoria dos medicamentos que passam a estar sujeitos a novas regras, umas dela é a proibição das identidades fabricadoras dos gases medicinais encherem garrafas que não sejam da sua propriedade.

Uma situação que facilita ao INFARMED o controle de qualidade dos gases medicinais existentes no país, como a retirada rápida de qualquer lote defeituoso que se venha detectar do mercado, porque as garrafas passam ter um código de barras, que facilita reconhecer o lote e o destino das garrafas, possibilitando a retirada rápida do mercado do lote pela entidade responsável da garrafa e do enchimento.

Uma situação que acarretara uma avultada despesa para os corpos de Bombeiros, mas o oxigénio é um medicamento e o controle de qualidade é necessários, e o novo decreto-lei protege a qualidade como cria mecanismos de retirada rápida dos lotes defeituosos do mercado como qualquer medicamento fosse.

sábado, 8 de março de 2008

As Bombeiras.

Hoje é o dia internacional da mulher, e as minhas palavras são dirigidas as milhares mulheres Bombeiras existentes nos corpos de Bombeiros nacionais, que dia a dia trabalham lado a lado de muitos homens Bombeiros, não mostrando qualquer diferença no desempenho pretendido, numa área que a poucas décadas era vista como um trabalho de homens, onde a entrada das mulheres era vedado e interdito.

Para elas um feliz dia.

quinta-feira, 6 de março de 2008

ASSOCIAÇÕES HUMANITÁRIAS DESPEDEM TRABALHADORES

Os Trabalhadores das Associações Humanitárias de Bombeiros que desempenhavam as suas funções nas Brigadas Helitransportadas recebem carta de rescisão de contrato em vésperas do dia Nacional da Protecção Civil!

Nas últimas semanas, têm vindo a ser enviadas cartas de rescisão de contratos de trabalho, por parte das Associações Humanitárias de Bombeiros aos seus trabalhadores, que, por protocolos celebrados com a Autoridade Nacional de Protecção Civil, desempenhavam as suas funções nas Brigadas Helitransportadas , comummente designadas de canarinhos ”.

O STAL – Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local, como sindicato amplamente representativo dos trabalhadores que exercem diariamente a nobre missão da protecção civil, considera que esta é uma situação inaceitável, antidemocrática e ilegal, que assume contornos de inegável hipocrisia quando, por despacho de 21 de Fevereiro de 2008, o Ministro da Administração Interna, instituiu o dia 1 de Março como o Dia Nacional da Protecção Civil.

Para assinalar esta data, o Governo Português, por intermédio da ANPC , promove em Lisboa um desfile com a participação de vários agentes da Protecção Civil e entre estes, elementos das referidas Brigadas Helitransportadas , que em virtude desta situação correm o risco de ver cessar os seus contratos de trabalho com inegáveis prejuízos pessoais que, certamente, se irão reflectir também no dispositivo de protecção civil existente em Portugal.

Este desfile que pretende, conforme ofício da própria ANPC valorizar “a criação da ANPC ” que “ consolidou o passo necessário para garantir, em permanência a segurança das populações e a salvaguarda do património, mediante a prevenção de acidentes graves e catástrofes, a gestão dos sinistros e dos danos colaterais” associa-se assim, com inegável oportunismo e hipocrisia a movimentações no sentido de prejudicar os trabalhadores que estão, justamente na primeira linha das garantias que a ANPC declara promover.

Retirado do Blogger http://chefebvsps.blogs.sapo.pt

sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Profissionais dos Corpos de Bombeiros associativos


Qualquer corpo de Bombeiros que se preze actualmente tem profissionais que asseguram o socorro durante a maior parte do tempo, pessoas credenciadas e formadas por identidades competentes que fazem do socorro uma actividade profissional.

Mas quando se referem aos elementos dos corpos de Bombeiros com administrações associativas, somente são referidos a existência de Bombeiros Voluntários, raramente se aborda a existência dos Bombeiros profissionais existentes nos corpos de Bombeiros associativos, que actualmente ultrapassam mais de 7000 homens, que muitas das vezes são referidos como simples “assalariados”, uma maneira simplista dos esconder da opinião publica a sua existência, mas na realidade são eles que efectuam a grande maioria dos serviços de socorro existentes, quer na área do pré-hospitalar, resgate de vitimas, incêndios urbanos, industriais e florestais.

Não existe nada que regulamente-te esse mercado de trabalho em franca ascensão, motivada pela falta de mão-de-obra voluntária para fazer face ao aumento das necessidades das populações numa actividade cada vez mais exigente a nível de qualificações, que tem originado problemas graves, quer a nível da precariedade laboral, onde tudo é permitido pelo vazio legal existente, originando depois consequências na prestação do socorro a população.

Mas as identidades oficiais e patronais compactuam para a existência dessa situação mantenha-se inalterada, porque financeiramente essa situação é mais vantajosa do que reconhecer e regulamentar essas actividades profissionais.
Foto de Andre Ferreira

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Mais um caso de retenção de ambulâncias nos hospitais


O comandante dos Bombeiros de Murça, Joaquim Teixeira acusa o Hospital de Vila Real de reter mais de 4 horas as ambulâncias de socorro, inclusive a ambulância de socorro do INEM.


Situação que pode originar a falta de resposta por parte dos Bombeiros de Murça para fazer face a outros pedidos de socorro, levando que o comandante de Murça ligar várias vezes para o Hospital de Vila Real para que eles desbloqueiem as macas e equipamento das ambulâncias, para que elas possam ficar disponíveis para o socorro a população

A administração hospitalar do Alto Douro responsável pelo Hospital de Vila Real desmente o sucedido, mas informa que em algumas situações possa existir retenção da maca e do equipamento, quando o doente não tem condições clínicas para ser transferido para a maca do hospital, existe a necessidade de se efectuar ao doente exames complementares como RX e TAC antes de se poder passar o conecte para a maca do hospital.


Mais uma prova da fragilidade do sistema pré-hospitalar em Portugal, que está dependente de vários factores, onde a situação que poderia ser facilmente ultrapassada se o hospital adquirisse equipamento de imobilização,” (planos rijos, colares cervicais, fixadores de cabeça) e desse formação técnica aos seus funcionários para lidarem com o equipamento e com os doentes, equipamento que existe em qualquer hospital que se digne ter esse nome, onde os doentes são passados imediatamente para as macas dos hospitais, ficando devidamente imobilizados nos equipamentos hospitalares, efectuando em seguida os exames complementares disponibilizando imediatamente as ambulâncias e tripulações para o socorro a populações.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Bombeiros sem equipamento de protecção individual para as cheias




Hoje o distrito de Lisboa foi a tingido novamente por cheias, onde foi notório que os corpos de Bombeiros, muitos deles em zonas ribeirinhas não tinham qualquer equipamento de protecção individual para os seus Homens, não existia coletes de salva-vidas ou flutuadores, para que eles pudessem socorrer os cidadãos dentro de agua em condições mínimas de segurança.


Muitos Bombeiros arriscaram as suas próprias vidas ao entrar na água com correntes fortes, com uma simples corda presa a cintura para tentar salvar a vida dos cidadãos apanhados pelas águas.


Uma situação que não é recente, onde as entidades oficiais teimam em não arranjar soluções, como obrigar que todos os corpos de Bombeiros adquirirem equipamento para fazer face a essa situações

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Por um fio


“Por um fio...", uma reportagem da jornalista Isabel Pereira Santos transmitida na canal televisivo RTP1 que mostra o sistema integrado de emergência mo interior do País.

A reportagem estava orientada somente para a imagem do INEM, onde no terreno se viu o trabalho das equipas das VMERs, das ambulâncias SIV e das ambulância dos Bombeiros, tendo a imagem dos Bombeiros ficado fragilizada com a entrevista a um Bombeiros num quartel que alegava que não tinha formação, e outro se gabava de alguns serviços efectuados, com a agravante de ser um cadete, legalmente não pode efectuar socorro por ser menor de idade, imagens que denigrem os Bombeiros portugueses, mas faltou interesse por parte dos jornalistas em mostrar a outra realidade.

No seguimento da reportagem vi várias equipas dos Bombeiros nos locais das ocorrências, trabalhando lado a lado com as equipas das VMERs, que executavam os primeiros cuidados de emergência com equipamento e conhecimentos, mostrando que no SIEM não existe somente meios do INEM como a reportagem quis transparecer para opinião pública.

Ficou saliente que ainda existem Tripulantes de Ambulância de Socorro que fazem VMERs, são Bombeiros e fazem serviço nas VMERs, pagos pelas administrações dos Hospitais que se recusam a dispensa-los como o INEM quer impor, e que os problemas persistissem nessas viaturas, como falta de meios de comunicações viáveis e GPS, uma situação que dura a uma década, onde os sistemas são implantados e pagos, mas nunca funcionaram.

Existia a necessidade do mesmo canal efectuar uma reportagem com a mesma magnitude para mostrar o trabalho e o dia-a-dia de milhares de pessoas que trabalham para o SIEM, quer nos Bombeiros quer na CVP, que são simplesmente ignorados, que lutam com muita dificuldade para manter um socorro digno a população, e que são a maior força existente do SIEM em Portugal.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

1 Passeio de BTT dos Bombeiros de Mafra


Realizou-se no dia 10 de Fevereiro o primeiro passeio de BTT dos Bombeiros da Mafra, que levaram mais de uma centena de ciclista a localidade de Mafra.
Um passeio que deu a conhecer uma paisagem natural verdejante, por trilhos e estradões que levam a zonas inóspitas desconhecidas por muita gente, terminando com um almoço servido no quartel de Bombeiros de Mafra, já conhecido por muito Bombeiros pelo excelente serviço prestado na qualidade da alimentação servida na altura dos incêndios as tripulações vindas de fora.


O passeio foi realizado numa zona que não foi atingida pelo violento incêndio de 2003, mas uma zona onde existe a necessidade de uma intervenção por parte das identidades oficiais, quer na manutenção de alguns caminhos, quer na limpeza de algumas zonas, onde a ocorrência de um incêndio pode trazer consequências graves.
Para o ano lá estarei novamente.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

50 Postos de Emregência Médica


O presidente da Liga Nacional de Bombeiros, Sr. Duarte Caldeira vem a público informar que existem cerca de uma centena de corpos de Bombeiros não tem capacidade de garantir os serviços mínimos na área do Pre-Hospitalar, que puderam dar a origem a situações idênticas ocorridas no Alijó e Favaios.

O presidente da LBP disse que situação que seria facialmente resolvida com a criação por parte do INEM cerca de 50 Postos de Emergência Médica nos corpos de Bombeiros.

Uma afirmação do presidente da LBP não deixa de ser curiosa. Na verdade devia era exigir no mínimo ao INEM, que a é a entidade responsável do pré-hospitalar a nível nacional com ligação directa ao Ministério da Saúde ou ao SNBPC que é a entidade responsável pelos Corpos de Bombeiros com ligação directa ao Ministério da Administração Interna, que todos os quartéis de Bombeiros passagem a postos de emergência médica PEM, com atribuição de uma ambulância de socorro por parte do INEM ou de outra entidade governamental, e dotar os corpos de Bombeiros de verbas financeiras para poderem ter bons profissionais para assegurarem uma tripulação 24 sobre 24 horas.

Não podemos esquecer que estamos a falar unicamente de uma tripulação de uma ambulância de socorro, que é considerado um serviços mínimo a população, onde em muitas zonas é insuficiente para a quantidade de serviços existentes, mas com o recurso a elementos no regime “Voluntário” ou outro regime, sempre poderá se assegurar uma segunda tripulação para outra ambulância.

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Presidente do INEM demitido


Depois de tanta polémica o presidente do INEM Luis Manuel Cunha Ribeiro foi destituído do seu cargo.

Somente espero que o seu sucessor seja mais aberto ao diálogo e que consiga unir novamente as entidades pertencentes os Sistema Integrado Emergência Medica.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

A doente entrou cadáver


A chamada cai no quartel às 07h06, accionada pelo CODU, que nos disse que a VMER, segundo informação do Hospital de Bragança, estava inoperacional”, disse ao CM José Fernandes, sublinhando que “seis minutos depois já os bombeiros estavam em casa da senhora, a efectuar manobras de reanimação”.

De resto, Inês Seixas acompanhou a mãe até ao hospital e disse ao CM que, mesmo à chegada, perguntou a um bombeiro se a mãe ainda tinha pulso, ao que o soldado da paz terá respondido que sim.

Maria do Carmo Vinhas foi levada para a sala de reanimações da unidade de Saúde, onde os médicos terão tentado recuperar a paciente, mas sem sucesso. No entanto, a versão do Hospital de Bragança, comunicada à família pela médica Soledade Paz, aponta para a senhora ter dado entrada já cadáver.



Talvez a medica Soledade Paz tenha que reverá sua afirmação.

No entanto, a versão do Hospital de Bragança, comunicada à família pela médica Soledade Paz, aponta para a senhora ter dado entrada já cadáver

A doente nunca entrou cadáver, porque a doente quando entro na sua unidade hospitalar tinha pulso e ventilava“ mecanicamente ou artificialmente”, porque a tripulação da ambulância de Bragança estava a executar suporte básico de vida quando entrou na unidade hospitalar, logo não podia estar cadáver como a senhora doutora afirmou, porque a nível legal somente a suspensão das manobras de SBV pode ser efectuada por um médico, e pelo vistos quem mandou suspender as manobras de SBV foram os médicos do Hospital de Bragança, assim a hora de morte foi declarada depois da entrada no hospital.

São pequenas questões legais que podem originar alguma controvérsia, que devem ser analisadas a nível legal, porque esse tipo de afirmações podem ter outro tipo de interpretação pelos cidadãos, como a tripulação da ambulância não fez nenhum acto de socorro viável até a unidade hospitalar, se isso realmente aconteceu, ausência de SBV até a unidade hospitalar, devia ser aberto um inquérito judicial contra a tripulação da ambulância, que pelos vistos não foi o caso.

sábado, 2 de fevereiro de 2008

Socorro marítimo somente em horário de expediente


Sem respostas às reivindicações por parte do Ministério da Defesa, as tripulações das embarcações salva-vidas do Instituto de Socorros a Náufragos (ISN), decidiram começar a cumprir à risca a lei. Desta forma e a partir de hoje os funcionários do ISN só estarão disponíveis para os salvamentos das 9 às 17 horas e de segunda a sexta-feira."É inexplicável o horário de funcionário público atribuído às tripulações das embarcações salva-vidas", admite Serafim Gomes esclarecendo que "as pessoas que precisam de ajuda não estão a pensar nas horas".
Segundo o responsável do Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Administrações e Juntas Portuárias estes funcionários "não gozam feriados nem fins-de-semana e interrompem os períodos de descanso para salvar vidas e não são recompensados". E porque "há mais de sete anos" que esperam ver a situação profissional resolvida, estes funcionários decidiram ainda que a partir de hoje só atenderão os telemóveis de serviços durante o horário de trabalho.
O sindicato apelou também ao "cumprimento integral das regras de segurança".
Assim, "uma embarcação só deve sair para o mar quando a tripulação de quatro pessoas estiver disponível" e o salvamento só pode ser feito em embarcação do ICN".

Mais uma situação que mostra que o socorro em Portugal não é uma prioridade do governo, não pode-mos esquecer que anteriormente as embarcações ficavam sem tripulações depois das 17 horas, em caso de existir uma emergência, as tripulações eram contactadas via telemóvel para comparecerem no seu local de trabalho gratuitamente, para que as embarcações salva-vidas possam sair, muitos barcos salva-vidas saiam com a tripulação incompletas, uma situação idêntica a muitas zonas no território nacional a nível do socorro terrestre, onde não existem tripulações permanentemente disponíveis para socorrer.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Comunicado da ANTEPH

A ANTEPH, em comunicado enviado à Agência Lusa, pediu ao Governo que suspenda de "imediato" as actuais medidas e referiu que, situações como as que têm ocorrido no distrito de Vila Real, demonstram a "clara falta de apoios que o INEM e a Autoridade Nacional de Protecção Civil têm dado às corporações de bombeiros, uma vez que são do conhecimento de todos e nada foi feito para serem corrigidas".

Para a ANTEPH, a actual situação que se vive na emergência pré-hospitalar deve-se à "política de desintegração do socorro, utilizada pelo INEM, através da megalomania de ter uma rede de ambulâncias próprias, desapoiando as estruturas já existentes".

A ANTEPH concluiu que "não houve a preocupação de reforço dos meios nas áreas onde este eram deficitários, uma vez que foram colocadas em zonas onde o socorro na maioria dos casos já estava garantido pelas corporações de bombeiros, que já possuíam equipas profissionais durante 24 horas por dia, exemplo disso diz que é o caso de Anadia e Odemira.

A ANTEPH diz ainda não compreender "como já não se avançou para centrais integradas ao nível distrital, uma vez que estão mais próximas das populações e com maior capacidade de gestão de meios. Se existissem, os casos de Alijó e Favaios não tinham ocorrido".

A ANTEPH considera ser de lamentar que uma chamada de socorro, "que é confidencial, e que devia estar protegida, tenha vindo para os órgão de comunicação social" e diz que se tratou de uma "medida clara de desvalorizar o serviço efectuado pelos corpos de bombeiros, passando uma realidade que não é nacional e que cria insegurança onde não existe".

A ANTEPH responsabiliza o INEM por criar uma "falta sensação de segurança nas populações resultado da implementação de ambulâncias que são tripuladas por profissionais sem qualquer experiência em pré-hospitalar e com uma formação insuficiente para ocorrer as diversas situações" RTP

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Emergência pré-hospitalar sem meios

No telejornal da noite na SIC, foi divulgado um procedimento o áudio integral e real de uma chamada de socorro como activação de meios de socorro, que resultou na morte de um cidadão e mostrou as deficiências do Sistema Integrado de Emergência Médica SIEM, que falhou por completo na assistência.

Na reportagem foi ouvida o áudio real da chamada de socorro efectuada pelos familiares, como o áudio da activação dos meios de socorro envolvendo várias entidades, esses dados foram fornecidos á SIC pelo INEM, uma clara violação da lei, porque esses dados são confidenciais, onde nem existiu a preocupação omitir moradas e identificação dos intervenientes, a Comissão Nacional de Protecção de Dados CNPD deve esclarecer publicamente essa situação e punir legalmente os infractores da violação desses dados.

Em relação ao sucedido, foi provado que existiu uma clara negligência de todos intervenientes:

- Familiares da vítima desconheciam completamente como efectuar uma chamada de socorro, situação comum em Portugal.

- O CODU-INEM, demoraram demasiado tempo para perceber da gravidade da situação, como depois orientaram a situação para outras áreas complexas como a “morte” do cidadão, porque desde do inicio da chamada tinham os dados mais importantes (Idade da vítima, morada, inconsciente, não respira), somente bastava de accionar meios de socorro, o que se veio a mostra uma tarefa difícil, com contornos e procedimentos admissíveis por parte do INEM e Bombeiros.

-Em relação aos Bombeiros, ficou provado que em ambos os corpos de Bombeiros, Favaios e Alijó, não tinham pessoal para efectuar o serviço de socorro, em ambos os quartéis de Bombeiros somente existia um único Bombeiro, não ficou clarificado se essa situação é habitual ou existia a ocupação dos outros elementos em missões de socorro. Se for provado que existe somente um único Bombeiro na escala de serviço, é uma situação de estrema gravidade, onde as entidades competentes deviam resolver a situação, quer o INEM quer o SNBPC e o SMPC das câmaras municipais, em dotar o corpo de bombeiros de capacidade financeira para ter Bombeiros profissionais a tempo inteiro para a primeira intervenção e fiscalizar como fiscalização do sistema.

No debate o presidente da LBP Duarte Caldeira informou que não existe um sistema de socorro pré-hospitalar que sirva de forma idêntica todo o território nacional, porque os Bombeiros não foram dotados de ambulância nem capacidade financeira para ter tripulações para o socorro, nem existiu qualquer reunião com o INEM e com o representante do SNS para concertar formas intervenção resultante com o encerramento dos serviços de urgência. Tendo o presidente do INEM, responsável pelo socorro pré-hospitalar a nível nacional, contrapôs com a criação da sua rede própria de ambulância, ignorando os outros parceiros do sistema, um sistema que o INEM quer implantar paralelo aos Bombeiros, um sistema pouco eficaz, quer em quantidade de recursos quer na sua proximidade a população, em vez de aproveitar as estruturas dos Bombeiros que existe que cobre 100% do território, que necessita urgentemente ser apoiada com recurso financeiros para a existência de profissionais a tempo inteiro.

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Retenção de ambulâncias de socorro nos Hospitais

A retenção de ambulâncias de socorro pelos Hospitais Portugueses é habitual e frequente nos últimos anos, uma situação motivada pela falta de macas nos hospitais, que impossibilita as tripulações das ambulâncias transferirem os doentes transportados para as macas dos hospitais ou como recentemente tem acontecido as macas das ambulâncias ficarem retidas a espera que chamem o doente para a triagem, para que a tripulação passar os dados do doente e que seja dada a autorização da passagem do doente para a maca do hospital.

Ambas as situações causam problemas graves no socorro a nível do pré-hospitalar, muitas das vezes as ambulâncias ficam retidas horas a espera da existência de macas hospitalares ou que sejam chamados a triagem, o meu recorde pessoal foi ter ficado retido mais de 24 horas a espera que o hospital arranja-se uma maca para por o doente, o que motivou que durante esse período de tempo essa ambulância e tripulação ficaram indisponíveis para o socorro.

A retenção das ambulâncias tem consequências complexas muitos zonas do país, onde essa ambulância e tripulação muitas das vezes são o único meio existente numa vasta área geográfica, onde a retenção desse meio de socorro faz que o socorro seja demorado com accionamento de outro meios mais distantes.

Uma situação que poderia ser facilmente resolvida se existisse diálogo e coordenação no sector da emergência pré-hospitalar em Portugal.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Morte da bebé a caminho do hospital «demonstra fragilidades do sistema

A Associação Nacional dos Técnicos de Emergência (ANTEPH) considerou hoje que o caso da bebé que morreu a caminho do Hospital de Viseu «demonstra as fragilidades do sistema», na prestação de socorro de emergência

Numa nota emitida hoje, a ANTEPH alega que o caso da bebé de três meses e meio, que morreu ao colo da mãe, a caminho do Hospital de Viseu, vem atestar «as fragilidades do sistema, que permite a utilização de meios que não são os indicados para a prestação de socorro de emergência».
«No caso noticiado, foi requisitada uma Ambulância de Transporte que não se encontra equipada, nem a formação das tripulações preparada para intervir neste tipo de ocorrências», acrescenta.
Na quinta-feira, uma menina com cerca de três meses de idade chegou cadáver ao Hospital de S. Teotónio, em Viseu, após ter sido transportada do Centro de Saúde de Carregal do Sal, numa ambulância dos Bombeiros de Cabanas de Viriato, ao colo da mãe.
A ANTEPH avançou que «irá solicitar à Autoridade Nacional de Protecção Civil, entidade que tutela o sector dos bombeiros, a abertura de um inquérito a esta situação, uma vez que com base nas informações conhecidas e serem provadas como verdade, existe claramente negligência grosseira por parte da tripulação».
Refere que «perante a gravidade da situação», a tripulação deveria ter, de imediato, iniciado «o Suporte Básico de Vida da criança e activar a VMER de Viseu, mantendo-se no local até à chegada deste meio. O que não ocorreu, uma vez que a bebe foi transportada ao colo da mãe».
A ANTEPH lamenta o sucedido, «que infelizmente demonstra a desorganização que vai no sector da emergência médica e do transporte de doentes».
O Comandante dos Bombeiros de Cabanas de Viriato, Fernando Campos, explicou que foram apanhados por acaso no Centro de Saúde, numa altura em que tinham ido fazer um outro serviço.
«Foi nos pedido pelo médico que transportássemos a criança, com oxigénio, para o Hospital de Viseu», descrevendo que «a criança foi transportada ao colo da mãe, aconchegada num cobertor e a oxigénio».
Sobre o facto de a ambulância seguir unicamente com o motorista, explicou que «quando é apenas solicitado o transporte, vai só o motorista. Só quando o caso é grave, é que vai o motorista e o socorrista, e é accionada a VMER e o Codu».
António Freitas, médico que consultou a criança no Centro de Saúde de Carregal do Sal, informou que a criança «deu entrada com dificuldades respiratórias durante a manhã de quinta-feira».
«Foi estabilizada e depois aproveitámos a presença de uma ambulância dos Bombeiros de Cabanas de Viriato para que fosse transportada para o Hospital de Viseu. A mãe da bebé tinha contactado o pediatra que lhe pediu para a levar para lá», alega.
O médico disse ainda que «a bebé nasceu com más formações, anomalias de coração e com pouca esperança de vida».
Luís Viegas, relações públicas do Hospital de S. Teotónio, confirmou que «a bebé, com cerca de três meses, já chegou cadáver, por voltas das 11h40», de quinta-feira.

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Bombeiro agredido no Hospital

Depois de ter prestado o socorro necessário a um indevido alcoolizado, um bombeiro de uma ambulância do INEM foi agredido com uma navalha, dentro da sala de triagem das urgências do Hospital de Faro. Valeu-lhe a pronta acção de um agente da PSP – que estava no hospital a acompanhar outra urgência – que deteve o agressor em flagrante.

A agressão física as equipas de socorro são cada vez mais frequentes no nosso país, principalmente com as tripulações das ambulâncias, que são um alvo fácil motivado com a redução de três para dois elementos nas equipas, obriga somente a existência de um tripulante na célula sanitária acompanhar o doente, que em certos casos pode acarretar riscos graves a nível de segurança, quando o “doente” se torna agressivo.
As vítimas alcoolizadas na via pública são um problema constante no nosso país, como a lei não permite que um condutor conduza alcoolizado, a mesma lei não permite que um cidadão ande alcoolizado na via pública, logo devia ser detido pelos agentes de autoridade locais, como é norma num país civilizado, mas em Portugal são levados para os Hospitais de ambulância, ocupando desnecessariamente os meios de socorro e ocupando os meios hospitalares, provocando a desordem e a insegurança quer nos hospitais quer nas ambulâncias.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Bombeiros criticam INEM e a política do Governo

Uma ambulância de socorro propriedade e com tripulação própria do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) fica três a cinco vezes mais cara ao Estado do que uma viatura do INEM estacionada e com tripulação de corporações bombeiros (PEM, posto de emergência médica). As contas são da Liga de Bombeiros Portugueses (LBP), que foi ontem pedir ao Ministério da Saúde que "diga no concreto o que quer dos bombeiros portugueses".
Em causa está aquilo que a LBP encara como a criação de uma "rede paralela de emergência pré-hospitalar" através do INEM. Fala concretamente nas ambulâncias de suporte básico ou imediato de vida (SBV e SIV) que vão sendo instaladas pelo país, com prioridade para zonas onde há encerramentos de urgências e atendimento nocturno em centros de saúde.
Segundo o presidente da Liga, Duarte Caldeira, muitas vezes essas ambulâncias são colocadas onde já existem PEM, duplicando serviços. Porque, apesar de terem um enfermeiro, a triagem do centro de orientação de doentes urgentes acaba por activá-las prioritariamente para qualquer emergência. "Muitas vezes em situações em que não seriam necessárias", diz, "subalternizando o papel dos bombeiros". Que, além do mais, garante, têm tripulações com melhor formação (na Escola Nacional de Bombeiros), do que a que tem sido dada "à pressa" pelo próprio INEM para essas ambulâncias.
Feitas as contas aos salários dos tripulantes, Fernando Vilaça, da LBP, calcula que uma ambulância tripulada pelo INEM custe 12 mil euros por mês (cinco tripulações de duas pessoas para 24 horas de operacionalidade). Mas pelos PEM o Estado só paga aos bombeiros 2500 a 3500 euros por mês, em função do movimento. "Por que não pega nesse dinheiro e oferece mais formação aos bombeiros, reconhecendo os recursos disponíveis?", questiona o dirigente. Até porque, além das 184 viaturas em PEM, os bombeiros dispõem de mais de 1200 ambulâncias de socorro."
Se o Ministério quer ficar com o exclusivo da emergência pré-hospitalar, que o diga e os bombeiros saem do sistema. Se nos quer como parceiros, não pode ter uma atitude de subalternização, à espera de completar a rede alternativa do INEM", diz Duarte Caldeira. Que saiu satisfeito do encontro com a secretária de Estado da Saúde. "Pediu-nos um memorando para calendarizar uma discussão ponto por ponto". Contactado pelo JN, o presidente do INEM não quis comentar um assunto discutido no Ministério da Saúde.
" Jornal de Noticias"

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Proibição do uso dos símbolos nacionais e europeu nas fardas dos Bombeiros


O nosso País somente permite que os Bombeiros Portugueses usem os símbolos Nacionais como a respectiva Bandeira Nacional como palavra PORTUGAL ou a bandeira Europeia quando eles tenham integrado missões internacionais, como consta no Diário da Republica emitido a 24 de Novembro de 2001. Situação que faz que 99% dos bombeiros portugueses fiquem proibidos por decreto lei de usar esses símbolos nacionais e Europeu nas suas fardas.
Como Bombeiro e cidadão Nacional e Europeu entendo que essa situação é discriminatória para os Bombeiros Portugueses, porque o uso dos símbolos Nacionais e Europeu é um direito português e europeu, e é permitido a qualquer cidadão nacional o seu uso, desde que o use respeitosamente, e os Bombeiros Portugueses são identidades de um elevado prestígio, onde o seu trabalho em prol da sociedade é reconhecido pelas populações e governantes, onde depois são as próprias identidades oficiais e governamentais, que perdem tempo de governação para publicarem legislação que proíbe o uso dos símbolos nacionais nas suas fardas, fardas usadas por cidadãos nacionais em serviço de Portugal.
'Meu país, com razão ou não' não devia permitir tais coisas acontecesse, devia permitir que os usos dos símbolos nacionais fossem usados em qualquer fardamento existente em Portugal, sem excepções, os Bombeiros Portugueses merecem isso.

sábado, 5 de janeiro de 2008

Programa Prós e Contra debate o problema do encerramento dos serviços de urgência

No dia 7 de Janeiro será debatido nesse programa o tema:

Para onde vai a saúde?

O presidente foi claro na mensagem de Ano Novo!O país não entende as vantagens das reformas na saúde!Falta perceber o sentido do encerramento de urgências e serviços de atendimento permanente!Em resposta, os cidadãos mobilizam-se e constituem o Movimento Unidos pela Saúde!Qual vai ser o futuro da área mais sensível da sociedade portuguesa?Para onde vai a Saúde?O ministro Correia de Campos, autarcas, médicos e populações frente-a-frente no maior debate da televisão portuguesa.

Na mesa estará o Ministro da Saúde e o presidente do INEM para responderem as questões.

Um tema polémico que esta na ordem do dia, na plateia estarão representado autarcas e associações de cidadãos que são contra o fecho dos serviços de urgência.


Como polémico será de dizer que corre o boato que o Ministro da Saúde António Correia Campos e o presidente do INEM Luís Cunha Ribeiro impuseram ao programa que a sua presença esta dependente da não presença de algumas pessoas na plateia, como o presidente da APEM Associação Portuguesa de medicina de emergência, senhor Vítor Almeida.

Esperemos pela emissão do programa para ver se o boato é verdadeiro.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Enchimento de garrafas de oxigénio medicinal

Partir de Fevereiro de 2008 as empresas que fazem o enchimento das garrafas de oxigénio medicinal somente poderão proceder o enchimento das garrafas próprias, sendo proibido efectuar o enchimento das garrafas de outras identidades.

Uma norma imposta pelo INFARMED, que apanhou de surpresa muitos corpos de Bombeiros, que recorrem a várias empresas de oxigénio para abastecimento das suas garrafas de oxigénio medicinal existentes nas suas ambulâncias, que de um momento para o outro ficaram com o seu equipamento completamente obsoleto e inoperacional, onde o único recurso é efectuar um contrato com uma empresa de oxigénio que forneça o enchimento e as garrafas para a subsituação das actuais garrafas existentes na sua frota de ambulâncias, um investimento avultado que agravará a situação económica de muitos corpos de Bombeiros.

A LBP e o SNBPC não informação os corpos de Bombeiros para esse problema, nem estão interessados em arranjar soluções economicamente viáveis para ultrapassar essa situação, com agravante de existirem várias garrafas com capacidade e diâmetro diferentes que obrigara a alterações nas estruturas de arrumação e fixação nas ambulâncias.

sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Encerramento dos serviços de urgência de Anadia e Alijó


No dia de 26 um de Dezembro milhares de cidadãos dos concelhos da Anadia e Alijó, manifestaram-se contra o encerramento dos serviços de urgências. Uma medica polémica do Ministério da saúde, que terá consequências complexas que não foram tidas em conta, porque os serviços de urgência mais próximos ficaram a dezenas de quilómetros da população, cerca de 1 hora de deslocação.

O presidente da câmara do Alijó, além de estar ao lado do seu povo, sentia-se preocupado porque Alijó não tinha sido contemplada pelo INEM com uma ambulância deste instituto, onde a sua preocupação como autarca era de saber se o corpo de Bombeiro local se tem capacidade de fazer frente ao problema criado pelo Ministério da Saúde no seu concelho, porque uma ambulância é uma gota no oceano, e legalmente o socorro é da responsabilidade do corpo de Bombeiro local em todas as áreas, inclusive na área do Pré-Hospitalar.

Enquanto existir autarcas assim a frente dos municípios, facilmente o Ministro da Saúde brinca com eles, encerrando um serviço de urgência substituindo-os por uma ambulância.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Com... se enganam os tolos

Confesso-me, com consciência da santa ingenuidade, daqueles dirigentes que acreditam…

Acredito que algo tem de mudar, que algo tem se tem de actualizar, que algo se tem de enquadrar os desafios da modernidade científica, nos desafios do século XXI.

Por isso aceitei assinar o protocolo que me foi apresentado para a constituição dos chamados “caneirinhos”, nome estranho que sempre me feriu as entranhas por me parecer que haveria mil e uma soluções para apelidar a companhia especial de Bombeiros, sem ser o ridículo de os comparar a uns passaritos amarelados, pequenos e indefinidos…
Mas aceitei, mas assinei, meia culpa…

Com isso, e a voluntariedade de quem julga estar a fazer o melhor para aquilo de que gosta até me constituir no dirigente da Associação com mais elementos, na tal companhia, do distrito da Guarda, cinco ao todo…

Agora apercebo-me que com a minha assinatura tornei a minha Associação numa barriga de aluguer de uma gravidez gerada por um pai que quando lhe convém apela ao anonimato, que quando lhe convém escuda na deserção da responsabilidade, que quando lhe convém se esquece que acabou por dar o nome, a paternidade, a responsabilidade em papel assinado…

E tudo isto porquê?

Deve confessar que sou presidente de uma associação pobre, daquelas cuja dificuldade é contar os trocos para pagar vencimentos, daqueles que o facto de cada vez mais darem transportes de doentes a táxis e a fins, não realiza o suficiente para pagar aos oito assalariados que tem, mas que continua a postar na formação, em que todos tenham, os TAT, os TAS, os cursos técnicos de central etc.etc.

Daqueles que tem de perder a vergonha para ir de porta em porta pedir uns trocos para poder suprir as dificuldades do dia-a-dia.

Daqueles a quem o município só dá 10.000 euros de subsidio anual, mas que em serviços para autarquia despende muito mais…

Mas raio, somos Bombeiros, servimos, existimos para proteger, cuidar servir…

Daquelas para acabar o ano com algum equilíbrio tem de recorrer ao crédito bancário, que se paga, mas atrasa a modernização da frota, o equipamento dos homens, obriga a racionalização do aquecimento do quartel (e se aqui na serra faz frio) etc. etc.
Daquelas que faz cem anos e que ouve um qualquer ministro prometer isto e aquilo, mas nunca chega a ser atribuído…

Daquelas que começa a ser igual a todas as outras Associações de Bombeiros do país, ou sejam EMGANADAS

E aqui entroncamos novamente na Companhia especial de Bombeiros… Hoje com os seguros que protocolados deveriam ser pagos pela tal Autoridade Nacional e que não são pagos desde o inicio, ou seja desde 2006, mas cumpridos, sacramentes, pela Associação junto da companhia contratada…

Ou a reposição do gasto com descontos para a segurança social com os cincos elementos da tal Companhia Especial e que já não são ressarcidos pelos serviços a há cinco meses…
Por isso, e assumindo que me sinto um prefeito cretino por ter querido colaborar e acreditar, junto daqueles que gosto e para os quais dou muito do bom tempo que deixo de dar os meus, ou seja junto dos Bombeiros, alerto para o facto de continuarmos a ser usados, enganados, sofre-mos um processo maquiavélico de eutanásia, sem respeito pelo que fazemos, a nossa historia, a nosso utilidade.

Ao menos que sejam homens de palavra, ou menos que joguem limpo.

Autor: Luís António V. Gil Barreiros
Jornal Bombeiros de Portugal

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Criticas abusivas por parte da ordem dos enfermeiros aos tripulantes de ambulância

Em entrevista a uma rádio nacional (antena 1) um representante da ordem dos enfermeiros teve o seguinte comentário, “ Os Tas dos Bombeiros são apenas uns indivíduos com meia dúzia de horas de formação e sabem por uns pensos e ligaduras”

Esse representante da ordem dos enfermeiros não sabe do que fala, como muitos dos seus colegas, que a algum tempo se tem dedicado unicamente denegrir a imagem dos Tripulante de Ambulância de Socorro, com afirmações falsas com uma única intenção de realçar a sua classe perante a opinião pública, classe que viu recentemente no pré-hospitalar como mais uma fonte de rendimento.

Os tripulantes de ambulância de socorro são uma classe profissional, onde os seus conhecimentos vão muito acima de andar a brincar com ligaduras e fazer pensos, como alega a Ordem dos enfermeiros. São pessoas altamente especializadas na área do socorro e resgate de vítimas, e não fazemos mais pelas nossas vítimas porque identidades como a Ordem dos Enfermeiros e outras, proíbe o aumento de autonomia técnica dos TAS, mas não podemos esquecer muito daquilo que os senhores sabem na área do pré hospitalar foi-lhe ensinado por TAS, porque os enfermeiros acabam os seus cursos de enfermagem sem saberem efectuar um simples SBV, quanto mais saberem actuar no pré-hospitalar com a complexidade de técnicas e equipamento existente nessa área.

Uma pergunta que eu gostaria de fazer a esses senhores era “ Onde andavam estes senhores enfermeiros quando não se recebia nada para se fazer pré-hospitalar “

sábado, 15 de dezembro de 2007

Tabela de prémios de saída pagos pelo INEM 2008

Prémio de saída

KM de ida

PEM

RES

Escalão

E volta

Com TAS

Sem TAS

Com TAS

Sem TAS

1

1 a 15 km

5,0 Euros

2,5 Euros

11,0 Euros

8,0 Euros

2

16 a 40 km

10,0 Euros

5,0 Euros

18,0 Euros

13,0 Euros

3

41 a 65 km

20,0 Euros

15,0 Euros

31,0 Euros

22,0 Euros

4

66 a 90 km

25,0 Euros

20,0 Euros

50,0 Euros

30,0 Euros

5

91 a 115 km

35,0 Euros

25,0 Euros

70,0 Euros

42,0 Euros

6

116 a 145 km

42,5 Euros

30,0 Euros

100,0 Euros

55,0 Euros

7

146 a 175 km

50,0 Euros

35,0 Euros

120,0 Euros

70,0 Euros

8

176 a 205 km

52,5 Euros

40,0 Euros

150,0 Euros

85,0 Euros

9

= 206

75,0 Euros

50,0 Euros

170,0 Euros

100,0 Euros


Subsidio Trimestral pagos somente aos PEM

Escalão

VALOR

Com nº serviços 0 a 100 por Mês (1200 Anuais)

6.000 Euros por Trimestre

Com nº serviços> 100 ou = 250 por Mês (entre 1200 e 3000 Anuais)

7.500 Euros por Trimestre

Com nº serviços> 250 por Mês (3000 Anuais)

10.500 Euros por Trimestre


PEM, Posto de Emergência Médica, são como são designados os corpos de Bombeiros que têm um acordo com o INEM e recebem uma ambulância de socorro cedida pelo INEM, recebem um subsídio trimestral e um valor por cada serviço efectuado conforme o escalão da grelha de prémios de saída, serviços somente pagos quando accionados pelas centrais CODU da responsabilidade do INEM, neste momento existem 184 corpos de Bombeiros como postos PEM.

RES, Reserva de INEM, são como são designados os corpos de Bombeiros com acordo com o INEM, recebem somente o valor por cada serviço efectuado, conforme o escalão da grelha de prémios de saída, serviços somente pagos quando accionados pelas centrais CODU da responsabilidade do INEM, neste momento existem 143 corpos de Bombeiros como RES.

O acordo existente com os corpos de Bombeiros PEM, o INEM usa a ambulância cedida por este instituto como usa as restantes ambulâncias do corpo de Bombeiros em proveito próprio, pagando unicamente como PEM, como consta a grelha de prémios de saída, não existindo mais nenhum subsídio quer por parte do INEM quer de outra identidade para as restantes ambulâncias existentes nesse corpo de Bombeiros.

Situação mais difícil é dos corpos de Bombeiros RES, somente recebem por cada serviço efectuado, não existindo mais nenhum subsídio para manter a existência desse tipo de serviço.

Situação dramática é a existência de mais de meia centenas de corpos de Bombeiros a nível continental que nada recebem, quer por parte do INEM, quer por parte de outra identidade governamental para prestação de serviços na área do pré-hospitalar, onde os serviços efectuados são cobrados directamente ao cidadão ou ao SNS mediante o protocolo existente da LBP e o MS